capítulo 33

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Pov's Murilo.

Murilo: é.
-eu me sentei ao lado dela e ela ficou paralisada e de repente pulou do sofá-
Marília: A BEL COM CANCÊR??? para de graça Murilo, Bel tem a saúde perfeita.

-ela andou de um lado para o outro-

Marília: ela não tem como ter isso, já buscou segunda opinião? Deve ser anemia forte, ela não come tanto ferro assim.
Murilo: eu queria tanto, mas tanto que você tivesse razão.

-eu sorri e meus olhos se encheram de lágrimas devagar e eu mordi o lábio encarando ela e a lágrima desceu-

Murilo: mas infelizmente, ela foi avaliada por quatro médicos e o diagnóstico está presente, minha filha tem câncer, começou a quimioterapia hoje e ela corre sérios riscos de vida.
Marília: eu... -ela sorriu e seu nariz foi ficando vermelho-
Marília: ela,Murilo, poxa vida.

-eu abrir os braços e ela me abraçou forte, tão forte que eu jurei nunca mais sair dali,em questão de segundos eu achei novamente meu chão, uma base onde eu gostaria de estar todos os dias .-

Marília: eu sinto muito.
Murilo : essa com certeza é a maior dor que eu já sentir na vida.
Marília: eu sei que é, com certeza é. -ela baixou no chão abraçada com as minhas pernas e me encarou .
Marília: como ela tá agora?
Murilo: ela fez a primeira quimioterapia, os cabelinhos vão começar a cair, e eu não tô preparado pra dizer isso a ela.
Marília: você já conversou com a Bruna? Para bolarem um jeito de contar pra Bel?
Murilo: Marília, a Bruna foi embora.
Marília: o que? Porque?
Murilo: porquê ela disse que não está preparada psicologicamente para cuidar da Bel, e foi embora simplesmente assim.
Marília: Meu Deus, que filha da puta. -eu assenti e passei a mão em seu braço-
Murilo: por isso eu estava tão nervoso de manhã, novamente estou em um barco afundando e dessa vez não é só uma rotina de pai, é uma rotina de um pai com uma filha doente.
Marília: eu, posso te ajudar?
Murilo: pode, eu só preciso que fique perto, não se afaste de novo.

-ela assentiu e me abraçou novamente triste, quando aos poucos a gente se acalmou, sentamos no sofá para comer os lanches e ela levantou correndo, eu não entendi muita coisa mas voltou depois de uns quinze minutos.

Murilo: o que foi?
Marília: Nada. -ela estava gelada-
Marília: essa história da Bel me deixou um pouco mal.
-ela sorriu sem graça- meu estômago virou,sério.
Murilo: tudo bem, a Bel perguntou de você hoje.
Marília: perguntou? -ela sorriu me encarando-
Marília: o que ela disse?
Murilo: que sente falta da escolinha, principalmente de você.
Marília: eu sinto a falta dela também.
Murilo: se você quiser ir amanhã visita-lá.
Marília: eu posso? -ela sorriu perguntando e eu assenti cansado. -eu vou então.
Marília: como você está fazendo com ela? E seu trabalho?
Murilo: Minha mãe dorme com ela, Luana vai de manhã enquanto eu trabalho e eu a tarde .
Marília: se precisar de qualquer coisa pode me pedir.
Murilo: obrigado,eu acho que já vou, sabe? Eu tô muito cansado.
Marília : não é melhor você fixar? -ela disse olhando o celular-
Marília: é quase meia noite, você pode dormir no volante de tão cansado ,ser assaltado enfim, eu faço a cama aqui pra você.
Murilo: tem certeza?
Marília: tenho sim.
Murilo: eu só queria conseguir dormir em paz, não consigo desde a notícia.
Marília: eu imagino, eu posso fazer um chá pra você?
Murilo: chá?
Marília: é, de camomila,ajuda a dormir, eu sempre tomo quando estou mal.
Murilo: se você acha que pode me ajudar, eu aceito.
Marília: vou preparar, vou pegar a toalha pra você tomar banho. -ela levantou indo até o banheiro e voltou com toalha, sabonete e uma muda de roupas-
Murilo: não que seja da minha conta mas por que você tem um pijama masculino em casa?
Marília: na verdade é meu. -ela deu risada- gosto de usar shorts enorme quando estou naqueles dias.
Murilo: Meu Deus, eu me esqueci disso.
Marília: é, eu sou meio estranha.
Murilo: onde é o banheiro mesmo?
Marília: pode ir ali no banheiro do meu quarto. -ela me levou até lá e abriu o chuveiro pra mim- prontinho.

-eu suspirei e sorri de leve pra ela, a mesma saiu dali e eu fechei a porta, deixei a água cair sobre minha cabeça que estava vivendo um turbilhão de coisas ao mesmo tempo, eu só conseguia pensar na Bel e no que poderia acontecer com ela daqui para frente. Saí do banheiro e quando abrir a porta ela estava sentada na cama com as pernas de índio e lendo-

Marília: conseguiu relaxar?
Murilo: até que sim
Marília: seu chá. -ela apontou para a mesa que ficava no quarto e eu peguei a xícara indo até a cama e sentando com ela .
Marília: não tá tão doce, porque se não corta o efeito.
Murilo: eu fico com medo do telefone tocar no meio da noite.....





Bom diaa🥰




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