capítulo 86

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Pov's Marília.

O dia seguinte chegou e nosso alarme que se chamava Isabel acordou pontualmente as sete da manhã, com
um sorriso no rosto e gritando o pai dela dizendo que estava com fome. Abri os olhos e logo veio a sensação de ansiedade ao saber que Luiza estava tão próxima de mim agora, sentei na cama alongando meus braços e suspirei

Murilo : Bom dia, como vocề acordou?
Marília: Estou me sentindo bem... Só ansiosa com a chegada da Luíza.
Murilo: Que ótimo.

-ele deixou um beijo em meus cabelos e estava chacoalhando a mamadeira da Bel-

Murilo: Bel, filha ta aqui seu tetê
Bel: Bel mama seu quato.
Murilo : Então vem deitar aqui na poltrona.

-escutei seus passos andando no corredor e ela chegou descalça e
com a carinha de quem acabou de acordar, Murilo a pegou no colo e ela parou no meio do caminho me beijando levemente sem trocar nenhuma palavra, ele a deitou na poltrona e ela agarrou seu leite devagar, e aos poucos foi tomando sozinha-

Marília: Que independência.
Murilo: Eu amo ter alcançado isso.
Marília : Vou me trocar, arrumar meu cabelo e aí estou pronta.
Murilo: Vou preparar algo pra gente comer.

Assenti e ele passou a mão na minha
cintura devagar beijando meu rosto de
forma carinhosa, sorri com o beijo e virei o rosto de propósito lhe dando um selinho e ele sorriu e foi em direção ao corredor e eu ao banheiro, em quinze minutos eu ja estava sentada no sofá comendo algumas bolachas, deixei para tomar algo reforçado quando estivesse com a minha irmã.

Murilo: Minha mãe vai ficar com a
Bel, ainda não acho bom ela ficar em
aglomeração por causa da medula.
Marília : Claro, super concordo.

-sorri e peguei minha bolsa a colocando , fomos em direção ao carro e eu suspirei sentindo uma crise interna de ansiedade, para outras pessoas podia parecer bobo mas pra mim significava muito, eu não falava com ninguém da minha família a muito tempo e nem sabia como me comportar-

Murilo : Você ta quieta.

-ele disse fazendo o retorno para pegar a rodovia em direção ao aeroporto-

Murilo: sei lá, eu não costumo ver
você calada.
Marília: Mu, é a primeira vez em anos que eu vou ver e falar com a minha irmã.

-ele suspirou e parou no farol me  encarando-

Murilo: eu não entendo seus motivos para simplesmente ir embora do País e não falar com mais ninguém a sua volta, talvez eu nunca entenda. Mas
você deixou pessoas aqui que te amam, pessoas que você conquistou, que sempre te apoiou e sempre te
amou.. E pode ter certeza que não é porquê você fez sua escolha de deixar a gente sem notícias suas aqui, que o mesmo vai acontecer contigo.

-ele disse sério e eu lhe encarei sentindo minha boca totalmente seca-

Murilo: Luísa sempre teve você como a melhor irmã e confidente, e ela deve estar tão agoniada quanto você pra te encontrar.
Marília: Eu não abandonei vocês, eu só seguir meus sonho.
Murilo : Que seja.

-ele voltou olhar para frente-

Murilo:  isso foi o que você sentiu indo para lá, e o que a gente sentiu aqui
nos chamamos de outra coisa. Mas, eu só estou comentando para que você fique calma e saiba que ainda é e vai ser sempre amada.

-suspirei e olhei para a janela observando a praia de longe-

Marília: acho que eu e ela temos muitas coisas pra conversar.
Murilo : Tem mesmo.
Marília: Você ta bravo comigo? Por algum motivo?
Murilo: Não, eu não tenho nenhum motivo pra isso.
Marília : Você me tratou diferente...

-eu lhe encarei e sentir meus olhos pesarem um pouco tristes-

Marília: eu não entendo, se fiz algo.
Murilo : Não fez.

-ele disse e suspirou-

Murilo: só acordei meio irritado, me desculpa se eu falei de um jeito ofensivo.
Marília: Tudo bem, eu só queria saber... Não precisa se desculpar.

-virei novamente o rosto e lembrei do que aconteceu com ele e Bruna dentro do apartamento e logo me veio a cabeça que ele ficou excitado com ela e
provavelmente foi difícil controlar a vontade e o desejo já que nós dois na parte de sexo havia morrido a muito
tempo, será que o estresse dele estava ligado a isso? Será que ele estava arrependido de dar o divórcio ou arrependido de não ter deixado acontecer o que ela queria? Ou simplesmente de um dia para o outro ele cansou de nós e do nosso momento totalmente monótono e sem amor e sexo?-

Murilo: O aeroporto fica bem alí do outro lado, vou achar uma vaga para estacionar.

-ele disse e olhou em direção ao aeroporto-

Murilo: ela ja deve estar pousando.
Marília : será? -falei e sentir meu coração acelerado- respira Marília, respira.

-ele me encarou-

Marília: se eu conseguir te encarar depois de tantos anos, ela não vai ser nada.
Murilo : Ah pronto.

-ele deu risada e negou com a cabeça-

Marília : Vai Marília, você consegue.

-eu disse pra mim mesma e fechei os olhos-

Marília: você conseguiu encarar o amor da sua vida, vai conseguir encarar sua irmã também.
Murilo: Você encarou quem?

-ele disse com a voz doce e eu abrir devagar os olhos encarando aquele olhar penetrante cheio de brilho me encarando fixo-

Marília: eu.. encarei... O amor da minha vida?

-eu falei sentindo o pânico se instalar e ele acabou abrindo um sorriso bobo-

Murilo : Você nunca falou assim de mim.
Marília: Eu to nervosa...

-ele se aproximou de mim devagar e me encarou nos olhos-

Marília: é que... a gente nunca foi assim....

- fui um pouquinho para trás e ele assentiu beijando meu rosto, sentir minha mão gelada mas suspirei levantando a mão e segurando seu rosto-

Marília: mas eu queria que você soubesse disso.
Murilo: Eu também quero que saiba que você é o amor da minha vida.

⁃ele sorriu falando e beijou meus lábios sem me deixar falar muita coisa, sua mão apertou minha cintura e eu sorri entre o beijo sentindo sua língua explorando cada centímetro da minha boca e me fazendo relaxar todo aquele nervoso que eu estava sentindo. Minhas mãos mergulharam entre seus cabelos trazendo ele pra mais perto e quando o ar faltou e nossos lábios se afastaram
ele suspirou-

Murilo: Eu acho que nunca pensei em viver isso novamente com você.
Marília: Eu também.
Murilo: Quando você sumiu eu só queria você bem longe, não queria te ver.
Marília: Jura?
Murilo: Juro, me machucou tanto não ter você do meu lado que eu queria você o mais longe possível.
Marília: Murilo...
Murilo: E você voltou, linda, independente como sempre, na sua, com as mesmas manias que eu amo, com o mesmo jeito que eu amo... E simplesmente me laçou novamente.
Marília: Espero que esse nó esteja bem apertado.

-ele sorriu e eu lhe dei dois selinhos carinhosos nele-

Murilo: Bem apertado, lila.

-ele disse e tirou a chave conectada no carro-

Murilo: Vamos né? Sua irmã deve estar
cansada da viagem.
Marília: AÍ, perai.

-eu fechei os olhos e coloquei a mão na
barriga e ele me encarou assustado-

Marília: doeu bastante...

-mordi o lábio e respirei fundo, sentir sua mão apertar de leve minha barriga e ele abaixou beijando minha barriga-

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