Capítulo 2

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De novo acordei deitada, mas não no chão, e sim na minha cama. Pelo que estou vendo, me trataram, e me deixaram aqui, Michael Lucius sabe o que penso sobre hospitais.

-Michael... -sussurro.

Me sentei e reparei como as coisas pareciam mais geladas que o normal, acho que apanhei feio, ri disso.

Sair do meu quarto a procura de meus tênis, e meu casaco, minha blusa estava mais rasgada do que inteira, eu ainda usava um jeans claro com rasgado na perna, e minha blusa preta de alças, mas estava descalça.

-Droga! -disse.

Quando viro o corredor, me deparo com Jhulio Malazar, meu rígido instrutor, que é apaixonado por mim.

-Rachel, você está bem ? -ele perguntou com tom de preocupação.

-Sim, estou bem melhor, obrigada por perguntar Protetor Malazar. -agradeço.

-Por favor Rachel, já lhe disse, me chame de Jhulio. -me diz.

- Malazar, quero dizer, Jhulio, é uma questão de que todos lhe chamam de Protetor Malazar, eu só acho...

-Mas você não é como os outros. - disse relutantemente. -O que foi isso no seu ombro? -pergunta deslizando seus dedos do meu pescoço ao meu ombro direito.

-Ah, isso? -pergunto olhando para o ferimento. -Noite difícil... -digo lembrando do que aconteceu.

-Sinto muito pelo que aconteceu... -Disse Jhulio tirando seu casaco e colocando em mim. -Principalmente por Henrie. -toca meu rosto.

-Como assim, o que aconteceu com Henrie?! -Pergunto balbuciando.

-Óh Rachel, pensei que soubesse. Eu preciso que você se acalme, e vamos conversar...
-O que aconteceu com Henrie?! -exijo. -Me diga Malazar! Me diga ! -sacudo seus ombros.
-Ele foi levado, por um Caçador. -responde.
-Ele morreu... -respondo.
Porque quando um de nós somos levados, somos mortos, simples e difícil ao mesmo tempo assim.
-Óh, ele morreu! -choro. -Jhulio, morreu por minha causa, eu era a sua Protetora! - grito em desespero, com lágrimas, com dor, com uma culpa.

Jhulio Malazar; um rígido instrutor, bonito, cabelos claros, olhos castanhos, pele clara, olhar sedutor e duro ao mesmo tempo, mãos firmes, corpo atlético, alto e bem vestido. Me abraçou.

-Por favor acalme-se, você fez o que podia. -fala.
-Como posso fingir, que nada aconteceu?! -Afasto dele.
-Rachel se comporte como uma Protetora! -me repreende.
-Que se dane! Henrie morreu. Eu estava la! Eu! -seguro seu braço. -Eu, quem deveria ter o protegido! -Lágrimas e lágrimas desciam sobre meu rosto.

-Não há nada que podemos fazer. -ele disse.
-Mas o que eu poderia ter feito?! -Perguntei, sem raciocinar com clareza o que eu mesma poderia ter feito no meio de um ataque, em um parque arborizado isolado da cidade.
-Mas o que você poderá fazer pelos seus quatro Protegidos? -Jhulio Malazar me pergunta, sinto um tom de confusão em sua cabeça, como há na minha.
-Eu não sei... Protegê-los e protegê-los. -Disse secando as lágrimas com seu casaco. -Jhulio, eu vou para meu quarto agora.
- Eu vou com você, se você quiser. -oferece.
-Não será necessário, obrigada. -respondo com frieza, que mal consegui reconhecer em mim. E saí sem olhar para trás.

Andei até meu quarto sem saber o que  doía mais, a minha perda, ou o meu corpo.
Chegando lá abrir a porta, tirei o casaco de Malazar, e deitei na minha cama, adormecendo instantaneamente.

Sonho com o que aconteceu.

-Estrela! Não se afaste muito. -disse eu gritando e rindo a minha protegida de sangue mágico.
-Sim Protetora Rachel, como a senhora quiser! -responde com ironia.
-Me chame de Rachel, está bem? Sabe que não gosto de títulos.-falo com uma carranca.

OS PROTETORES (revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora