Chapter 23

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Tony estava deitado em sua cama enquanto olhava para o robozinho que havia feito, as últimas descobertas e acontecimentos ainda rondando em sua mente, não importa quanto tempo passe, sempre acaba voltando àquele turbilhão de sentimentos.

Às vezes, — como nesse exato instante — se pega pensando na possibilidade de Steve reaparecer, dele surgir na sua frente e botar sua possível nova família em perigo. Botar Peter em perigo depois de tantos anos tentando o manter à salvo, tentando lidar com a possibilidade de nunca voltar a vê-lo e na esperança de que ele esteja bem e feliz... ele realmente estava.

Mas e se Tony o botasse em perigo? Tudo por causa de sua necessidade egoísta e incapacidade de se afastar daquelas duas pessoas que invadiram sua mente e decidiram que tomariam posse de seu coração. Aos poucos, o pequeno Peter — muito antes de saber que era seu filho — arrebatou seu coração, fazia sentido ter se sentido tão aberto a conversar com o pequeno. Sua espontaniedade e facilidade em fazer com que as pessoas gostem dele, tão adorável.

 Não se perdoaria se fizesse isso.

Depois do seu episódio de transe, aquele em que pensou ter visto James, esses pensamentos voltaram à tona com força.

Apesar de ter sido muito amável, até mesmo no instante em que estava brigando com Tony por ter tentado atravessar a rua num impulso conseguiu ser carinhoso, era óbvio que Stephen estava ressentido, nem mesmo tentou mantê-lo em casa depois de Tony ter dito que queria dormir em sua própria casa, nem mesmo se auto-convidou a passar a noite com Tony na cabana.

Stephen ainda o levava e trazia até sua casa, sempre pontual com seus horários... embora não tentasse mais competir sua atenção com Peter ou barganhar para que pudessem passar mais tempo juntos, ele ainda tentava ser amável.

Talvez aquele episódio sobre James o tenha alertado da bagunça que estava se metendo, por isso está se afastando aos poucos... Talvez seja gentil demais para lhe dar o fora e esteja esperando Tony se dar conta de que não quer mais nada com ele. Talvez só o estivesse tratando com carinho por causa de Peter que está sempre empolgado em o ver.

Tony se pegou pensando sobre a possibilidade de ir embora novamente, talvez Peter se sinta triste, mas é jovem... com certeza irá superar. Ele com certeza estaria mais seguro se fizesse isso.

Faz um tempo que não vê Bruce, talvez devesse o procurar, lhe dar aquele belo soco que ainda merece e depois conversarem sobre suas mentiras.

Seus pensamentos foram interrompidos pelo barulho de carro se aproximando, o carro de Stephen... poderia reconhecer o barulho em qualquer lugar. Olhou para o despertador em cima da cômoda e se assustou ao ver que horas eram, 01:30.

Se levantou em um sobressalto assustado pelo que poderia ser, pegou seu roupão de frio e se enleou nele, logo indo em direção à entrada. Abriu a porta e se deparou com Stephen vindo em sua direção a passos largos, abriu a boca para perguntar o que estava acontecendo, — negaria se perguntassem, mas sentiu um pouquinho de medo pela brusquedez de seus movimentos — nada saiu de sua boca, quando percebeu Stephen já estava o puxando pela cintura, batendo seus corpos de forma brusca, enfiando sua língua em sua boca de maneira tão necessitada e tão gostosa.

Tony não teve outra opção a não ser se entregar àquele beijo e apreciar a forma como Stephen o tocava, sempre querendo mais de si, apertando suas nádegas e as massageando com desejo.

— Caramba... — Sussurrou Tony ofegante, seus olhos presos nos de Stephen, simplesmente não conseguia desviar. — Então... você tem o costume de ir até a casa das pessoas às 01:30 da manhã e beijá-las sem aviso prévio?

— Só as que eu amo.

— E quantas pessoas fazem parte dessa lista?

— Uma.

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