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Allyssa Cupello
quinta-feira 19h12

(1/2)

O intuito do final de semana/feriado na praia seria descansar, mas se tem uma coisa que eu não fiz, foi descansar. Chegamos segunda à de manhã, e a tarde eu já estava na faculdade, fiquei até tarde fazendo trabalho.

Essa semana eu voltei ao estágio, o escritório havia entrado em recesso e voltou somente essa semana. Ou seja, mais um motivo pra eu pirar.

Hoje eu resolvi que iria dar uma folga a mim mesma a noite, até porquê é aniversário da minha melhor amiga, a Sindy.

Depois do que aconteceu na segunda, eu me senti a pessoa mais frágil do mundo e quase não consegui olhar no rosto do Piquerez. Mas, não sei o que esse garoto tem, que me fez sentir extremamente confortável depois do que aconteceu.

Nunca imaginei que ele me acolheria tão bem, como fez. Me levou pra dentro, colocou minha série favorita pra assistirmos, fez cafuné ate eu pegar no sono. As vezes a única coisa que precisamos é isso.

Essa semana foi muito corrida, ou seja, não sei se quer tempo da gente se encontrar. Mas, estamos conversando bastante por WhatsApp, acredito eu que mais do que o necessário.

Me olho no espelho antes de sair de casa, e claro eu estava um arraso. Estava vestida com uma saia preta e uma blusa branca de manga longa, já que estava um pouco frio e um salto preto, que não pode faltar, é claro. Allyssa sem salto, não é Allyssa.

Minha auto estima está finalmente boa, depois de ter passado a semana me sentindo um lixo.

Pego minha bolsa também preta, a sacola de presentes da Sindy, e desço as escadas. Vejo Liz sentada com o nosso pai no sofá da sala, quem vê assim, até parece que é um ótimo pai.

— Já vai filha? — a moça loira se aproxima de mim ao me ver chegar — Manda um beijo a Sindy! — ela sorri

— Mando sim, mãe. — sorrio — Beijos! Ficarei pelo Henrique. — beijo a cabeça da senhora — Tchau minha pitica! — beijo a bochecha da menor — Te amo!

— Te amo, Lyssa — ela me abraça

— Tchau também, Alyssa! — Olavo, meu genitor se levanta do sofá e me abraça — cuidado, minha filha.

Aquilo são cenas que aconteceram pequenas vezes nos meus 23 anos de vida, da pra contar nos dedos da mão e ainda sobra.

— Tchau, pai? — digo estranhamente e saio dos braços dele, não sei o que o fez ter essa reação, mas coisa boa não é.

Escuto a buzina e indico que seria o Henrique, saio e vejo o loiro acompanhado de Victoria no banco do passageiro. Ela nem parece que é prima do Veiga de tão gata que ela é!

— E aí tico e teco — rio entrando no carro

— E aí chatonilda — o henrique disse — Vambora que hoje é dia de aventura noturna — ele disse animado enquanto dava partida no carro — revoadinha. — o paulista tem um certo problema que não dá

— Revoadinha do japa, já pa cama Henrique! — a victoria disse fazendo a gente rir

— Boa cunhada!

[...]

Uma coisa eu tenho certeza nessa vida, a Sindy sabe dar uma festa! Estava tudo lindo, a decoração mais impecável ainda.

Estávamos nos três sentados em uma mesa, e é claro eu de vela para os dois pombinhos. Não imaginaria que depois de tanto tempo a Victoria cederia o charme pro Henrique.

— Vocês estão me enjoando! — reviro os olhos — chega de carícias, vamos beber! — entrego uma dose de tequila pra cada

— Vamos! — a victoria diz animada — 1,2,3 — a loira faz a contagem e nos três bebemos ao mesmo tempo

Olho em direção da entrada e vejo o Piquerez com o Veiga combinando roupa, os dois de preto e branco. Acompanhado de Mayra, irmã do Piquerez.

— Dois patetas! — o henrique diz rindo — acabou seu momento de vela, Lyssa — o henrique diz baixo me fazendo rir

— Meu Deus, os dois não andam separados mais! Parece que são grudados, onde um vai o outro tá atrás. — a victoria diz rindo enquanto eles se aproximavam da mesa — Quem é que te chamou aqui praga? — ela abraça seu primo — pensei que teria paz!

— Que culpa eu tenho se sou amigo do marido da dona da festa! — ele beija o ombro — E aí palhaça insuportável — ele me abraça e bagunça meu cabelo

— Ô, seu inconveniente! — empurro ele — Que lindo vocês dois, vestido de Corinthians! — rio

— E aí fia' cê tá tirando? — o henrique fala sério — Aqui é palmeiras porra — ele fala e eu mostro o dedo

— Oi princesa! — o moreno me abraça e beija a minha cabeça

— Oi piquizinho. — brinco com ele — Oi Mayra! — abraço a morena

— Oi cunha! — ela ri

Quem via de longe, poderia jurar que havia sido combinado e estávamos todos de casal. O que na realidade até que estávamos!

Eu ainda não consigo lidar com o fato do Piquerez ser tão fofo e bom, ele é um garoto do coração puro, bom. Isso me encanta!

Não deve ser real, não tem cabimento existir um homem assim nessa vida.

𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒓𝒊𝒗𝒂𝒍 - 𝑱𝒐𝒂𝒒𝒖𝒊𝒏 𝑷𝒊𝒒𝒖𝒆𝒓𝒆𝒛Onde histórias criam vida. Descubra agora