Prólogo 2: Tentativa de fuga

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Não demora muito e Zira começa a resmungar em voz alta: "Aquela gata desprezível! Já deve estar bem longe. Logo vou sair desta merda!"

Ao ouvir os resmungos da prisioneira, Suna começa a debochar dela: "Quem você pensa que é? Tá achando que Óregon é igual as outras prisões encardidas que você já esteve? Sua idiota! Eu não quero mais te ouvir falar mal da legionária Keinara!"

Zira percebe no tom da voz de Suna o como ela admira Keinara, e que provavelmente deseja um dia ser tão boa quanto ela. Esta é uma ótima oportunidade para criar um clima desagradável, então começa a cuspir frases ardilosamente calculadas: "Olha, olha... O que nós temos aqui? Uma puxa-saco do fã clube das desprezíveis! Você não se cansa de ser tão medíocre?"

Suna se surpreende com aquela petulância toda e seu sangue começa a ferver: "Medíocre?! Você é muito desaforada mesmo, hein! Você pensa que eu não posso te punir só porque, diferente de você, eu tenho princípios?"

A raiva de Suna fez eriçar os seus pelos e uma bela carranca se materializou em seu rosto. Era uma barragem de ira que estava para arrebentar. Por outro lado, Zira estava satisfeita com o desequilíbrio que conseguira causar. Este era o seu objetivo, pois uma pessoa emocionalmente instável é um excelente alvo de manipulação e por isso mesmo seria fácil cair em uma armadilha.

Zira sorri: "Exatamente! Sei bem que posso falar o que eu quiser. E você? Você precisa ficar calminha, seguindo todos os malditos protocolos.." E o pior era que ela não estava errada. As leis de Óregon são bem restritivas quanto ao abuso de poder. Nenhum legionário pode atacar outra pessoa a menos que este o tenha atacado primeiro.

Ataques verbais não contam como motivo para revidar, por isso mesmo ela continua a toda pompa: "Porque é assim que essa maldita ordem lida com as coisas! Promessa de paz, ordem e não violência... mas, na verdade, todos vocês não passam de uns fantoches! Não possuem identidade nenhuma e ainda por cima, servem a governantes hipócritas!"

"CHEGA!" Suna, instintivamente, lança um tapa no rosto de Zira que ri satisfeita. Essa era a sua vida, criar caos e aproveitar o momento. Divertia-se com situações como a que estava prestes a acontecer.

Após o seu ato impensado, Suna fica inerte em total espanto. Ela sabia que agira muito mal e isso lhe resultaria em grandes problemas.

Sentiu-se tão atordoada que fixou os olhos nas próprias mãos, esquecendo-se de que estava diante de uma assassina perigosa. Este era o momento previsto pelo mal. Rapidamente Zira acerta um chute no estômago de Suna, jogando-a para longe.

Após o chute, o controle das algemas quebrou-se, e em seguida elas se desativaram, caindo pesadamente no chão.

"Agora, eu estou livre! Vou meter o pé deste lugar!" Zira já se preparava para dar o próximo passo em direção a liberdade, mas... Você já ouviu falar no ditado: "O que vem rápido, vai rápido"? E assim foi. Estranhamente, mãos invisíveis estavam apertando o pescoço da assassina, a sufocando.

"Mas, o que q...?"

Uma Noite Fatal (Light Novel Rebelião) Livro um - Ficção Cientifica e PoliticaOnde histórias criam vida. Descubra agora