1

14.3K 1K 417
                                    

Lauren Jauregui

— Você não se importa de eu colocar um pouco de música não é? – Perguntei olhando para o homem assustado à minha frente, e ele engoliu com dificuldade e negou com a cabeça me fazendo sorrir. — Ótimo! – Falei eufórica.

Fui até o som colocando uma das minhas músicas favoritas para tocar, podem me chamar de antiquada mas eu amo música clássica e óperas.

— Eu não sei vocês mais eu amo essa música... – Falei sorrindo e fui até o bar.

Me servi com vinho e voltei encarar o homem mais nervoso na sala, sorri vendo o que eu causava na maioria das pessoas. Eu amo ver o desespero de quem fez algo errado e está prestes a ser punido, é o momento mais sincero da pessoa. O medo de morrer trás a tona as reações mais sinceras e desesperadas de um ser humano, e eu me deleito com isso.

— Tierra ensanguentada en tardes de toros... – Cantarolei bebericando meu vinho.

Fui até a bancada e peguei uma das várias armas dispostas sobre ela, me virei vendo o homem soluçar de tanto chorar. Ele negava com a cabeça, aposto que se não tivesse a boca tapada, estaria implorando para que eu não o matasse.

— Não se pode apropriar de dinheiro pertencente a outras famílias ou outros mafiosos. – Repeti um dos nossos mandamentos chegando mais perto dele. — Pensei que esse fosse um dos mandamentos mais claros, nunca, jamais, pegue o que não deve ser pego. – Falei e puxei a fita que tampava a boca dele com violência.

— Eu... eu sin... sinto muito capo... – Ele desesperou a falar.

— Sente muito? É essa a desculpa que tem para me dar? – Segurei ele pelo queixo. — Sentir muito não vai reparar o fato de que você roubou dinheiro de uma boate da família Camorra. – Bati no rosto dele com força.

— Por favor, não me mate! Eu tenho família, minhas filhas precisam de mim... – Ele chorava.

— Você trará desonra para sua família e para minha se eu te deixar vivo, você servirá de exemplo para todos. – Peguei a faca e encostei a lâmina no pescoço dele, sentindo a respiração ofegante dele bater em mim. — Não se pode apropriar de dinheiro pertencente a outras famílias ou outros mafiosos. – Terminei de falar e cortei a garganta do mesmo.

Me afastei indo até a mesa, deixei a faca suja em cima da mesma e limpei minha mão em uma toalha que estava ali...

— Granada tu tierra está llena de lindas mujeres de sangre y de sol. – Cantarolei. — Já sabem o que fazer agora, deixem que todos saibam qual foi a punição dada. – Desliguei o som e saí dali.

Andei pelos corredores encontrando Dinah no final dele, ela estava encostada em uma das paredes ascendendo o mesmo maldito cigarro que eu já disse mil vezes que ela deveria parar. Assim que cheguei perto tomei aquela praga dos lábios dela, o joguei no chão e pisei em cima apagando o mesmo.

— Ei, eu acabei de acender esse. – Ela resmungou me seguindo.

— Já disse que não quero você fumando essa merda. – Esbravejei. — Me dê o maço! – Ordenei estendendo a mão.

— Merda! – Ela resmungou me entregando o que eu pedi.

— Masque um chiclete. – Falei enquanto saímos para o lado de fora.

Entramos dentro de casa e a primeira coisa que fiz foi jogar aquela porra na lareira que estava ascesa, fui até o lavabo e lavei as mãos com Dinah ao meu encalço.

— Seu pai quer falar conosco no escritório... – Ela falou assim que sai do lavabo.

— Vamos logo, estou sentindo o cheiro da comida da nona. Seja lá qual for o assunto, meu estômago não nos permite que seja uma conversa demora. – Falei indo em direção ao escritório do meu pai.

Lá Famiglia Jauregui Onde histórias criam vida. Descubra agora