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Allyssa Cupello
quarta-feira, 18h12

Mais um dia extremamente cansativo chegando ao fim, quem romantiza rotina de cansativa, é um filho da puta. Fico pensando, se eu que tenho diversos recursos pra ir e vir pra faculdade, passo perrengue, imagina quem ainda tem que pegar ônibus, acordar três horas antes pra tentar pegar um ônibus de manhã, sem recursos melhores pra estudar. Não posso nem reclamar, que mesmo sendo cansada, ainda tenho muitos privilégios.

Meu carro finalmente tinha chegado do concerto, então acabou a vida de pegar uber. Dirijo até a minha casa, paro e vejo que tem uma BMW branca parada em frente. Provavelmente seja algum amigo do Olavo.

Abro a porta e escuto vozes masculinas na cozinha junto com a minha mãe. Ao chegar vejo que é o Piquerez ao lado de Liz, minha mãe e o Olavo.

Não, não, não. Ele não fez isso!

— Que isso? — sorrio desconfortável, aquela cena estava sendo um pouco assustadora, se eu soubesse ficaria na faculdade até amanhecer.

— Surpresa! — piquerez sorri — Trouxe um presente pra você, sem intenções de ficar. Só que sua mãe insistiu muito pra poder te esperar. — ele continua sorridente.

— Ah sim! — sorrio — Presente? — pergunto

— Filha, não sabia que você estava namorando. Ainda mais um palmeirense — meu pai ri, falando sobre ele estar com o uniforme de treino do palmeiras, além de vir na minha casa, o filho da mãe é  de usar um uniforme do palmeiras.

— Ah, ele não é meu namorado, pai. — falo um pouco sem jeito, eu não tinha o costume de o chamá-lo de pai dentro de casa. E chamar fez o homem sorrir. — Ousado, né? Vir com essa camisa aqui. — brinco

— Desculpa! Só lembrei quando já estava na porta — ele sorri

Eu estava pálida. Não queria que eles soubessem que eu estava ficando com ele, e nem com ninguém. Minha mãe adoraria conhecê-lo de qualquer forma, já que ele é um anjo. Agora meu pai, não é boa ideia...

— Filha, colocamos o presente em sua cama! — meu pai dizia na maior calma do mundo. Nem parece o homem que eu conheço — Leva ele lá em cima. — ele sorri

Guio o moreno até o andar de cima, e ao chegar no meu quarto, vejo um buquê de flores de rosas vermelha, e uma cesta com um urso branco, e vários chocolates.

— Percebi que você ficou assustada ao meu ver, desculpe. — ele sorri desajeitado — não quis precipitar algo, queria só te entregar isso, e sua mãe insistiu muito pra eu te esperar. Queria só fazer seu dia melhor, que imagino que esteja cansativo. — ele beija a minha testa

— E fez, e muito! — sorrio — Eu adorei, não se preocupe com isso. Só assustei porque não esperava te encontrar na cozinha com meus pais e minha irmã — rio e dou um selinho no mesmo.

— Fico feliz que tenha gostado, minha princesa. — ele me abraça mais uma vez — Desculpa também por vir com meu uniforme de treino — ele ri — Tive exames hoje e sai mais tarde do Ct, e fui correndo comprar suas coisas e me esqueci.

— Tudo bem! Dessa vez eu perdoo. — sorrio. Cadê a minha pose de corinthiana mal?

Enquanto eu admirava a cesta, o moreno ficava me observando com um sorriso no rosto. Cada detalhe dele era lindo, e não sabia entender como ele conseguia fazer tudo aquilo por mim. Não entrava na minha cabeça!

A todo momento acho que ele vai me decepcionar, vai me dizer que sou péssima, que me odeia.

Não imaginava que ser rejeita pelo pai, atrapalharia meu desempenho romântico.

— Preciso te contar algo — ele quebra o silêncio Henrique me pediu pra eu conversar contigo pra ver se consigo convencer essa cabecinha dura, a voltar a terapia. — Ele também me pediu pra faae discretamente pra você não saber que ele me pediu, mas não vou mentir a você. Então você minta pra ele que não falei nada no nome dele — nos rimos

— Relaxa, não contarei. — sorrio

— E aí, vai voltar? — ele abre os braços com um sorriso, tentando me convencer.

— Não prometo nada, em! Mas tentarei. — digo e ele me abraça

— Um passo gigantesco já, princesa. Logo mais vai conseguir voltar normalmente, e superar tudo! — ele beija o topo da minha cabeça.

𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒓𝒊𝒗𝒂𝒍 - 𝑱𝒐𝒂𝒒𝒖𝒊𝒏 𝑷𝒊𝒒𝒖𝒆𝒓𝒆𝒛Onde histórias criam vida. Descubra agora