Capítulo 11

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Oi, gente, mais um capítulo para vocês.
Porfavor não me matem.... Tentando voltar a escrever
Esperem que gostem, boa leitura.

XXX

(P.O.V Jinx)
Nós três estamos sentados na sala de jantar. Minha irmã está enfiando o garfo na boca como se não visse comida há dias. Para uma mulher que trabalha em um lugar que se tem rosquinhas o dia todo, ela sempre volta para casa com fome. A Caitlyn corta o frango no prato dela com calma.

Parecia tudo normal, mas não estava. O ambiente era pesado, tão pesado que era difícil respirar. Vi e Caitlyn pareciam travar uma guerra telepática e eu estava no meio dela. Caitlyn mantinha seu postura perfeita, enquanto Vi parecia que ia surtar e quebrar tudo a qualquer momento. -Estranho, quando eu encontrei ela na delegacia ela estava de bom humor.

Em meio a essa discussão silenciosa, os olhos mau-humorados da minha irmã se voltaram pra mim.

- Amanhã, depois do trabalho, preciso que você me ajude com meu trabalho - diz ela, olhando para mim.

- Vi, preciso fazer lição.

- Você pode fazer os dois. Preciso que veja algumas papeladas. Quero que tudo já esteja terminado até domingo, algumas pessoas vão pedir licença de férias. Não quero mais trabalho extra.

- Esse tipo de coisa leva tempo. - Enfio com tudo minhas batatas no molho. Essa é uma das muitas vezes em que eu queria não ser um prodígio, para puder usar a desculpa simples, de simplesmente não saber mexer com papelada.

- Não me diga como é. Você vai me ajudar com a papelada e pronto. A cait está enrolada também. Você precisa ajudar de vez em quando em vez de ficar no seu quarto sem fazer nada.

Encaro minha comida e digo, praticamente sussurrando:

- Vi, essa não é a questão. Tenho coisas a fazer e você pode pedir para todos fazerem sua...

Sinto os olhos dela em mim. Ela fala com o queixo meio travado, alternando o olhar entre mim e a a cait, dando a entender que está se referindo a algo mais do que só uma ajuda. -Caitlyn que merda está acontecendo?

VOCE É UMA PÉSSIMA PESSOA E UMA IRMÃ AINDA PIOR. SABE QUE O DINHEIRO ESTÁ CURTO. SUA IRMÃ CONTOU QUE REDUZIRAM AS HORAS NO TRABALHO?

Minha cunhada ainda está comendo, de cabeça baixa. Obrigado por interromper a discussão e tentar resolver essa loucura toda, cait.

Com o garfo, arrumo a comida no meu prato e murmuro para as vozes:

- Que novidade.

- O que foi que você disse para mim?

Minha cunhada fala, até que enfim:

-Vi. Vamos só comer. - Ela se vira para mim. - Gostei do cabelo.

De repente, Vi aperta meu ombro. Eu congelo. A mão dela vai do meu ombro passando por todo o braço e parando no anti-braço. Ela pressiona os dedos e faz força para baixo. Na tentativa de me manter no mesmo lugar.

Mantenho a cabeça baixa.

Não chora.

Respira.

Ela não vai fazer nada. É a Vi.

Ela fala, entre respiros curtos, calmos e calculados:

- Por que ela sempre é assim? - Ela olha para a cait.

-Vi. Por favor. Para. Se acalma

- Você devia estar com raiva, vc mesma achou as lâminas. Ela não tá tentando. Essa é minha irmã, é ela precisa entender. - Quando termina de dizer a última palavra, ela aperta mais o meu anti-braço na mesa, me impedindo de levantar.

As vozes da minha cabeça Onde histórias criam vida. Descubra agora