capítulo 71

223 19 4
                                    


Horas antes ●

Pov's Marília.

Depois que Murilo foi embora do hospital eu estava me sentindo super sozinha, um mal estar bravo passava
dentro de mim a cada segundo que eu lembrava das mãos pegajosas de lgor, eu não sabia o que poderia ter
acontecido se Murilo não abrisse aquela maldita porta de repente meu dia ficou cinza, a preocupação com a
Marcela veio a tona e pela primeira vez em todos esses dias em que sou mãe eu realmente me sentir mãe, sentir medo de perder a minha neném e medo de não senti-la na barriga como sinto todos os dias, o amor com certeza é uma construção e aos poucos eu e ela
estamos construindo devagar todo esse sentimento.

Enfermeira: Oi querida, vou ver os batimentos da sua nenem.

-uma enfermeira entrou no quarto e estava trazendo algumas medicações-

Marília: Tudo bem.

-ela colocou o aparelho e sorriu escutando o coração forte da minha filha-

Marília:esse esse coração ta forte.
Enfermeira: Ta lindo, gosto de ver assim, essa nenem bem forte crescendo.
Marília :Só queria ir embora logo.
Enfermeira: Vamos ver se esse remédio faz efeito pra você poder ir logo embora.

-assenti sorrindo e ela colocou na
veia o remédio, logo veio meu café da tarde e eu estava sentada na cama me deliciando com um pãozinho simples, pequeno e passado na manteiga e mais uma xícara de café com leite, suspirei sentindo aquele gostinho bom e sorrir sentindo uma paz absurda, não era
bom estar aqui mas eu poderia me sentir em paz, relaxar meus músculos e apenas focar em energias boas para minha filha.

Terminei de comer e deitei de lado virada para a janela e só queria sentir a brisa bater em mim, cochilei um tempinho acordei algumas vezes para responder a Luiza e o Murilo que me mandavam mensagens toda hora, e cochilava de novo, escutei a porta abrir novamente e sabia que alguém viria novamente medir os batimentos do meu bebê, sentir o enfermeiro puxar o travesseiro e virei para lhe encarar, era uma moça toda de branco com máscara e touca cirúrgica, não dava para ver nada além de seus olhos.

Marília : 0lha, tava confortável assim.

-eu disse e fui me ajeitar na cama e de repente o travesseiro me sufocou tentei gritar mas sentir o peso inteiro da enfermeira sobre meu rosto e notei que
não era uma enfermeira e se fosse, estava tendo um surto, não deu tempo de me defender, nem de gritar, nem de nada apenas sentia meu ar sendo comprimido a cada segundo, em vez de espernear ou tentar fugir eu relaxei todos meus músculos, queria me matar e se me visse morta ia parar, fechei os olhos, segurei o máximo de ar que pude mesmo ele indo embora e a pessoa soltou o travesseiro escutei uma risada maléfica e logo um silêncio absurdo, eu estava mole e sentindo uma pressão muito ruim na garganta, abrir os olhos e tudo girava, não conseguia tirar o travesseiro de mim e logo depois eu não escutei mais nada, apenas um barulho na porta, vários passos e logo parecia que o mundo havia sido silenciado
para mim, tudo escuro e sem som.

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Maratona >>>>
3/?

ℕ𝕠𝕤𝕤𝕒 𝕡𝕖𝕣𝕗𝕖𝕚𝕥𝕒 𝕞𝕖𝕝𝕠𝕕𝕚𝕒 Onde histórias criam vida. Descubra agora