Desde o momento em que fixou os olhos nela, linda enquanto se perdia entre os passos da coreografia de balé, Jungkook soube que seria ela. Seria ela a pessoa que gastaria todas as energias para ter em mãos, ela que iluminaria os cantos de escuridão...
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◞/❥ 𝑪𝒖́𝒎𝒑𝒍𝒊𝒄𝒆𝒔 : 🦢ᵎ ִֶ
↝✾ 𝑀𝑜𝑜𝑛 𝐻𝑎𝑖𝑙𝑒𝑦
Está frio.
Meu corpo treme agachado sobre o corredor do luxuoso condomínio, meus braços abraçam a si mesmo como duas pedras de gelo, meu cabelo respinga sobre o carpete em um tom de vermelho vivo, meu coração dispara dentro do meu peito, uma mistura de angustia e terror.
Meus dentes batem um contra o outro, meu nariz dói ao mínimo sinal de inspirar, cada partícula minha parece fadada ao puro ar de destruição.
Mas nada parece chegar ao nível da dor que meu coração sente ao relembrar os últimos minutos.
Se eu fechasse os olhos ainda conseguia ver a frieza em sua face, o tom gélido em suas palavras e o ar de sagacidade emanando de si enquanto fixava os olhos violentos em mim.
Naquele momento senti como se todo aquele calor que me aquecia o peito tivesse se transformado em uma brasa fria e gélida, como se cada expectativa que eu tivesse criado se desmontasse bem diante dos meus olhos.
Minha cabeça covarde me levava a uma maratona dos mais doces momentos em que tive ao seu lado, situações em que eu me livrei de meu medo e deixei toda a ansiedade para trás enquanto me aninhava nos braços que me traziam tanta proteção.
E agora sinto como se eu fosse mais uma peça do seu jogo cruel.
"- Acha que eu faria algo que poderia machucar você? Não pode simplesmente confiar em mim?".
Como eu poderia confiar nele depois que ele literalmente ajudou a mulher que tentou me matar ser solta?
Suas atitudes nunca são claras, suas palavras sempre são mascaradas de uma bonita e doce ilusão, os olhos sempre intensos ao enxergarem sua alma e ao fazer você entregar a sua para ele. Um mar de perversão que o ronda, mas ainda assim um ponto de calamidade que lhe faz sentir diferente.
Seu veneno é tão doce que te faz pensar que está bebendo a mais milagrosa poção.
- Hay?
Meu coração acelera ansioso ao escutar a voz conhecida me chamar.
Ergo minha cabeça ainda agachada no chão, meus olhos fitando a face surpresa ao se fixar em mim.
- Jimin... – sussurro seu nome, o nó se formando em minha garganta quando ele se abaixa preocupado na minha frente.
A verdade é que eu não tinha para onde ir e nem para quem correr.
Estou ignorando meu pai desde a última vez que nos vimos, não tenho amigos e minha mãe me odeia. Não poderia voltar para casa e não tinha a quem recorrer.