capítulo 116

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Um pesadelo que parece que não tem fim.

Otávio : Murilo? 0lha só, eu vim ver minha netinha, eu só queria conhecer essa neném. -eu revirei os olhos e não conseguia largar a faca-e essa menina
está transtornada.
Marília: Eu acho que estou mesmo.

-Baixei no chão segurando a faca bem perto de seu rosto e olhei em seus olhos-

Marília: eu já não mandei você sair? Você realmente vai pagar pra ver se eu tenho coragem? EU TENHO TANTO ÓDIO, TANTO NOJO DE VOCÊ QUE SE TEM ALGO QUE NÃO ME FALTA NESSE MOMENTO É CORAGEM. -ele me olhou assustado- EU TO ME SEGURANDO É PRA NÃO FAZER, PORQUE SE DEPENDER DE MIM VOCÊ JA ESTAVA FURADO IGUAL UMA PENEIRA.
Otávio : Louca, você é louca.

-ele levantou fazendo o teatrinho dele-

Murilo : sai da minha casa, eu não sei o que você ta fazendo aqui, você não é bem vindo, VOCÊ NÃO É BEM VINDO.
Otávio: Seja lá o que ela te disse é mentira... Eu jamais faria qualquer coisa contra minhas filhas, isso a Luísa
pode te afirmar.
Murilo : Isso você vai provar na polícia.

-ele andou até a porta e me encarou-

Otávio: Não tem o que provar, assim como você né filhinha? Não tem o que provar.

-eu sentir meu corpo inteiro arder em raiva, olhei pra baixo sentindo vontade realmente de matar ele-

Murilo: Pode ficar bem sossegado viu?
que se tem algo que nós vamos conseguir é provas a nosso favor.

-Murilo fechou a porta em sua cara e eu seguir encarando com raiva o chão e a faca, minha respiração estava toda descompensada, ele se aproximou lentamente-

Murilo: ok, vamos soltar a faca mocinha...-ele disse calmo-tudo bem, eu cheguei agora.... -eu estava ajoelhada no chão e paralisada-você foi muito corajosa.

-ele disse lentamente e abaixou devagar acariciando meus ombros-

Murilo: mas ja pode largar a faca.
Marília: Ta com medo de mim?

-eu perguntei baixo e ele deu risada-

Murilo: Não.

-ele pegou devagar a faca que eu estava segurando-

Murilo: Eu jamais faria nada
com você, não tem porquê tu fazer comigo.

-ele levantou colocando ela na mesa, ele segurou minha cintura devagar e eu levantei-

Marília: Eu vou... -eu olhei para a escada e depois para a varanda- eu preciso subir.
Murilo: Pra que?
Marília: Eu vou tomar banho... Eu preciso tirar isso de mim.

-falei baixo e finalmente fui saindo do transe olhando para Marcela em cima do sofá-

Marília: eu preciso ficar sozinha um
pouco.
Murilo: Lil...-eu lhe encarei-
Marília : Eu preciso.

-falei seria e ele assentiu suspirando
eu sair correndo escada acima, mal enxergava as portas só entrei no quarto principal e tranquei a porta-

Marília: ta tudo bem, eu preciso respirar, não vou entrar em crise, não
vou. -sentei na cama e fui respirando devagar- respira... respira de novo.

-fechei os olhos e fui me acalmando internamente e cheguei a conclusão do que eu queria fazer com todo esse assunto, peguei meu celular e liguei imediatamente para a Luísa-

ligação on

Luísa : Alô? Lila? O que foi? Você não é de ligar.
Marília: Você ta ocupada?
Luísa : Sim, eu to trabalhando... Mas pode falar.
Marília : Eu aceito seja lá qual for seu plano.
Luísa: Oi?
Marília : Você disse que tem um plano, que sabe o que fazer em relação ao... Otávio, a partir de hoje eu não tenho coragem de lembrá-lo como parte da família.
Luísa : aconteceu alguma coisa?
Marília: Sim, ele veio aqui, me ameaçou, relou essas mãos nojentas em mim.
Luísa: Eu vou ai quando eu sair do trabalho, você ta bem?
Marília: to, eu cheguei com a faca tão perto dele... que por um momento eu pensei que mata-lo séria o melhor
momento da minha vida.
Luísa : Lila, nós vamos resolver de outro jeito.
Marília : Você me acha doente?
Luísa : Não, eu te acho corajosa, você usou seu lado racional, você não fez nada... mesmo querendo.
Marília:Você acha que eu posso dormir em paz sabendo que sou normal?
Luísa: Claro que é normal, para de ser
tonta, tudo o que sofreu na mão dele,
tudo o que passou e ainda se segurar
para não fazer dele uma peneira.... auto
controle é tudo.
Marília: Tá... eu vou... tomar um banho.
Luísa : Eu chego ai em torno das quatro.
Marília: tá.
Luísa : Beijos!
Marília: Beijo!

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