ᴡʜᴀᴛ ɪꜱ ʟᴏᴠᴇ | Tom Kaulitz

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── ESSA PALAVRA TEM CINCO LETRAS TOM, BORBOLETA NÃO É UMA AVE! ── gritei apontando para a palavra cruzada que estava em sua mão 

── COMO NÃO? ELAS TEM ASAS E VOAM, VOCE É BURRA? ── gritou ele de volta e eu peguei a caneta de suas mãos 

── TOM KAULITZ! VINTE ANOS NA CARA E VOCE AINDA ME DIZ UMA COISA DESSAS ── o respondi inconformada pegando as palavras cruzadas de suas mãos ── aqui é  butterfly e não borboleta 

── É A MESMA MERDA ZALIA! ── gritou ele irritado

── NÃO É NÃO, A BUTTERFLY ESTÁ EM OUTRA LÍNGUA ── gritei de volta 

── MAS É A MESMA PALAVRA ── berrou ele 

── MAS EM OUTRA LÍNGUA! ── o respondi e ele parou de falar respirando fundo

── não quero mais jogar ── disse ele se inclinando para trás emburrado acendendo um cigarro 

estávamos sentados em uma praça enquanto degustávamos um sorvete de morango, eu tive essa ideia para ver se as coisas melhoravam entre nós, mas até agora só passamos raiva com essas palavras cruzadas de merda. Acabei notando nos pequenos detalhes de Tom, de como seu maxilar havia afinado ou de como seus dedos haviam se tornado mais grossos ou de como seu piercing se tornou mais atraente na cor preta. Mas seu estilo jamais iria mudar, porém ele não usava tantos moletons igual á antigamente, agora usava jaquetas ou coletes pretos

── acho que preciso de um copo de água, a não ser que voce pare de me secar assim ── Falou Tom dando uma tragada em seu cigarro com o olhar baixo para mim

── foi mal ── sorri envergonhada lambendo meu sorvete o vendo me encarar ── oque foi?

── Zalia Klein com as bochechas vermelhas de vergonha? essa é nova ── riu o homem 

── vergonha de ti? para Tomas, que piada ── debochei 

── Voce não cansa de me chamar de Tomas, não é? ── me olhou ele sério 

── não, Tomas ── debochei mais uma vez e Tom revirou os olhos olhando para o lado, meu celular começou a tocar encima da mesa chamando á atenção do mesmo que logo encarou o objeto e começou a rir ironico

── seu namoradinho? ── perguntou ele

── ex namorado ── respondi negando a ligação puxando o telefone para o meu bolso 

── ele era bom contigo? porque se fosse não seria ex ── perguntou ele debochado com um sorriso ladino 

── ele era sim, mas depois deixou de ser....

── por que?

── porque ele errou duas vezes comigo, e errar duas vezes não é uma escolha e sim uma decisão ── o respondi sério enquanto encarava seu jeito relaxado á minha frente 

── o sujo falando do mal lavado ── riu ele ── voce o deixou porque ele estava se tornando voce, e voce odeia sua pessoa do passado Zalia. Eu vi os noticiários, e tudo que ele fez com voce, voce fez comigo

fiquei quieta apenas o olhando com os olhos marejados, mas Tom mantinha seu olhar sério e sem expressão a não ser ironia e deboche

── tem razão, ele fez a mesma coisa comigo. Me deu esperanças e depois foi embora sem mais e nem menos assim como eu fiz, e sabe? ele irá se culpar todos os dias assim como eu ── o respondi e ele me encarou receoso mas ainda com deboche 

── voce não se culpa, porque voce nunca voltou ── disse ele me encarando 

── as vezes precisamos ir embora, mesmo querendo ficar....pois nós desistimos do que dói e não do que amamos....

── como voce mesma disse, errar duas vezes com a mesma pessoa é uma decisão e não escolha, voce decidiu errado e se afastou, e eu me culpei por algo que não era minha culpa ── respondeu Tom com raiva em seus olhos, senti que ele queria sair de perto de mim o quanto antes mas algo não o deixava e ele permanecia sentado ali em minha frente ── e pode ter certeza que eu não vou me tornar o monstro que me machucou ── disse ele se levantando e saindo andando indo para seu carro frustrado e irritado

vi ele saindo e me deixando ali com meus próprios pensamentos, tinha tantas coisas que Tom queria me dizer mas não podia e isso acabava mais ainda com ele. Não quero jogar um balde de água quente encima dele e dizer que pensei nele antes de mim pois estaria mentindo, mentindo para si mesma e para ele. Mas Tom precisava saber da verdade, mas assim o machucaria e faria com que Bill entrasse no meio disso tudo porque ele também me ajudou

peguei meu telefone ligando para Moon vir me buscar pois mais tarde teria uma premiação e não poderia me atrasar, graças á Deus seria aqui mesmo na Alemanha e não precisaria me preocupar com passagens e nem nada do estilo. Mesmo estando com a mente cheia e alma pesada eu seguia firme e forte me mantendo bem para não me tornar oque um dia já fui

não precisava que Tom se casasse comigo, não precisava que nós tivessemos um relacionamento de volta, mas precisava do perdão dele. Eu necessitava disso, ou morreria me sentindo culpada pelo resto da vida 

── ele te deixou aqui, foi? ── riu Monserrat estacionando seu carro ao meu lado

── cala boca ── revirei os olhos adentrando o carro de cara fechada 

── temos duas horas para voce se arrumar ── disse ela

── tá....

duas horas de pura tortura