035

2.5K 169 10
                                    

Allyssa Cupello

Ainda não me caiu a ficha de que sou mãe, as vezes me esqueço que carrego alguém dentro de mim. No começo eu chorei, e me desesperei. Mas, agora entendo que essa criança veio pra trazer alegria a minha vida.

Na minha cabeça eu ainda era uma adolescente e ser mãe na adolescência era meu pavor, daí eu lembro que já tenho 25 anos, sou formada, tenho a estabilidade dos meus sonhos, e nada melhor do que uma criança pra completar.

O início da gravidez tem sido muito difícil, eu ainda estou com apenas 10 semanas, e elas foram repletas de vômitos, enjoos, mudança de humor. Está difícil pra aturar!

Minha sorte é ter o Joaquín por perto, ele tem sido a minha base. Desde o dia que descobrimos a gravidez a quase dois meses atrás, ele não sai de perto de mim, não solta a minha mão.

Ainda ninguém sabe da minha gravidez, eu esperei até fazer os primeiros exames e ter total certeza de que estaria tudo bem pra fazer o anúncio a minha família e amigos.

Eu já estava com uma leve barriguinha aparente, ou seja, por enquanto estou apenas usando roupas largas que dê pra disfarçar.

— Está pronta? — piquerez diz entrando na porta do quarto

— Estou sim, eles já chegaram? — pergunto e ele afirma balançando a cabeça — Estou nervosa! — digo

— Não precisa ficar! — ele se aproxima — Todos nossos sonhos estão se tornando reais, e a apartir de hoje estamos dando mais um passo pela nossa família, que será linda. — ele coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha — Eu fico extremamente feliz ao saber que estou realizando tudo isso com você.

— Você está sendo meu porto seguro nesse momento, eu estou tão feliz, que não sei nem o que dizer. — digo com os olhos cheios de lágrimas — Obrigado por tanto, bê. Se não fosse você, não sei o que seria de mim. — o abraço.

Depois do nosso momento melancólico, descemos a escadas e encontramos todos nossos amigos e familiares reunidos. Estavam apenas os mais próximos, o restante ficaria sabendo pela internet.

Ninguém sabia o porquê daquele jantar, se era uma data comemorativa, apenas obrigamos todos a virem.

Após o jantar ser servido, e todos terem terminado de comer, decidimos que seria a melhor hora pro anúncio, já que eles ainda estavam se perguntando o motivo do jantar.

— Gente! — o Piquerez se levanta da mesa atraindo atenção de todos — Eu e a Allyssa precisamos dizer algo pra vocês. — ele me dá a mão pra me levantar também.

— Se vocês estão aqui, é porque são extremamente importante para nos, e já tiveram algum papel no nosso desenvolvimento como casal. — sorrio — Estamos aqui reunidos com as pessoas mais importantes de nossas vidas, e as primeiras que deveriam saber dessa notícia. — tento conter as lágrimas, eu já era emotiva, depois da gravidez estou muito mais. — Estamos grávidos!!! — nós dois dizemos em uníssono

A reação de alguns foram correr e nos abraçar, minha mãe e a minha sogra começaram a chorar, nossos irmãos também.

— Eu não acredito que eu vou ser titio! — o Henrique me abraça — Que orgulho eu estou sentindo de você, minha princesa. Eu te amo tanto que não cabe dentro de mim!

— Eu te amo meu loirinho! Sem você eu não estaria aqui, obrigado por tudo. — abraço o loiro

— Vocês vão ser os melhores papais do mundo! — a Mayra me abraça — obrigado por fazer meu irmão tão feliz, cunha. — ela sorri

Não preciso nem dizer que estava em prantos de choro, todo aquele carinho era importante, todos aqueles eram essenciais em minha vida.

— Eu vou ser vovô? — o henry me pega no colo me abraçando — E lá vem mais um Corinthiano no mundo!!!

— Mais um pro bando de louco, pai. — sorrio

— Vai ser palmeirense, em! — o meu sogro ri

— Não!! — eu e Henry falamos juntos e rindo.

Meu sogro também havia se tornado uma figura paterna, ele cuidava de mim da mesma forma dos filhos dele, a mesma preocupação. E eu amava aquilo, em sentir uma presença paterna.

Mas não posso mentir, as vezes me pego pensando em como seria se eu tivesse o meu pai verdadeiro comigo, se ele não fosse tão filho da puta... Queria ter passado momentos importantes da minha vida ao lado dele, uma pena ele nunca ter feito questão.

Por outro lado, sempre tive Henry, em tudo na minha vida. E é isso que tenho que agradecer e reconhecer, ele é meu verdadeiro pai, independente de sangue ou não.

— Minha filha! — minha mãe se aproxima se derramando em lágrimas — Você se tornou uma mulher... — ela me abraça — eu tenho a certeza que você vai dar conta de ser mãe, de criar esse bebezinho da melhor forma possível! — ela disse tentando conter o choro — Eu sei que não fui a melhor mãe do mundo, que poderia ter evitado sofrimento em sua vida, mas eu estou aqui pra tudo na sua vida, minha filha. Eu tenho muito orgulho da pessoa que você se tornou.

— Mãe, para! — limpo as lágrimas da mais velha — Você foi a melhor mãe do mundo, me ensinou as coisas mais valiosas do mundo, e eu ensinarei essas coisas pro meu filho, ele terá orgulho de ter uma vovó tão linda. — a abraço.

[...]

Todos já foram embora, e nós fomos de volta pro apartamento do piquerez, já que o jantar foi na casa dos seus pais.

Eu não consigo nem mensurar o tamanho da felicidade que estou no peito. A forma como todos reagiram, me deixou extremamente feliz, é muito bom saber que sou amada.

A sensação de que agora posso viver em paz e em família, algo que sempre quis durante toda a minha infância, eu quero agarrar essa oportunidade e nunca mais soltar.

— Nos somos extremamente amados. — joaquín se deita ao meu lado — E o nosso baby também será! — ele levanta meu pijama fazendo carinho em minha barriga — Precisamos pensar em nomes.

— Bom, eu pensei em Cássio Fagner de guedes — rio — Que tal?

— Não fode, garota! — ele ri — Pensei em João Antônio para menino e menina Maria Alice. Quero que seja nome composto! — ele faz biquinho

— João Antônio? A criança já vai nascer com 70 anos — dou risada — Não gostei de nenhum! Quero Cecília ou Caio, pequeno, simples e bonito.

— Eu gostei! — ele sorri — Posso te fazer um pedido muito especial? — ele levanta o corpo olhando nos meu olhos, e eu afirmo com a cabeça que sim — Vamos morar juntos? — ele sorri — Nós somos uma família agora e precisamos disso. Você aceita?

— Claro que sim! — sorrio — Pensei que esse pedido não chegaria — brinco

— Amanhã iremos atrás de mansões pelo os melhores bairros de Sp, quero te dar a melhor casa do mundo, pra você e o nosso filho ou filha. — ele diz animado — Quero uma casa grande, pra quando nosso pivete crescer ele correr pra todos os lugares.

— Pivete? Tá andando muito com o Scarpa. — rimos — Vamos ter tudo isso sim, meu bem!

𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒓𝒊𝒗𝒂𝒍 - 𝑱𝒐𝒂𝒒𝒖𝒊𝒏 𝑷𝒊𝒒𝒖𝒆𝒓𝒆𝒛Onde histórias criam vida. Descubra agora