— Kagome?! Kagome!!! Fale comigo! — Inuyasha suplicou, agindo automaticamente para sustentar o corpo da mulher e evitar que atingisse o chão, quando ela começou a convulsionar.De alguma forma, eles haviam chegado ao hospital. Ele estava prestes a tirar a sacerdotisa do carro, quando os olhos dela reviraram e seu corpo começou a tremer violentamente. Apavorado, ele a segurou e ajoelhou-se, de modo a estender suas pernas no chão, enquanto permanecia sustentando seu torso.
Os olhos castanhos, em geral tão expressivos, continuavam revirados, apesar de seu chamado.
Os membros seguiam em espasmos contínuos.
A boca escorria saliva.
Antes que ele processasse adequadamente a situação, uma equipe médica os cercou, alguns gritando ordens, alguns obedecendo, até que começaram a afastá-la dele.
Inuyasha imediatamente viu vermelho.
Era a mulher que amava que estava ali.
A mulher que carregava seu filhote.
E agora tentavam levá-la embora?
Ele não poderia permitir. Ele tinha que protegê-los. Mantê-los seguros.
Os impulsos de seus instintos nesse sentido era tudo em sua mente, de modo que ele não percebeu suas presas e garras alongando, ou o rosnado ameaçador que deixava sua garganta. Os olhos mudando para carmim e ciano, não veria mesmo que quisesse.
Ele começou a correr e sentiu que estava prestes a retalhar qualquer obstáculo entre ele e sua companheira, quando uma força tremenda o manteve no lugar.
— Fica calmo, vira-lata! — uma voz alarmada gritou, ao lado de sua cabeça.
Mas InuYasha apenas seguiu, rosnando, grunhindo e debatendo-se.
— Seu idiota, eles vão chamar a polícia!!! — a mesma voz tornou a berrar em seu ouvido, afetada pelo que parecia o esforço de contê-lo. — Você não vai ser sua companheira tão cedo se a polícia te levar! Aquieta esse seu rabo, já!!! — insistiu.
Embora fosse improvável, as palavras abriram a mente de InuYasha o suficiente para que ele registrasse a equipe médica levando Kagome. Um resmungo lamurioso deixou sua garganta, muito próximo ao que exprimiria um cão ferido.
Enquanto seus instintos berravam para que ele a seguisse, seu lado humano se sobrepôs pela primeira vez, fazendo com que o yokai se acalmasse. Ele só poderia supor que era por ter deduzido que, continuar causando confusão, não ajudaria Kagome. Ela precisava de todas as atenções nela, naquele instante. E ele precisava permanecer por perto.
O ambiente ao seu redor voltou a ganhar forma, e ele deixou de ver apenas o perigo que envolvia Kagome, para enxergar as pessoas assustadas que o encaravam, na recepção do hospital.
— Está tudo bem, ele apenas está desesperado por causa da esposa grávida — a mesma voz de antes justificou, e o hanyou finalmente teve controle o suficiente para virar a cabeça para a direção que ela vinha, deparando-se com Koga. — Vamos sair daqui — o demônio lobo disse em seguida, agarrando-o pelo cotovelo e puxando-o por corredores até que Inuyasha se visse em uma sala com sofás e mesas com diversas revistas.
— Que lugar é esse? — indagou, o fato de Koga, de todas as pessoas, estar ali e tê-lo ajudado, não sendo importante o suficiente para ser abordado de imediato.
— A sala de espera do setor de emergência da maternidade, se as placas indicativas estiverem corretas. Imagino que a sua companheira esteja em algum lugar por aqui — explicou, empurrando-o para que se sentasse em um dos sofás.
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Sentimentos são para Construir
FanfictionTudo o que Inuyasha Takahashi queria, era construir um refúgio para si mesmo, onde poderia viver em paz, longe de todos e, principalmente, do ostracismo que teve que tolerar em razão de seu status de hanyou, do qual nem a condição de arquiteto renom...