Dangerously • SaiDa

Homonculous charm

Olá, de volta aqui pra mais um capítulo.
Gostaria de pontuar que já não sei se essa fic será short, porém também não quero nada longo. Estou escrevendo no meu conforto e quando eu acho que a cena deve ser feita.
Mas acima de tudo quero que se apaixonem pelo mundo de Harry Potter comigo, então posso demorar, mas é pq quero trazer algo que eu goste e que vão gostar tbm.

Espero que entendam e continuem empolgados com a história.

Boa leitura :)

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• Janeiro, 2001 ~ Hogsmade •

O cheiro de caramelo e gengibre corria pelo local amadeirado, trazendo sorrisos e gargalhadas para os poucos bruxos que ali estavam. A Sonserina sentou-se em uma mesa afastada, ignorando os olhares pesados que caiam sobre si. A mesma só queria um tempo para pensar em como daria sua primeira aula como professora na manhã seguinte.

Pequenas memórias do discurso de Dumbledore vinham em sua mente. As palavras daquele bruxo sempre pareciam direcionadas a si, sábias e rápida. Sentia falta das frases tão bem construídas que mantinham o coração Sonserina vivo anos atrás.

Antes de tudo.

Um leve sorriso fez-se presente no rosto ruivo, a lembrança do chapéu seletor gritando o nome que todos esperavam.

"– Hm, Minatozaki... — Murmurou. — Vejo bem... Isso... Sim... — A pequena segurava as próprias mãos, ela sabia que estava destinada às masmorras, mas no fundo existia um lugar florido e ensolarado a sua espera. — Sabe que não precisa temer os bruxos que irão te receber, assim como jamais deverá esquecer este calor tão longínquo. — A pequena não via, mas o diretor tomou aquele pequeno texto para si, assim como a garotinha nervosa e ansiosa pela resposta. — Sonserina! — Gritou o Chapéu Seletor."

Sana deixou o semblante sereno esvair-se ao lembrar dos olhares que recebera naquela primeira noite. O medo, o desgosto, o ódio que as outras cores de Hogwarts tiveram de si. Apenas aquelas que a mesma trajava trouxeram-lhe orgulho e respeito. Apesar do amor que carregava pela sua casa, conhecia também a visão que todos tinham da mesma.

Toda a crueldade construída nas masmorras deve-se ao seu fundador Salazar Slytherin, um ofidioglota, credor de que apenas aqueles de sangue puro deveriam ter acesso a magia, junto as artes das trevas, e que aqueles que não a possuíam ou fossem "sangues-ruins" não deviam ser admitidos em Hogwarts.

– O que faz aqui, Minatozaki? — As palavras secas atingiram os ouvidos perdidos em pensamentos, da mesma maneira que o objeto de 23cm pressionou seu ponto de pulso.

– Não tem muito o que se fazer nesse bar, não é? — Retrucou, sem se preocupar com os feitiços que poderiam ser lançados da varinha de corniso.

– Saia do meu bar, Minatozaki! — A mais nova esbravejou, chamando certos olhares em sua direção, enquanto apertava a varinha um pouco mais contra o pescoço da Sonserina.

– Fico muito feliz em saber que comprou esse lugar, você adorava vir aqui quando ainda estudávamos em Hogwarts. — A ruiva levantou-se calmamente, e virou-se observando a grifana, sabia que ela não sujaria sua varinha com alguma maldição imperdoável. — Escuta, eu não quero problemas, Chaeyoung.

– Devia ter pensado nisso antes de se juntar a ele. — O ódio em sua fala, e a expressão irritada em sua face, gritavam o rancor que a mesma havia guardado em si. — Você não devia estar andando por aí como se nada tivesse acontecido! Você é desprezível, Sana, e eu espero que fique bem longe da Dahyun, ouviu?! — O nome sentiu-se como uma navalha no peito da mais velha, pensá-lo doía, porém trazia conforto e esperança ao rubro âmago sonserino e por isso a mesma evitava-o.