capítulo treze

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Eu não sei explicar direito o que eu sinto quando estou com a Annelise, mas sei que é algo muito bom. Acabamos nos aproximando tão naturalmente com essa história da Jade e do Vini, que mesmo com nossas rotinas corridas e bagunçadas — no meu caso —, sempre tínhamos tempo para conversar.

Desperto dos meus pensamentos, ouvindo meu telefone tocar. Merda, eu estava atrasado.

Qual foi, Thurzin? Vai desprezar meu humilde convite feito com tanto carinho? — Coringa fala, do outro lado da linha. — Tá uns 30 minutos atrasado.

Para contextualizar, ele tinha marcado um churrasco com a galera da Loud e alguns outros amigos na casa dele e, obviamente, estava aproveitando essa oportunidade para fazer drama.

— Foi mal, cara. Já já apareço por aí, dormi muito. — apoio meu celular entre meu ombro e minha orelha, enquanto calço meu sapato. — A mãe do Vini vai levar a gente.

E é a bela adormecida, é? — escuto a voz de Jon através da ligação, juntamente com a risada do Lzinn.

— Vocês são chatos demais, Ave Maria. Tchau. — desligo a ligação e abro o chat do Vinícius. Ele tinha avisado que estava chegando, então prontamente desço as escadas.

Depois da ligação, não demoramos mais que vinte minutos para chegar na casa do Victor.

Annelise estava sentada em uma mesa típica de beira de piscina, com guarda-sol e sorria empolgada em uma conversa com Jade.

Não conversamos desde que nos despedimos ontem, após o cinema.

Avisto meus amigos e vou cumprimentar todos, um por um. O Bak foi o último e ele estava ao lado da ruiva aniversariante naquele dia da festa. É, talvez agora faça sentido o segurança ter aceitado tantos convidados do Senhor Lessa.

Quando olho para a mesinha novamente, Lis não estava mais lá, assim como a Jade. Vou em direção à mesa e me sento, esperando que ela apareça novamente.

Dois copos de plástico com Coca-cola são colocados na mesa, e eu me viro para ver quem colocou.

— Pra você. — Annelise sorri fraco, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. Sorrio para ela e ela se senta. — Obrigada por ontem, de verdade. Não queria ter te atrapalhado.

— Relaxa, Lis. Tudo certo, no papo reto mesmo. — mexo em meu cabelo, rindo de canto para demonstrar que realmente estava tudo bem — Só me arrependo de não ter tirado foto da sua cara com aquele susto perto do final do filme.

— E eu, de não ter tirado foto de você parecendo um tomate. — sinto que estou virando um tomate novamente. Annelise realmente não media esforços para causar isso em mim, e era patético.

Graças ao bom Deus, não tenho que responder a essa provocação, pois o Victor surge para conversar com a gente.

— E aí, crianças? — se senta na cadeira que estava desocupada. — Nossa, mano, me sinto muito velho toda vez que fico perto da Lis. Eu vi essa menina nascer. — põe a mão no coração.

— Você adorava me irritar em qualquer oportunidade quando eu era criança. Sério, eu ficava muito brava. — Coringa sorri, encarando a mesa, provavelmente se recordando da memória. — Sabia que uma vez ele cortou o cabelo de uma Barbie minha? — olha nos meus olhos.

Sorrio, negando com a cabeça para o meu amigo enquanto dou um gole na minha Coca-cola.

— Acho que foi pra implantar na parte que falta, tenta entender também, Lis. — zoo a calvície do mais velho, o que o leva a olhar para mim com indignação. Annelise apenas ria da situação.

— Já vi que perdi todo o respeito que eu tinha, mesmo. — cruza os braços e eu sorrio. Lzinn vem em nossa direção, com um sorriso gigante, e eu me preparo para a perturbação.

— Fala, família — ele se senta ao lado de Coringa, e passa os braços ao redor do ombro do moreno, arregalando os olhos em seguida. — Nossa! Essa mesa tá real em família! — fecho os olhos, negando com a cabeça. Não é possível.

— Que história é essa, Lzinn? — Coringa pergunta, ainda de braços cruzados.

— Ah — a expressão do loiro cearense muda de súbito. — To falando porque eu te considero meu irmão, sabe? E o Thur é quase meu filho, tá ligado? — seguro minha risada, e olho para Annelise, que se encontra na mesma situação que eu.

— Entendi, mano — Coringa assente, e depois se levanta sorrindo, dando dois tapinhas no ombro do Lzinn. — Se divirtam ai, vou ver como ta o resto do pessoal — todo mundo faz um joia para ele, e o moreno sai de perto.

— Puta que pariu, achei que eu fosse morrer agora — Lzinn coloca a mão no coração, respirando fundo em seguida.

— Fica falando mais do que a boca — repreendo ele, batendo em seu braço.

— Fi, como que eu ia saber que ele não gosta nem de brincar com esse assunto? — ele estala a língua.

— É tudo teatrinho do Victor — Lis diz, atraindo nossa atenção. — Ele nem liga, inclusive zoa com isso também — ela dá de ombros, bebendo de sua coca.

— Bom saber — Lzinn balança a cabeça, parecendo achar a informação muito interessante. Nego com a cabeça, rindo fraco.

Olho o ambiente, avistando Vinícius e Jade em uma conversa empolgada.

Ata, entendi porque os dois tinham sumido.

Indico com a cabeça para que Annelise também possa visualizá-los. Pelo visto, os dois percebem nosso olhar e se direcionam até a gente.

— E esses dois? — Lzinn pergunta, baixinho.

— Me lembra de te contar tudo depois — Lis responde no mesmo tom, piscando para o cearense, que balança a cabeça antes de se levantar.

— Fala tu, Vinizin — Vini cumprimenta Lzinn com um aperto de mão. — Vou indo, crianças. Mais tarde eu volto — todo mundo acena para ele, e o loiro vai em direção a cozinha da casa.

Jade vem me cumprimentar e se senta ao lado de Annelise, com Vini do seu outro lado.

— Como foi o filme ontem? — Lis pergunta, e Vini coça a nuca.

— Foi bem interessante, gostei da protagonista, a... Como era o nome dela? — ele olha para a Jade, que nega com a cabeça.

Olho para o lado e percebo que os olhos esverdeados da Annelise me encaravam. Quando direciono meu olhar para ela de volta, nós gargalhamos da situação.

— A cerveja chegou, tropa! — Bak anuncia com um tom empolgado, levantando seu copo. Em seguida, ele faz uma batida de quadris com o Coringa e os dois riem.

Vinícius observa a cena, parecendo interessado.

— Nem olha, viado. Não quero ficar sendo babá de bêbado de novo. — repreendo o meu amigo, que me dá dedo.

Não demorou muito para que ele se levantasse para checar a movimentação depois da chegada das bebidas.

Já vi que vou ter que aturar delírio de bêbado de novo.

Maktub | Arthur Fernandes Onde histórias criam vida. Descubra agora