Desde o momento em que fixou os olhos nela, linda enquanto se perdia entre os passos da coreografia de balé, Jungkook soube que seria ela. Seria ela a pessoa que gastaria todas as energias para ter em mãos, ela que iluminaria os cantos de escuridão...
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◞／❥ 𝑰𝒏𝒇𝒆𝒓𝒏𝒐 𝒏𝒂 𝑻𝒆𝒓𝒓𝒂: 🦢ᵎ ִֶ
↝✯ 𝐽𝑒𝑜𝑛 𝐽𝑢𝑛𝑔𝑘𝑜𝑜𝑘
Meus ossos estão congelados.
Eu ao menos sabia que era possível que ossos congelassem.
Meu coração está batendo tão rápido que eu sinto como se pudesse pular para fora do meu peito a qualquer momento, a qualquer segundo torturante preso dentro desse véu de dor na minha alma.
Minhas pernas não conseguem se mexer, mas ao mesmo tempo meu corpo inteiro quer desmoronar, porém não tenho forças nem para isso.
Enquanto encaro fixamente sua foto no noticiário a voz distante do jornalista se perde na minha cabeça, por um segundo penso até que estou gritando, mas percebo então que é só minha consciência se espatifando dentro de mim.
O mundo inteiro parece estar desmoronando ao meu redor e escuto progressivamente aquela frase na minha cabeça:
Não há sinais de sobreviventes.
Não há sinais de sobreviventes.
Não há sinais de sobreviventes.
Não há sinais de sobreviventes.
Não há sinais de sobreviventes.
Não há sinais de sobreviventes.
O rosto de Hailey se encapsula na minha cabeça de repente, os olhos brilhantes, o olhar cheio de graça, os sorrisos tímidos e a expressão sempre singela.
Não pode ser possível.
De todas as merdas de pessoas nesse mundo, não pode ser ela.
Um novo choque parece passar por meu corpo quando o repórter para de falar por um instante, conferindo uma informação que o passam através do ponto em seu ouvido.
- Acaba de ser confirmado o resgate das três pessoas no prédio, a bailarina refém prossegue sem consciência, mas será levada imediatamente pela emergência para o hospital Wooridul Spine...
Não termino de ouvir a notícia, meu corpo de repente parece tomar conta de si próprio de novo e volto a me mexer, caminhando imediatamente para a saída enquanto busco a chave do carro em meu bolso.
- Senhor, não pode sair ainda, a Detetive Garam não o liberou... – o homem aparece na minha frente, e mal percebo quando o empurro contra a parede, levando minhas mãos até seu pescoço, pronto para enforca-lo enquanto observo o misto de surpresa e pressão em seus olhos.
- Suma da minha frente seu verme – digo rígido o largando no mesmo instante.
O sinal parece ser emitido para as poucas pessoas ao redor, que se recusam a me parar quando já estou passando pela porta da saída.
