Uma Noite Fatal (Light Novel Rebelião) Livro um - Ficção Cientifica e Politica

4 - Quem se salvará?

Essa noite promete ser longa! A lua grande ilumina o caminho pelo qual um grupo de pessoas seguem andando pela grama-baixa. À frente Aisha os guia ao lado de Keiro, atrás Zira segura Marine bem apertada contra o peito, sua arma está colada na cabeça da jovem e engatilhada. E ainda, a alguns metros atrás, o ex-general caminha ao lado de Nayane, sempre atento a tudo.

Keiro para abruptamente e começa a olhar em volta procurando por alguém, surpreso ele exclama: "Senti a presença de um legionário!" Mas, Zira dá de ombros e zomba: "To sabendo, só aqui nós temos dois." Keiro liga o seu sabre de luz azul e fica em guarda: "Não estou falando sobre mim e ele. Há mais alguém aqui!"

Zira resolve dar uma boa olhada em volta, mas vê apenas um céu cheio de estrelas, uma lua grande e brilhante, um monte de árvores e os mesmos medíocres que a enojam. Então, com as mãos na cintura, ela revira os olhos desdenhosamente: "Não vejo ninguém, isso é paranoia sua."

Koyäng também sente a mesma presença, mas diferente de Keiro, ele a identifica de imediato e suspira aliviado "Teremos ajuda" pensa ele.

Irritado, Keiro segura Aisha pelo braço e a puxa com força, assustando-a. Koyäng quase reage, mas segura o instinto protetivo fechando os olhos e suspirando fundo "Paciência..."

A boca de Keiro está tão perto do rosto de Aisha que ela consegue sentir a respiração rápida dele, é evidente que ele está aflito. Ela pensa "Se realmente há outro alguém oculto entre nós, esse alguém deve ser capaz de estragar os seus planos." Keiro grita com ela: "Não é possível que esta nave esteja tão longe! Não me enrole! Você não sabe do que eu sou capaz!"

Mesmo assustada, Aisha engole em seco e o encara: "Eu sei muito bem do que você é capaz, e é por isso mesmo que estou cooperando com você. Aqui está a nave." Keiro solta Aisha e vira-se para a direita, depois para a esquerda sem acreditar muito: "Ah, é? Já chegamos? E por que eu não vejo nave nenhuma?"

Aisha se aproxima da montanha e diz: "Minha família, minha vida." Uma voz eletrônica soa na escuridão: "Identificação de voz atendida. Princesa Aisha, seja bem-vinda!" A montanha começa a se desfazer em meio a pequenas faíscas elétricas, e entre elas surge uma nave de porte pequeno que acende as suas luzes e inicia o carregamento para decolagem.

Keiro sorri satisfeito: "Inteligente! Um campo energético camuflado. Vocês pensaram em tudo, não é mesmo? Bonequinha?" E joga Aisha no chão: "Bom, aqui acaba o passeio. Lamento, mas temos de ir."

Zira protesta: "Não! Agora é a hora em que acabamos com todos eles! Vamos fazer buraquinhos neles..." Ela sorri sadicamente enquanto seus olhos brilham de um jeito estranho em direção à Aisha.

Keiro a interrompe: "Vamos agora!" Zira se opõe: "Mas você disse que iríamos acabar com todos eles!" A ansiedade de Keiro aumenta: "É, eu sei o que disse, mas não temos mais tempo!" Zira aponta sua arma em direção a ele: "Como assim? Nós temos todo o tempo do mundo!"

"Estou dizendo que não temos mais tempo! Estamos em risco, vamos agora!"

Zira não cede: "Não me importa! Eu vim aqui para vingar a minha irmã, e é isso o que eu vou fazer!" Ela aponta a arma novamente para a cabeça de Marine enquanto a segura apertada contra o peito: "Olha aqui princesa Aisha, sua filhinha. Que tal se despedir?" Zira passava a língua nos dentes superiores, como se saboreasse o desespero nos olhos de Aisha.

Antes que Zira pudesse finalizar os seus planos, de entre as folhagens de uma árvore surgem os olhos cintilantes de um gato. Eram dois faróis, amarelos e radiantes, que os mirava de cima.

Keiro encara os olhos de fogo e tenta fazer troça para disfarçar o nervosismo: "Gatos e árvores... Eu deveria ter imaginado." Ao ouvir isso, Zira faz cara de interrogação: "Gatos?" E por um instante abaixa a mão com a qual segurava a arma. Como todo bom gato, Keinara dá um salto certeiro sobre as costas de Zira, e agilmente, com o braço esquerdo ela prende o pescoço da assassina sufocando-a, enquanto com a mão direita crava as suas garras afiadas no braço da assassina fazendo-a gritar de dor e soltar tanto a arma como Marine. A arma dá um disparo laser que atinge o chão do lado direito antes de cair, Marine cai pesadamente do lado esquerdo atordoada, porém sem nenhum dano físico.