Desde o momento em que fixou os olhos nela, linda enquanto se perdia entre os passos da coreografia de balé, Jungkook soube que seria ela. Seria ela a pessoa que gastaria todas as energias para ter em mãos, ela que iluminaria os cantos de escuridão...
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◞／❥ 𝑪𝒐𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂𝒔 𝑵𝒂̃𝒐 𝑬𝒙𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎: 🦢ᵎ ִֶ
↝✯ 𝐽𝑒𝑜𝑛 𝐽𝑢𝑛𝑔𝑘𝑜𝑜𝑘
Hailey foi o meu primeiro sentimento positivo.
A primeira pessoa que fez meu coração palpitar de genuína alegria e não de medo, a primeira que me arrancou um sorriso sincero, que me fez querer morar em seu olhar, que me fez questionar a mim mesmo e que aqueceu meu peito.
Já senti coisas grandiosas como prazer, plenitude e mesmo o gosto de ser maior e melhor que todos. Sentimentos arrogantes que reafirmavam minha própria existência, mas que eram tudo o que preenchiam minha casca vazia.
Já senti o que achei que seria para sempre o melhor sentimento que poderia ocupar meu âmago, o orgulho.
Orgulho de mim mesmo, que sempre fui tão pequeno e imponente perto dos outros, que só pude me sentir incapacitado de tudo.
Oh, sim. Eu já senti coisas extraordinárias.
Mas talvez Hailey seja meu sentimento favorito.
"Existem muito sentimentos lindos os quais você não teve a oportunidade de experimentar e lamento por isso (...) Antes que seja tarde demais, Jungkook... Venha os conhecer comigo".
Como ela pode esperar que eu ao menos me interesse por sentir coisas assim, quando elas se tornam tão minúsculas perto do que é estar com ela, e sentir toda a gama de sensações que ela traz ao meu coração?
Eu a disse a verdade quando falei que o ódio que remói meu interior não abriria espaço par sentir coisas assim.
Mas nada poderia ocupar o lugar que seu mero sorriso tem em minha alma.
Isso realmente se parece o tipo de coisa perigosa de se sentir.
Mas não negarei minha vontade de me afundar nessa perversão.
- Você me entendeu bem, não é? – meu tom frio é o único som que ressoa no pequeno cômodo – Acho que você já aprendeu que não gosto de ter que repetir as coisas.
A cabeça baixa mantém o cabelo loiro cobrindo a face tensa.
Os ombros cobertos pelo suéter escuro se estreitam, as pernas magras se retraem um pouco na cadeira de madeira, os pés se juntam e o corpo trêmulo se mexe apenas para se encolher ao som da minha voz.
- S-Sim, Senhor.
Um breve sorriso se forma em meus lábios.
Cruzo minhas pernas, arrumo minha postura na cadeira, passando as mãos pelo terno perfeitamente alinhado no meu corpo, meus dedos dedilhando a gravata acinzentada somente porque sei o quanto mero sinais da minha linguagem corporal a apavoram.
