Capítulo 14

136 26 10
                                    

-Porque não Saímos pela saída de emergência?  -pergunta Jhulio.

-Porque a Central não pode sequer saber, e  lá tem câmeras. E se a Central sabe, os Caçadores também sabem. -responde Michael.

-Como ? Porque ? -ele pergunta.

-Foi o que aconteceu com Richard Wilson,  ele se opôs ao regime e juntamente com George saíram e o único que conseguiu sobreviver foi George. A Central passou todas as informações aos Caçadores, e Richard morreu. -explico. -Um dos homens mais velhos de toda a Preparação morreu. -digo tristemente.

-Eles foram longe de mais ! -Jhulio exclama.

-Nós  também iremos. -falo. Ele acena.

-Vamos logo. -Michael chama olhando as horas em seu celular.

-Ok. -falo.

**
NÓS TRÊS fomos até o parapeito do quarto e estudamos uma maneira de pular. Infelizmente este dormitório está em um dos andares mais altos de todo o edifício. Michael se prontificou a pular primeiro. Me entregou a sua bolsa, para que descesse com mais facilidade. Ele pulou três janelas, até dá o último salto que continuava sendo muito alto.
Mick fez isso com muito cuidado, mas perfeito. Como alguém pode parecer tão atraente fazendo coisas perigosas? Ele é.

Joguei a bolsa á baixo e ele a pegou sem deixá - la cair.

-Malazar pode ir agora. -digo fazendo gesto de espaço com a mão.

-Pode ir você. -ele disse franzindo o cenho.

-Eu ainda sinto dores, vou demorar um pouco para descer. -digo.

-Tudo bem. -ele responde. -Mas tínhamos que escolher a janela mais alta para pular ?! -ele pergunta fazendo drama.

-Foi mal. -respondo com um sorriso tímido.

Jhulio desce 5 janelas com cuidado e devagar. Ele parece pesado fazendo isso, mas não,  ele só está tenso.
Ele dá o último salto e cai agarrando a grama com as duas mãos, mesmo com a pouca iluminação consigo ver isso.
Quando ele se levanta, jogo sua bolsa e ele a pega se sentando perto de Michael no chão.
Mas não fiquemos muito animados, não é tão perto.

Agora é minha vez de pular. Óh my God a minha perna e os outros ferimentos doem para essas doideiras. Toda vez que faço alguma coisa, percebo o quanto levei porrada.

Coloco minha mochila nas costas, o que tem aqui dentro, não pode ser perdido, cadernos surrupiados, armas, dinheiro, frascos para coletas de exames...
Gosto de escaladas, mas hoje não tá legal para isso, sinceramente. Me agacho no parapeito da janela e a seguro, enquanto desço uma perna para a janela de baixo, estico meu braço para manter o equilíbrio e sinto uma pontada de dor, mas respiro fundo e continuo: estico o braço, primeiro uma perna depois a outra. E vou repetindo até faltar duas janelas ao chão e então eu pulo.

-Mas que caramba ! -exclamo no chão.

-Você está bem ? -pergunta Jhulio me tirando do chão.

-Não, não estou. -respondo frustrada.

-Deixe-me ver seus ferimentos. -diz Michael.

-Depois, aqui não. -respondo
Sabe, eu gosto de Michael, mas ainda não consigo encará-lo, pra mim  ainda é difícil. E eu sinto que ele se aproxima de mim, isso me deixa vulnerável.

Seguimos para a lateral do edifício procurando um jeito de sair. Nunca precisamos sair ás escondidas, bom, não podiam sair quando queriamos mas isso era quando éramos treinados.

OS PROTETORES (revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora