capítulo vinte e um

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Com o tempo que passou, não sei se questiono se a fome vai me matar ou se eu vou matar o Arthur.

Na verdade, acho que a dor no meu estômago não é de fome, mas me recuso a acreditar que estou nervosa imaginando o momento em que ele vai passar por essa porta.

— Olha os dois ali — Jade aponta com a cabeça e eu os vejo através da porta de vidro. Não demora um milésimo segundo para que a minha amiga se levante da cadeira para falar com o Vini e abraçá-lo.

Com isso, me aproximo do Arthur com um sorriso no rosto. 

— Achei que você não fosse chegar nunca. — reclamo, recebendo um sorriso dele e seus braços me convidando para um abraço.

Retribuo, sentindo seu cheiro.

— Desculpa pelo atraso. — se separa do abraço, coçando sua nuca. Nego com a cabeça, com um sorriso sem mostrar os dentes.

Olho para o lado e a Jade e o Vini estão nos encarando, de braços cruzados.

— Perderam alguma coisa aqui, fi? — Arthur pergunta e eu reprimo minha risada. Os dois reviram os olhos, indo em direção à mesa.

Viramos para caminhar até lá também e, com nossos amigos virados de costa, sua mão gelada encosta na minha cintura na parte que a minha blusa não cobre. Talvez o sorriso que essa ação me causou seja um assunto a se refletir futuramente.

É agora que a Jade não vai me deixar em paz de vez.

Me sento de frente para Jade, com Arthur ao meu lado, de frente para o Vini. Começamos a conversar animadamente sobre o primeiro dia de aula dos meninos enquanto esperávamos pelo garçom.

— Vocês já decidiram o que vão comer? — Vini pergunta, com o braço ao redor da cadeira da Jade, acariciando o braço dela.

— Eu e Lis pedimos uma salada e uma porção de batata, mas ela só quer a salada, então dá para nós três — minha amiga responde por mim.

— É, dependendo da minha fome depois eu pego mais alguma coisa, mas só essa salada já ta bom pra mim — dou de ombros.

— Certeza? — o garoto ao meu lado questiona, como se quisesse se assegurar da minha decisão. Assinto, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e ele pega seu celular para escanear o cardápio.

Aproveito esse momento para encostar minha cabeça em seu ombro — uma mania que eu já estava quase adquirindo — e observar as opções com ele.

— To cheio de fome, vou amassar esse daqui de carne de sol acebolada. — aponta e eu concordo, rindo. A gente é, literalmente, o oposto.

— Tá certo, morto de fome. — repito a provocação que ele fez hoje mais cedo com a Jade, levantando meu rosto para olhá-lo.

Quando ele direciona seu olhar ao meu, minhas bochechas coram por causa da proximidade dos nossos rostos e eu me afasto.

Maktub | Arthur Fernandes Onde histórias criam vida. Descubra agora