Between The Marrige And Love vol 2

Spidеr-boy, king of thieves

A mãe de Neil estava a caminho e ele estava me ajudando a colocar o sapato. Aquilo era humilhante e torturante. Neil me confessou essa manhã que a mãe dele não sabia do término do nosso relacionamento. Eu fiquei em choque com isso. Apesar de estar bravo com isso, eu fiquei de boa por um tempo. Ele propôs fingirmos que ainda nos amamos. Mas o engraçado é que eu ainda o amo, então meio que eu não estaria fingindo.

- Você está bem?- ele perguntou assim que eu coloquei o casaco

- Eu sempre amei a sua mãe- eu disse sorrindo

- Desculpa te fazer passar por isso, eu prometo que conto para ela depois jantar- ele disse

- Tudo bem- eu toquei seu ombro

Neil estava do meu lado enquanto eu tentava descer as escadas com as muletas, o que era muito trabalhoso. Mas ele estava ali, dizendo coisas sem sentido para que eu me sentisse mais seguro. Por um segundo eu quase me distrai, mas me manti firme. Eu meio que estava aprendendo a usar essa coisa. Depois de uma semana usando você se acostuma. Não que eu goste, mas como subo e desço essa escada sempre, meio que acostumei. Neil sempre me ajuda e eu adoro isso. Porque sempre achei que Seriamos um daqueles tipos de ex-casais que se odeiam e que não aguenta nem ver a cara um do outro, mas não. Estávamos do mesmo lado naquela história, e não precisávamos disso.

Quando chegamos ao último degrau ele sorriu e disse que eu era um vencedor. Eu achei engraçado.

Neil já tinha preparado tudo para receber a mãe. Eu adorava ela, nunca adorei alguém tanto quanto eu adoro ela. Ela elogiava cada parte daquela casa, como se fosse dela. Sempre queria o melhor para nós e ela diz que a nossa casa é a segunda casa dela.

Ouvimos a campainha e eu me ajustei com a muleta antes de andar até a porta com Neil. Ele segurou uma das minhas mãos e eu segui apenas com uma muleta. Aquilo era difícil, mas encarava como desafiador.

Neil abriu a porta. E encontramos uma Grace sorridente, com uma sacola na mão. Seus cabelos pareciam mais castanhos do que quando a vi da última vez. Seu sorriso também parecia maior. Ela usava uma roupa florida, ela adorava coisas com flores e cores. Isso se tornou um assunto de quase uma hora com a minha mãe. O que foi estranho porque eu não acreditava que fosse ser tão certo um encontro entre as duas. A mãe de Neil é uma mulher de opiniões fortes, e minha mãe já prefere não expressar a dela e pensei que isso seria uma barreira entre as duas.

- Meus bebês- ela se aproximou e nos envolveu em um abraço gigante e aconchegante

- Como está Grace?- perguntei

- Estou bem, mas e você querido? O que são essas coisas?- seus olhos se tornaram mais brilhantes

- Foi só um acidente, está tudo bem- a reconfortei

- Espero que sim- sorriu- Oi meu amor- ela segurou o rosto de Neil com as suas mãos

- Oi mãe- ele fingiu antipatia, mas logo sorriu

- Eu estava com tantas saudades de vocês- ela adentrou a casa e suspirou- Isso sim é lar

Neil soltou minha mão de leve para levar a mãe até a mesa e ela brincou dizendo que não estava tão velha assim. Ele disse o contrário e ela riu.

- Não precisa disso tudo- ela sorriu ao olhar a mesa. Ela sempre sorria. Eu não a imaginaria com outra expressão.

- Que isso. Não é sempre que temos uma rainha em nossa aldeia- eu brinquei me aproximando dela devagar

- Neil tem muita sorte porque se você me trata como trata ele, ele está no paraíso- brincou

- Mãe- as bochechas dele ficaram vermelhas. O que era perfeito, porque ele combinava com vermelho