P.o.v Luna
Eu não era nem um pouco romântica. Longe disso. Até os dezesseis anos, até brandia a bandeira de que sexo sem amor era uma experiência vazia, mas bastou que um garoto do colégio tirasse minha virgindade pra eu passar a acreditar que a vida é curta demais para acreditarmos em contos de fadas.Sou uma garota morena, de cabelo liso e escuro e corpo magro. Tenho dezenove anos. Faço parte do corpo de baile do Ballet Imperial de Petrópolis e estou pleiteando um cargo de solista na companhia. E como sou uma paraibana arretada — nasci em João Pessoa —, tenho fé que vou conseguir.
Naquele sábado, um dos poucos em que não estávamos fazendo aula e nem viajando pelo Rio de Janeiro para nos apresentarmos, sai do dormitório em que eu vivia com outras sete moças, no Leblon, em direção à praia. Usava um conjunto de biquíni peculiar, a tanga vermelha e o top, preto. Como fazia muito calor, tratei de espelhar pelo meu corpo moreno quantidades generosas de protetor solar, e então me deitei de bruços sobre minha esteira.
Meus pensamentos se dispersaram. Depois de semanas de aulas, ensaios, cansaço físico e emocional, eu estava a fim só de relaxar e pegar uma corzinha, sem me preocupar com nada.
Pus meus óculos de sol e beberiquei um gole de água de côco. De vez em quando eu escutava gritos de crianças correndo perto de mim, atrás de uma bola de futebol ou brincando de pega-pega. Mas era um barulho saudável. Na minha infância na Paraíba, eu também gostava de brincar, por isso não condenava a algazarra dos pequenos.
Fechei os olhos, cochilei por um momento. De repente, algo caiu no meu bumbum e despertei assustada, olhando por sobre meu ombro para uma bola de vôlei caída ao meu lado.
— Que porra é essa? — murmurei, me sentando.
Olhei para os lados. Para a água do mar, pouco ondulante. Para os banhistas, os vendedores ambulantes e as quadras de futevôlei. O dono dessa bola logo vai aparecer e vai ter que escutar umas boas, disse a mim mesma.
Meio minuto decorreu, e então, ele surgiu. Um garoto não tão alto, mas muito gato. Cabelo louro escuro, com barba rala, ele usava boné e óculos de sol. Os músculos de seu abdome eram protuberantes, já que não usava camiseta, e uma tatuagem tribal cobria todo o seu braço direito.
— Oi. Foi mal, moça. Será que pode me devolver a bola?
Incapaz de falar uma palavra sequer, meus olhos escanearam seu corpo ao mesmo tempo que minha boca semiabriu. E de repente minha disposição de dar um esporro em alguém evaporou tão logo aquele garoto carioca sorriu pra mim.
— Moça, a bola.
— Oi? — abanei a cabeça, olhei petrificada para a bola em minhas mãos — Toma — estiquei os braços, devolvendo-a, sorridente, pra ele.
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Contos eróticos de bailarinas ousadas
ContoSexo. Se o tema por si só desperta interesse, imagine feito por bailarinos que desconhecem o significado da palavra pudor. Em cada conto uma história picante, narrado por Danielle, Duda, Antonella, Bombom e todas as principais bailarinas da cronolog...