Livro um:
Uma jovem de cabelos azuis sente-se angustiada. Ela está deitada na cama com seus olhos fixos no teto, ansiosa por respostas: "O que é isso que estou sentido? Por que não consigo dormir? Estaria algo terrível prestes a acontecer?" Não demo...
"Eis um universo tão belo e magistral, habitam nele tanto a ordem como o caos."
- DMorje
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Edição de 2023
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Em um lugar tão grande como o universo, nem tudo pode ser encontrado. A Ordem dos Sete é uma grande exploradora cujo objetivo é expandir a sua cultura sob o manto de trazer ordem e progresso a todos os planetas sob o seu domínio. Mesmo tendo encontrado vários planetas habitáveis, o planeta Borbol não faz parte de seu catálogo e muito menos de seu domínio. Porém, em sua insignificância, existe algo extraordinário!
É final de tarde, o céu está alaranjado assim como as cascas das frutas colhidas por Marine. Uma terra abençoada que proporciona tudo o que a sua família precisa para viver. A jovem morena com longos cabelos cacheados volta para casa, e ao passar pela porta simples de uma casa interiorana, abraça seus pais e lhes mostra o que acabara de colher. A vida no campo é humilde, e ainda assim possui muitas vantagens, sendo uma delas a paz.
Mas... Por quanto tempo podemos ocultar algo extraordinário? A vida não permite que algo assim perdure, o tempo cobra todas as pontas soltas, todos os segredinhos enrolados em mentiras e meias verdades. O tempo é cruel, ah, sim, ele é. E quando finalmente expõe algo, cobra todas as taxas e mora que perseguem um compromisso renegado.
Um dia comum seguido de uma noite surpreendente. A conta fechou! Um encontro nada provável está para acontecer, pois a vida tem sede de novas histórias, as quais ela mesma se encarrega de escrever.
É noite, e como de costume, Marine está debruçada sobre a janela apreciando o azul aveludado do céu. Seus olhos cintilam com a visão "São tantas estrelas! Que incrível! Mas... O que é aquilo?" Ela aponta para uma grande estrela em chamas que corta os céus em silêncio: "Seria uma estrela-cadente? Que estranho..." Marine a acompanha com os olhos até esta sumir no horizonte "Muito grande para ser uma estrela-cadente." Seus pensamentos são interrompidos pelo som agudo da campainha, Marine se afasta da janela e segue para o corredor andando rápido.
Ao abrir a porta, Nayane, sua amiga de infância, sorri: "Voltei!" Marine termina de abrir a porta: "Estou vendo, e como foi a viagem?" Nayane entra arrastando uma mala pesada: "Foi ótima! Super tranquila", depois solta a mala e abraça a amiga. A garota tem um estilo muito moderno, cabelos curtos presos em um pequeno rabo de cavalo, olhos grandes, típicos de pessoas curiosas. A jovem cursa ciência da computação e como toda boa nerd é louca por histórias de ficção científica. Por mais loucuras que já tenha visto, ela nunca poderia imaginar a possibilidade de viver uma perigosa ficção. Foi cerca de quatro anos se vendo e conversando apenas pelo virtual. Após um abraço apertado, Nayane começa um diálogo: "Aí amiga, que saudade de você! São tantas novidades para te contar! Vão ser horas só falando e falando..."
Marine dá um sorriso forçado, pois já sabe que serão mesmo horas escutando e escutando. Diferente de Marine, Nayane é muito ansiosa e agitada, o que às vezes deixa Marine bem cansada, mas elas são como irmãs e esse tipo de laço é mais forte do que interesses pessoais.
Marine fecha a porta: "Você pode me contar durante o jantar." Ao ouvir a palavra jantar, Nayane se abraça toda animada: "Aí... a comida da sua mãe! Acho que senti mais saudade dela, do que de você" gargalhando, ela atravessa a sala em direção à cozinha. Marine apenas sorri e balança a cabeça: "Doida." Ao olhar para o lado, Marine percebe a mala de Nayane jogada no chão: "Nayane! A sua mala aqui no corredor, você tem que levar ela para o quarto... Nayaneee!" A esfomeada já estava na cozinha cumprimentando os pais da amiga e espionando o que tinha para a janta.
Marine fica irritada, suspira e coloca as mãos na cintura: "Eh... Quatro anos de intercâmbio e ela não mudou em nada. Eu que vou ter que arrastar essa mala velha até o quarto" Quando ela puxa a mala pesada, seu braço dói e ela solta: "Meu senhor! O que essa 'louca' carrega aqui? Pedras?!" Brava ou não, o serviço tinha de ser feito por alguém, por isso Marine suspira e mesmo contrariada arrasta a mala até o quarto, depois segue para a cozinha para o jantar em família.
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