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Allyssa Cupello
quinta-feira, 22h57

— Beijos, minha princesa! Até amanhã. — Joaquín me dá um selinho após parar o carro em frente de casa — Tchau minha cunhada favorita! — ele abraça a Liz

— Tchau cunhado! — a loira sorriu

Nós três fomos ao cinema, a Liz super da certo com o Piquerez, e ele parece uma criança da idade dela quando está com ele, é lindo de se ver.

Descemos do carro, e entramos em casa, onde escutamos alguns gritos. Lá estava, Olavo bêbado dizendo que ia dar uma surra em minha mãe.

A Liz automaticamente me abraçou, e se escondeu atrás de mim. Os olhos da loira estavam cheios de lágrimas ao ver aquela cena.

— Ah, as donzelas chegaram! — ele vira pra nós gritando

Era simplesmente a coisa mais esquisita que eu vejo na vida, a forma em que ele se transforma.

— Vai entrar na surra as duas junto com a vagabunda da Diana — ele grita e tenta puxar a Liz — Você nunca apanhou, tá precisando levar uma surra pra aprender a votar gente.

— Nela você não toca! — empurro ele e puxo ela — Deixa de ser babaca, porra. A menina é uma criança!

— Cala a sua boca, sua puta. Não vou admitir a Liz ser uma vagabunda igual a você. — sinto o meu rosto arder com o forte tapa que ele me deu

— Não faz isso com ela — a Liz grita no impulso

— Para amor, não se envolve. Tá tudo bem, ok? — digo tentando segurar as lágrimas na frente dela — Vai pro quarto e se tranca, logo eu resolvo aqui.

Eu só conseguia sentir ódio, dor, raiva.

— Volta aqui Liz, você está me escutando? — ele grita com a loira

— Deixa a porra da menina, você não está entendendo que ela é uma criança caralho? — grito

— Cala a boca Allyssa, eu não estou falando com você — ele me empurra me fazendo cair no chão

— Nunca mais encosta sua mão em mim, você tá me entendendo? — me levanto empurrando ele, eu estava cega de raiva, de tanto ódio.

— Parem os dois! — minha mãe tentava intervir, com os olhos cheios de lágrimas

— Você é o maior desgosto na minha vida, sua vagabunda! — ele grita apontando o dedo na minha cara — Eu tenho vergonha em dizer que você é a minha filha. Vagabunda, drogada.

— E você acha que eu tenho orgulho de dizer que você é meu pai? — debocho — Você é um lixo, alcoólatra, agressor, deveria estar preso! Seu merda. Eu te odeio, cê é um bosta.

— Cala a boca que eu sou seu pai, você me respeita!

Eu levei um soco no rosto tão forte que eu perdi todas as minhas forças e cai batendo a cabeça na mesa de vidro.

Só conseguia sentir dor, deitada sobre milhares de cacos de vidro, sentia meu rosto sangrar e escuto a minha mãe gritar com o Olavo.

𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒓𝒊𝒗𝒂𝒍 - 𝑱𝒐𝒂𝒒𝒖𝒊𝒏 𝑷𝒊𝒒𝒖𝒆𝒓𝒆𝒛Onde histórias criam vida. Descubra agora