Vendida

18

Quando descemos do avião, tinha uma limosine nos esperando, o que poderia ser um sonho, se eu não estivesse sendo escoltada por um bando de psicopatas.

E o pior de tudo é que os desgraçados são bonitos e ricos. Ninguém desconfiaria deles.

Tim foi o único que aproveitou  a viagem, já que saiu do banheiro acompanhado por duas lindas  aeromoças, ele realmente não tem limite.

Eu chorei tanto naquele avião que agora nem tenho lágrimas pra chorar.

Não tenho outra escolha a não ser aceitar que fui vendida para esse homem absurdamente sexy e perigoso, e tenho que viver conforme ele mandar.

Não posso mais resistir, mesmo que queira fugir, eu não consigo.

E não falo só pelo fato de estar em outro país, mas sim em relação ao  sentimento que estou nutrindo pelo Dom, que está ficando cada vez mais forte.

Entrei na limosine e me sentei em um banco grande e macio. Dom se sentou do meu lado, e só a sua presença foi capaz de me deixar sem ar.

Ainda bem que eu estava do lado da janela.

Ele desperta muitos sentimentos em mim, mas o mais forte dele infelizmente é o desejo.

Sem contar que eu me perco completamente quando ele me olha.

Ele é tão lindo, e ao mesmo tempo tão prepotente e arrogante.

Ele me faz querer chorar, só não posso dizer por onde.

____ Odeio vestido - Meg resmungou interrompendo meus pensamentos pecaminosos.

Ela se sentou no banco à nossa frente. Que bom assim eu teria outra coisa pra olhar que não fosse pra boca do Dom, ou para suas mãos grandes e cheias de veias, ou para o seus olhos azuis e ardentes.

Se não tivesse ninguém aqui eu provavelmente estaria sentada no seu colo, entregue aos desejos mais obscuros que residem dentro de mim.

Meu Deus, o que eu estou pensando? Jamais faria isso, depois de tudo o que ele me fez.

Voltei a ficar com raiva e cruzei os braços, quando na verdade deveria cruzar as pernas, já que eu fiquei  molhada só de pensar em tudo que Dom poderia fazer comigo entre quatro paredes.

Devo tá ficando louca.

____ Você ficou linda com ele, na verdade você fica linda de qualquer jeito - Joe falou pra Meg e o outros vaiaram ele, menos o Dom, ele não estava prestando atenção.

Ele parecia distante. Daria tudo pra saber o que ele está pensando. Ainda bem que ele não sabe o que eu estou pensando.

____ Idiotas - Meg soltou brava e constrangida ao mesmo tempo

____ Isso aí Joe - Tim o abraçou e esfregou o punho na cabeça dele - Tava comecando achar que você era gay.

____ Um gay entre os rebeldes, parece um filme de comédia - Billy zombou

Todos caíram na gargalhada.

No fundo são apenas crianças brincando de atirar.

A limosine parou em frente a uma mansão luxosa, maior do que a que estávamos morando no Brasil.

Ela tinha um aspecto meio histórico, e estava bastante iluminada, com certeza deve ter passado muitas gerações por ela.

Dom desceu do carro primeiro e me estendeu a mão, sem hesitar eu a agarrei e novamente senti aquela eletricidade.

Nunca senti isso antes.

Joe desceu logo em seguida com o Noah no colo. Ele já tinha acordado e estava  confuso com o lugar a sua volta, e com razão.