Capítulo 7

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Oi, gente, mais um capítulo para vocês.
Capítulo feito com muito amor...Porfavor não me matem
Esperem que gostem, boa leitura.

XXX

(P.O.V Jinx)

-Pow-Pow. Powder

Minha irmã está inclinado sobre mim.
Estreito os olhos para vê-lá.

-Que horas são?

-Quase cinco.

-Da manhã?

Ela me olha desconfiado -Eu dormi direto de ontem para hoje?

-É. Quer ir buscar rosquinhas?

Minha irmã endireita a postura. Isso é uma coisa nossa. Ela costuma acordar às quatro da manhá e sair no máximo às cinco. O trabalho na delegacia começa cedo, e, às vezes, vamos a uma cafeteria. É irônico que a gente vá a uma loja de café e rosquinhas quando elas trabalham em um lugar onde só se come rosquinhas e café. Sentamos em bancos próximos ao balcão e ela pede um café e uma rosquinha. Eu também peço uma, às vezes duas, e no geral só ficamos em silêncio. Se ela acha que estamos com um pouco mais de dinheiro naquele mês, pede mais uma dúzia para viagem. Depois me leva para casa e vai trabalhar.

Eu me levanto e procuro meus tênis. Adormeci ainda vestida. Confiro o celular e vejo um monte de mensagens do ekko enviadas depois de eu capotar.

•Cadê vc? Tá em casa?
•Ainda na escolinha Pilte?
•Passei por aí agora. Que merda é essa? Tá tendo festa, é? Que tanto de carro chique é esse?
•Me liga. Até mais.

Eu devia ter mandado mensagem. Corro para o banheiro e abro a torneira, mas pouco, para não acordar a Caitlyn -Aquela tem o sono mais leve do mundo. Jogo água no rosto e tento dar uma abaixada no cabelo com as mãos molhadas. Não funciona. Volto sem fazer barulho para o quarto, desfaço as minhas tranças e pego um gorro preto com um desenho de um macaco, e encontro minha irmã do lado de fora. Ela já ligou o carro e está apoiada no porta-malas, dando longas tragadas no cigarro e olhando para a casa do outro lado da rua. Com a luz do poste iluminando o rosto, o perfil dela, que já é forte, fica ainda mais proeminente. Eu queria ter herdado a aparência do meu pai, e consecutivamente da minha irmã. O rosto dela é ousado, com traços angulosos e um nariz reto. O seu estilo deixa ainda mais forte, seu cabelo raspado na lateral e com sua coloração rosa forte. Vi diz que o meu rosto parecia com o da minha mãe.

Ela me ouve abrindo a porta do passageiro e vai até o lado do motorista. Com o cigarro pendurado na boca, fecha a porta devagar. Ela também não quer acordá-la.

-Posso entrar mais tarde no serviço hoje. Quer ir para outra cafeteria?

A cafeteria do bairro mais próxima fica a menos de dois quilômetros de casa. Daria para ir andando, se quiséssemos.

-Pode ser. Qual?

-Não sei. Vi outra esses dias, enquanto voltava para casa. Fica na direção contrária do que frequentamos. Parece maior.

Para Vi maior é um código para melhor. Mais também é melhor. Maior e mais não são coisas que ela não pode custear sozinha sem a ajuda dos Kirammans. Violet é bem orgulhosa. Ela tem a ajuda financeira da família Kiramman e que suprem todas as nossa necessidades. Tudo o que temos, a grande parte eles financiaram. Mas ela não gosta disso, ela nunca gostou de depender dos outros, por isso começou a trabalhar na delegacia e ganhar o seu próprio dinheiro -Que não dá para quase nada. Então, quando ela ganha ou junta um pouco de dinheiro e surge a oportunidade de experimentarmos um ou outro - ou, numa ocasião bem rara, ambos, nós topamos.

As vozes da minha cabeça Onde histórias criam vida. Descubra agora