Oiee,voltei gente,galera falta pouquinho capítulos para essa fic acaba então acho que vou posta um atrás do outro se der tempo obviamente.
Boa leitura seus gays ❤😍
Pov:marilia
Um mês depois...
Eu faço mais uma sessão de levantamento de peso e saio da academia, no terceiro andar da minha casa. Estou pingando de suor e faminta. Entro no meu quarto, indo direto para o banheiro. Depois de uma ducha rápida, eu me visto e desço para a cozinha para procurar algo para comer. Já passa das dez da noite, mas tenho me obrigado a treinar. Desde o mês passado, quando Marcos dividiu sua preocupação comigo de que maraisa podia estar se relacionando em um nível pessoal com seu médico, substituí o álcool pelo treinamento físico e voltei a me alimentar direito. Sem a menor vontade, mas era preciso. Ela, de fato, está ficando cada vez mais íntima do cara e, deixem-me dizer, o infeliz é jovem, vigoroso, bonitão mesmo, está no final dos fodidos vinte.
Enquanto eu estava ficando magra demais com a minha infrutífera greve de fome. Marcos, com sua boca grande, me chamou a atenção para o fato de que eu não seria uma rival à altura se continuasse me matando aos poucos, como estava fazendo. Voltei com tudo para o treino impulsionada pelo ciúme e raiva do médico metido a conquistador. O tal até foi jantar duas vezes na casa da minha avó. Fiquei puta por minha avó ter aceitado o cara em sua casa. Eu me senti traída duplamente e o confrontei do lado de fora nas duas vezes, tentei fazer com que enxergasse o óbvio. Meu Deus, maraisa está grávida! Será que não tem vergonha de estar dando em cima de uma mulher grávida de outra pessoa? Não. Aparentemente não. Por que teria? Ela está ainda mais linda com sete meses de gestação. Está um mulherão.
Doeu a primeira vez que os vi saindo juntos da sua última consulta. Os dois sorridentes, jovens. Ela se livrou de Marcos para ficar apenas com o idiota, embora continue dizendo que é apenas amizade. Eu queria ir lá e socar o espertalhão, mas me contive por causa do bem-estar dela e de nosso filho. A última vez que nos falamos foi no dia em que a mala da sua madrasta foi presa e a prostituta da sua meia-irmã, despejada. Deus, eu sinto tanta falta dela. Sinto falta da sua voz, do timbre meio rouco. Do seu sorriso. Ela sente a minha falta? Será que pensa em mim, em tudo que vivemos?
São quatro meses longe. Quatro meses de saudade, solidão. Agora sei exatamente como se sentiu quando a deixei sozinha após o Ano Novo. Para piorar, estou atormentada porque deixou esse cara se aproximar.Maraisa não o deixaria se aproximar assim, de graça. Ela não é leviana com seus sentimentos. Será que já me esqueceu? Muito tempo se passou. Meu coração aperta dolorosamente com a mera suposição. Não. Eu não suportaria vê-la assumir um relacionamento com outra pessoa. Minha avó me garantiu que é apenas amizade quando a interroguei sobre o assunto. No entanto, eu sei o que deve estar passando pela cabeça do infeliz. Ele quer a minha mulher. Eu gemo em desânimo quando me lembro que não é mais minha. Joguei nossa vida fora e estou pagando por esse erro a cada dia quando acordo sem ela. A cada noite que vou dormir sem ela.
Esquento a lasanha de frango que Rosa deixou preparada. Ela tem estado contente que voltei a me alimentar direito. Como uma porção generosa e, em seguida, lavo as vasilhas que usei. Meu celular toca quando estou deixando o cômodo. Fico intrigada ao ver o nome da minha avó. Ela não costuma ligar nesse horário. Meu coração dispara quando penso que pode ser algo com maraisa.
- Vovó? - atendo-a, apreensiva. Há um silêncio aterrorizante do outro lado e meu coração acelera mais. - Está me assustando. Aconteceu algo com maraisa e o bebê?
- Oi, querida. - sua voz está triste. - Não é nada com eles, graças a Deus.
- nova pausa. - Foi marcos, marilia. Acabaram de ligar do hospital. Ele faleceu.
Eu paro, a notícia não me surpreendendo, mas impactando mesmo assim. Carla não vai aceitar isso tão bem. Ela tinha esperanças de que o pai acordasse e se recuperasse em algum momento.
- Como ela está? - pergunto, passando uma mão pelo meu cabelo. Quero ir até lá, dar a ela o apoio que precisa, porém sei que não vai me querer por perto. Meu peito se enche de angústia.
- Está inconsolável. - minha avó parece devastada pelo sofrimento de maraisa. - Marcos acabou de aterrissar em Paris e... Cayo está em uma conferência em Londres. - eu bufo com essa última informação. Cayo é o tal médico filho da puta que quer roubá-la de mim.
- Sei que ela não me quer por perto, mas estou indo vê-la. - digo em tom decisivo. - Vou apenas mudar de roupa e já estarei aí. Vou ligar para o hospital também e ver que providências tomar para o funeral.
- Faça isso, querida. Ela precisa de nós. - minha avó diz suavemente. - Até daqui a pouco.
Aproximadamente quarenta minutos depois, estou do lado de fora do quarto de Brunna. Dou duas batidas suaves na porta e minha avó a abre em instantes.
Passo para dentro, um misto de sentimentos me golpeando. Alegria por estar tendo a chance de chegar perto dela, e também tristeza, pela sua perda.
- Ela está dormindo. - minha avó sussurra com pesar. - Eu dei a ela um chá calmante. Chorou até adormecer, a pobrezinha.
Dou um beijo em sua têmpora e minha atenção recai imediatamente sobre a cama, meus olhos procurando avidamente por ela.
- Eu não sei o que fazer agora que estou aqui. - murmuro, me sentindo perdida. - Não quero aborrecê-la com a minha presença.
Minha avó me olha, acenando levemente com a cabeça.
- Nesses momentos, as desavenças devem ficar em segundo plano, filha. Está fragilizada demais para lutar contra você. - diz baixinho. - Ela precisa de nós, todos nós.
Aceno, engolindo audivelmente. Ela me beija com ternura na bochecha e deixa o quarto em silêncio. Eu torno a buscar a cama, me movimentando devagar para lá. Meu coração canta à medida em que vou chegando perto. Oh, Deus, como é bom estar no mesmo recinto que ela. Está deitada de lado, vestida com uma camisola branca e larga, estendida sobre a barriga protuberante, onde o nosso filho cresce a olhos vistos. Paro bem perto da cama e meus olhos ardem com a visão da minha mulher em dias. Está linda demais, o rosto e os lábios carnudos estão corados, mostrando que está saudável, bem cuidada, na gestação. Tenho muito o que agradecer à minha avó por cuidar tão bem dela, não permitir que continuasse se sentindo sozinha. Queria tanto poder acompanhar as mudanças em seu corpo no dia a dia. Queria tanto poder abraça-la, conversar sobre cada pequena mudança, sentir nosso menino crescendo em seu ventre. Cuidar dela. Suspiro longamente, louca de amor. O coração pesado de tanta saudade. Eu me contentaria em apenas conversar com ela. Apenas isso.
Minhas mãos coçam para tocá-la, para sentir meu filho em seu ventre. Amor e possessividade me engolfam enquanto observo os dois. Eles são meus. Eu os amo tanto. Tanto. O que preciso fazer para ter o perdão dela, meu Deus? O quê? Faço qualquer coisa para tê-la de volta. Qualquer coisa. Eu me sento na poltrona do lado da cabeceira, cuidadosamente, para não a acordar e continuo olhando-a, bebendo sedenta cada detalhe da figura linda e adormecida. As rosas que enviei hoje pela manhã e à tarde estão em vasos nos criados-mudos de cada lado da cama. Ela gosta de receber as flores. Minha avó contou que ela fica esperando esses momentos todos os dias. E me alegra que goste das minhas flores. Sim, sou eu quem as escolhe e as envia todos os dias, religiosamente. Brunna pensa que são de Marcos e nenhum de nós a corrigiu. Ela precisava de motivos para sorrir e não as aceitaria se soubesse que vem de mim.
Não sei quanto tempo se passa, mas não me importo. Eu ficaria aqui para sempre, grata por estar respirando o mesmo ar que ela. Algum tempo depois, Brunna se remexe na cama e então seus incríveis olhos castanhos se abrem, colidindo com os meus. Eu inalo levemente, em busca de ar. Meu coração falha uma batida ao ver as duas pedras preciosas focadas em mim depois de tanto tempo. Ela franze um pouco o cenho, os olhos indo de sonolentos a despertos num instante. Não falamos nada, apenas nos olhamos fixamente. Ela lambe os lábios gordos, me fazendo queimar de amor, desejo. Meu corpo inteiro está pulsando, gritando a sua falta. Gritando pelos longos meses sem tê-la. Sei muito bem que esse não é o momento, mas a proximidade, seu cheiro invadindo meus sentidos - seu cheiro real, não apenas imaginário - e vê-la tão de perto, me deixa dura. Tão dura que chega a ser doloroso. Eu a quero com uma necessidade absurda. Ela continua me encarando, não desviando o olhar. Limpo a garganta e murmuro para distrair minha mente do desejo feral inflamando minhas veias.
- Vovó me chamou. Eu sinto muito. - ela fica calada por algum tempo e tenho receio de que vá me expulsar. - Não me mande embora. Pode voltar a me odiar depois de amanhã. Por agora, me deixe ficar aqui, ao seu lado, por favor.
Vejo o conflito claro em seu rosto por alguns instantes. Contudo, para o meu alívio, ela me dá um aceno quase imperceptível. Um silêncio desconfortável recai sobre nós em seguida. Estamos perto, mas a conexão parece perdida. Se passou muito tempo. Meu peito comprime ao constatar isso. Estamos nos perdendo. Já temos mais tempo separadas do que o período em que ficamos juntas. O tempo é um inimigo implacável nesses casos.
- Você ficou triste quando seus pais morreram?
A pergunta me surpreende. Sua voz. Deus, sua voz... Fecho os olhos por um momento, saboreando-a. Sinto tanta falta dela. Eu a encaro novamente, tentando controlar minhas emoções porque ela está falando comigo. Está falando sem a hostilidade com que costuma me tratar.
- Sim, eu fiquei. - assumo, minha voz um pouco instável. - Senti pelos pais que deveriam ter sido e não pela morte em si. Consegue compreender?
Um lampejo de empatia passa em seus olhos.
- Acho que é assim que estou me sentindo também. - diz, novas lágrimas enchendo seus olhos. Sua mão esquerda escorrega para o ventre e ela o acaricia. Meu Deus, como quero tocá-la. Os dois. Engulo em seco, minhas mãos comichando. - Eu perdi meu pai há muito tempo, a morte apenas encerrou um ciclo. - soluça.
Eu aceno. Marcos foi um homem fraco, patético e pagou caro pelas escolhas que fez. Mas, quem sou eu para julgar? Também estou pagando pelas minhas.
- Preciso providenciar o funeral. - continua numa voz pequena.
- Eu já cuidei de tudo, baby. - murmuro e sua expressão se fecha um pouco com o termo carinhoso. Quero me socar por aborrecê-la. Acrescento: - Não se preocupe com nada mais. Você e o bebê não podem se sobrecarregar.
- Você não tem nenhuma obrigação comigo. - murmura embargada.
- Eu quis fazer. Não me custou nada. - digo com suavidade.
Novo silêncio. Ela me olha insistentemente, enquanto duas lágrimas rolam em suas faces.
- Obrigada. - diz baixinho. Então parece se sobressaltar e um quase sorriso curva sua boca. - Ele está mexendo. - sussurra. E, para a minha total surpresa, convida: - Toque-o, eu acho que está sentindo a sua presença.
Meu coração aquece e estendo a mão, ávida para sentir meu menino e a mãe dele numa tacada só. Eu quase gemo de satisfação quando toco a pele quente e esticada através do tecido fino.
- Aqui. - ela pega a minha mão, colocando-a exatamente sobre o nosso menino cheio de energia.
Eu rio, meus olhos ardendo de emoção. Espalmo a barriga e me atrevo a colocar a outra mão, sentindo o nosso filho plenamente. Sua barriga está enorme. Felicidade sem tamanho se espalha dentro de mim, enquanto acaricio os dois amores da minha vida.
- Obrigado. - minha voz sai rouca, emocionada, ainda muito surpresa por ela estar baixando as armas, ao menos esta noite. Eu me inclino e começo a conversar com o nosso menino. - Oi, filho. Eu não sei se você se lembra de mim... Sou a sua outra mãe. - parece mentira, mas ele fica ainda mais elétrico lá dentro, e meus olhos transbordam. - Você se lembra? - murmuro, não cabendo em mim de felicidade. - Garoto esperto.
Eu passo a conversar com ele, perguntando como está lá dentro. Se ele tem cuidado e protegido a sua mãe para mim.
- Ele gosta da sua voz. - maraisa sussurra e meus olhos vão para os seus. Nós nos fitamos em silêncio, apenas compartilhando esse momento de cumplicidade com nosso filho. - Você vai amá-lo, não vai? Prometa que nunca vai deixá-lo se sentir indesejado, fora de lugar. - sua voz treme.
Meu peito torce ao ver o seu tormento. O reflexo do meu próprio. Nós duas tivemos pais de merda.
- Eu já o amo, maraisa. - digo-lhe com ternura. Amo vocês dois. Vocês são tudo que mais amo nessa vida. Completo com meu olhar. - No começo, eu o via apenas como a perpetuação do meu nome, admito. Mas a partir do momento em que soube que ele estava aqui dentro... - olho-a bem dentro dos olhos. -, que nós duas geramos uma vida... - continuo esfregando sua barriga, me deliciando com a sensação de tocá-la. Ela ofega levemente. -, e depois, quando vi o primeiro ultrassom, eu o amei.
Ela assente. Seu rosto parece resignado agora.
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O̸ a̸c̸o̸r̸d̸o̸ ■G!p□
Fanfic~ Lembrando essa história não é minha e uma adaptação. se a autora original pedir para que eu tire,eu vou tirar imediatamente. MariliaMendonça, é a CEO da LO Ocean Airlines,sediada em São Paulo. Uma mulher fria, Implacável e cínica, que respira negó...