Ashwinder egg

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Heyo, a segunda parte demorou mais veio. Infelizmente não prometo uma atualização rápida. Ninguém tem bons dias sempre e tenho passado por muitas mudanças ultimamente s isso sobrecarrega muito. Não é algo que tenha mo controle e espero que entendam. Contudo, espero que ainda tenham alguém lendo e que continuem a ler. Boa leitura :)

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– "Entre acordos e poções..." — Uma risada nasal foi desferida pela mais nova. — Você é tão previsível... Christopher.

Sana virou-se e observou aquele que sempre chamara de irmão, apontando a varinha em sua direção com um olhar vingativo e perdido. O garoto segurava o objeto fortemente como se a qualquer momento o mesmo pudesse cair de sua mão, algo possível devido ao suor excessivo que enfeitava suas digitais.

– Quanto tempo, irmãzinha. — O apelido foi pronunciado de maneira ríspida. — Senti sua falta, sabia?

O sonserino tentava soar ameaçador, passando a madeira envelhecida pelo pescoço pálido de sua irmã, relembrando os movimentos necessários para lançar o feitiço cruciatus de maneira efetiva. Já a mais nova conseguia sentir o efeito da poção deixando seu corpo, mas aquilo não a assustava, ela sabia que não enganaria o comensal por muito tempo. Afinal, não seria a primeira vez que seria torturada por ele.

– Como está essa cabecinha, hm? — Indagou, levando a varinha entre os cabelos ruivos. — Seus demônios ainda estão aí dentro? Consegue ouvi-los, Sana? Consegue senti-los?

Chan sussurrou próximo ao ouvido da mulher, para que as frases a penetrassem ainda mais, ele sabia o quanto aquilo a afetava. A face neutra da ruiva ia contra o conflito interno que seu eu criava na tentativa de corroer a própria alma. A convivência na mansão Minatozaki sempre foi uma tortura para a caçula, uma constante guerra de vozes em sua cabeça. Quem seria a mais alta? Quem a machucaria mais? Quem faria as primeiras lágrimas descerem no rosto angelical?

Quem a faria gritar por alívio?

Quando Sana aceitou ir atrás de seu irmão sabia que o mesmo brincaria com sua instabilidade, como nos velhos tempos. Christopher não tinha medo das consequências, era impulsivo e sem qualquer noção de perigo ou limites, por isso estavam presos aquele voto.

– O que você quer, Christopher?

– Oh, alguém está apressadinha. — Disse o homem enquanto exibia seu sorriso amedrontador. — Estou aqui para honrar o nome que você não merece ter.

Sana conseguiu notar a maneira que o homem segurou sua varinha, e os primeiros movimentos, pelo reflexo na vidraça a sua frente, feitiço detonador. A Minatozaki rapidamente aparatou para fora do prédio antes que fosse possível o feitiço Confringo lhe atingir, mas isso não impediu que as grandes explosões prateadas destruíssem a pequena loja.

Em questão de segundos Chan apareceu em sua frente, com uma cara nada boa por ter errado sua pontaria, e sem qualquer pudor passou a desferir diversos ataques contra sua irmã, que defendia cada um deles com maestria. Sana era uma exemplar duelista, principalmente nos feitiços defensivos e o sonserino sabia disso, porém a raiva guiava suas ações impulsivas.

– Você suja o nome dessa família, Sana, não o merece. — O mais velho gritava, chicoteando o próprio braço enquanto o lampejo policromático em sua varinha mostrava a diversidade de feitiços que o mesmo conhecia. — Nunca respeitou as regras daquela casa, nunca ajudou a Ele, nunca honrou a marca em seu braço!

A ruiva sentia seu coração apertar com as palavras do irmão, eram exatamente as mesmas que seu pai sempre dizia quando criança, as mesmas que gritavam em sua mente todas as noites. Conseguia ouvir seus demônios a chamando em seu subconsciente, a tortura havia começado. Não só mental, como fisicamente, repelir tantos ataques exigia tanto técnica quanto força e o braço da Sonserina já doía pelas defesas que fazia, ela precisava de uma distração.

Dangerously • SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora