Prólogo 6: Vamos relaxar?

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Keinara retorna ao seu planeta natal, Nahü, ela quer beber e relaxar um pouco. A atual Nahü é muito tecnológica e próspera. Uma verdadeira fábrica de legionários!

Outro destaque deste planeta é a vida boêmia da maioria, uma cultura de viver o agora com tranquilidade, muitas festas e bares. Por isso, se tornou um verdadeiro roteiro de férias para os ricos da Ordem dos Sete. Nahü sempre está cheia de estrangeiros em busca de diversão por oferecer muita música, peças teatrais, artesanatos, dentre outros eventos culturais.

O bar em que Keinara entra tem paredes translúcidas. Como é final de tarde, o céu está todo rosado, a luz transpassa os vidros e tinge o ambiente na mesma tonalidade. Keinara não é do tipo que gosta de multidões e barulho, sempre chega antes de ficar movimentado, passa algumas horas e logo vai embora. A música está suave e relaxante, ela sente-se em casa.

Keinara caminha devagar e avista Zany, sua amiga de infância, vindo em sua direção com aquele sorriso todo aberto. É certo que Zany é uma amiga de confiança, mas às vezes Keinara se irrita com o jeito debochado e relaxado dela.

Keinara acena com a mão e dá um sorriso forçado de: "Éh, tô aqui" enquanto Zany corre em sua direção gritando: "Keinara, sua linda! Que bom te ver aqui!"

Ninguém sequer nota as duas, afinal, as poucas pessoas presentes estão conversando em voz alta, mas Keinara se incomoda com o gesto exagerado da amiga e abaixa a cabeça envergonhada e resmungando: "Toda vez isso... Que saco...."

Zany agarra Keinara pelo braço e a puxa para uma das mesas. Percebendo que a amiga está sem graça, Zany faz questão de falar bem alto: "Keinara, Keinara, minha velha amiga" enquanto gargalha.

Keinara se assusta. Irritada, ela estica os braços para frente e os agita pedindo para Zany sentar: "Precisa mesmo todo mundo ficar sabendo o meu nome?" Zany se senta, cruza os braços e a encara fazendo pouco caso: "Ainda preocupada com o que as pessoas vão pensar de você? Quando é que você vai mudar?", Keinara dá de ombros e se espreguiça na poltrona: "Eu sou assim e pronto. Se você é minha amiga, vai me aceitar assim." Zany torce a boca: "Hum... Fazer o quê?"

Keinara nunca foi boa para iniciar conversas casuais, por isso sempre que visita Zany faz a mesma pergunta: "E como estão os negócios aqui no bar?"

Zany decide não deixar essa passar: "Sabe de uma coisa, você sempre me pergunta sobre os meus negócios. Você sabe que andam bem, toda noite o bar enche. É falta de assunto?" Keinara faz bico: "Talvez."

Zany a encara com curiosidade: "Sei..."

Boatos são informações descontroladas, muitas vezes exageradas, que começam sabe-se lá de onde e terminam sabe-se lá em quem.

Numa coisa Zany era muito boa, em ouvir boatos, ela ama uma fofoca bem contada daquelas com detalhes, e já se prepara para contar uma nova cheia de insinuações em seu tom de voz: "Falta de assunto não é problema para mim. Recentemente, eu ouvi uma história sobre você e nosso amigo Zirde..." Keinara se engasga e começa a tossir, mas Zany continua o seu relato: "...que estão bem próximos, cheios de conversinhas particulares."

Após recuperar o ar, Keinara rebate pigarreando: "Não foi um bate-papo, trocamos apenas informações referente a missões."

"Claro, e todos os dias vocês trocam informações sobre missões. Interessante. E só falam sobre isso mesmo?" Keinara olha com desconfiança para a amiga: "Onde você quer chegar?" Zany sorri e responde inocentemente: "Aonde eu deveria chegar?"

Keinara se cala por um instante e pensa em como responder para encerrar o assunto: "Hum... talvez me trazendo uma bebida, afinal isso aqui é um bar, não é?"

Uma Noite Fatal (Light Novel Rebelião) Livro um - Ficção Cientifica e PoliticaOnde histórias criam vida. Descubra agora