ᴡʜᴀᴛ ɪꜱ ʟᴏᴠᴇ | Tom Kaulitz

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── Preconceituosos, não te deixaram ganhar só porque você é mulher ── Murmurou Monserrat com um copo de bebida em suas mãos.

── Eu pedi para darem o prêmio ao Tom ── a respondi com meus olhos fixados no Kaulitz que era cumprimentado pelos outros artistas que lhe davam parabéns pelo prêmio

── Você oque?

── Oque foi? Eu tenho vários prêmios parecidos com esse ── falei

── MAS ESTE É O MAIOR DE TODOS ZALIA! Músicos batalham muito para ganhar isso e você entregou ao Tom assim de mãos beijadas? Não estou acreditando nisso ── Disse Monserrat incrédula passando as mãos sobre o rosto

── Ele merece, Tom toca muito bem

── Mas este já é o segundo prêmio que você se nega a ganhar por pura preguiça, sabe oque é? Eu trabalho duro tentando te ajudar para cada dia você ganhar mais e mais, e você faz oque? Joga todo esse trabalho no lixo ── respondeu ela estressada

── Ele merece ganhar isso....

── Sim ele merece, mas se fosse com você ele faria questão de ganhar e ainda jogaria isso na sua cara! Acha que ele se importa, Zalia? ── debochou ela ── faça oque quiser, mas não deixe os outros passarem á sua frente, porque se fosse com você eles nem iriam ligar

── Para de falar merda, abre essa boca e enfia esse copo na goela e vê se não me enche ── a respondi estressada dando um último gole e saindo de perto dela

Uma coisa que eu não mudei esses anos todos foi perder a paciência rápido. Eu quis deixar Tom vencer, ele ficaria mais irritado se eu ganhasse mesmo que eu fui melhor que ele, obviamente. Bill havia me ligado um pouco antes de sair de casa se desculpando por Tom ter me deixado na praça esta tarde, e eu apenas compreendi. Jurei que não iria brigar com Tom e nem força-lo á nada, ele que deve saber das decisões dele

Fui para fora me sentando na calçada na parte de trás do salão, comecei a mexer nas pedrinhas que havia no chão as lançando para longe esperando o tempo passar.

── Caralho de bolso desgraçado ── ouvi a voz de Tom e logo me virei para trás á encarar o homem surpreso ao me ver ── Eu não sabia que voc-

── Odeio lugares cheios ── reclamei o interrompendo

── Eu sei ── respondeu ele colocando um cigarro em sua boca o acendendo

── Você tocou muito bem, mereceu esse prêmio ── falei enquanto encarava o chão

── Estou ciente que você me deixou ganhar, sabe que não precisava disso ── Falou o Kaulitz se encostando em um poste ao meu lado

── Já tenho prêmios que chega ── murmurei e pude ouvir ele rir baixo

── Ta bom Michael Jackson, obrigada por ceder este prêmio para mim ── brincou Tom

── De nada ── gargalhei enquanto um silencio se fez presente entre nós

── Foi mal por ter te deixado lá ── Disse Tom olhando para frente ── Eu me estresso com estes assuntos do passado

── De boa, eu acho que te entendo, tem motivos para estar assim....

── Milhares....

── Mas eu sinto falta ── o encarei vendo ele jogar o cigarro no chão e pisar encima

── Sente falta? Falta de que? Das migalhas? Do mínimo? Da confusão? Da instabilidade? Da incoerência e falta de comunicação? Esse relacionamento era um caos, ta sentindo falta de que? ── respondeu ele de braços cruzados

── Das rolas na cara, de tocar a campainha e sair correndo deixando você se ferrar, das noites que aparecia no meu quarto, do seu anel de brinquedo, das danças, das composições, das aulas de guitarra, de você ── Tom rapidamente me encarou abaixando sua cabeça ── Posso não saber quem sou agora, mas sei quem não sou mais

── Eu queria poder dizer o mesmo, mas eu nem sei quem sou agora

── Você sabe, mas não quer aceitar

── não eu não sei, não sei quem sou e não sou quem você é agora

── Posso te garantir que não sou a mesma que você conheceu, Tom ── vi o homem soltar um suspiro se desencostando do poste mexendo em suas tranças

── Então quer dizer que você perdeu o gingado? ── brincou ele

── Quer ver? ── o provoquei o vendo soltar um riso

── Vai me mostrar? ── disse ele malicoso

── Se você deixar.....

── Vem ── Tom fez um sinal para que eu o seguisse até seu carro, vi o mesmo pegando a chave e o abrindo ainda com seu sorriso no rosto. Adentramos o carro e eu o encerei

── E o resto da banda?

── Eles se viram ── riu Tom dando a ré saindo do estacionamento e seguimos para algum lugar

Eu estava nervosa, MUITO NERVOSA. Não me sentia assim á anos, ou desde de a última vez que vi Tom. Ele dirigia sério e a única coisa que eu podia notar eram suas mãos apertando firme o volante, me deixavam mais nervosa ainda. Notei meu celular vibrar sobre minhas pernas, Tom levou seus olhos ao objeto suspirando fundo

── Manda esse seu ex pro inferno, diz que fui eu ── Brincou ele

── Vamos ignorar este ocorrido ── joguei meu celular para o bando de trás enquanto Tom gargalhava

Estacionamos em frente á uma discoteca que por sinal estava cheia. Tom saiu de dentro do carro aguardando eu sair também para trancar seu veiculo

Esta noite vai ser cheia