Os dois entraram no escritório, lilian se sentou numa cadeira e deixou o pote em cima da mesa, dominic se sentou na cadeira enorme de frente pra lilian e os dois observaram alguns segundos o duende dar socos irritado para tentar escapar. - por favor, me tirem daqui! - exclamou nervoso o duende socando o vidro. - fique calmo, apolo! Isso vai passar, apenas nos conte essa história de que a feiticeira voltou. - disse calmo dominic. - hum? Espera aí, o senhor conhece ele? - perguntou lilian. - conheço, na verdade lilian, conheço todo mundo dessa cidade! - respondeu dominic dando uma piscadinha.
Ele voltou sua atenção pro duende. - agora conte, se não vamos mantê-lo em prisão até saber a verdade! - disse dominic ao duende. - está bem! Eu irei contar o que sei! - guinchou o duende ainda mais aterrorizado. A criaturinha contou tudo que sabia sobre o tal "retorno da feiticeira". Quando terminou de contar a história e tudo que sabia, domimic ficou espantado e meio chocado, parecia tão preocupado quanto lilian e o duende. - senhor, está tudo bem? - perguntou lilian percebendo o jeito que dominic ficou depois de ouvir a história do duende.
O mago não respondeu, pareceu nem ouvir, mas então ele finalmente respondeu. - hum? Oh sim, claro que estou bem. - respondeu ele tentando fingir não estar preocupado. - só tive um devaneio kk. - disse ele calmo, então dominic foi até um dos seus armários passou a mão na portinha e os livros que haviam lá dentro, simplesmente desapareceram e foram trocados de forma inesplicavel por frasco com pó dentro, lilian teve um deja vu de quando havia lutado contra o rei dos vampiros, antes da batalha ele havia feito ela ver suas lembranças sobre a feiticeira das trevas.
Dominic abriu uma das portas, havia milhares de frascos com pó, ele pegou um deles e se aproximou de lilian a mostrando o frasco. - acho que já conhece isto aqui, lilian. - disse ele mostrando o frasco. - sim, senhor, são lembranças preservadas nesses frascos, podem ser vistas por qualquer pessoas apenas passando um pouco do pó na testa. - explicou lilian. - exatamente, eu acho que já é a hora...de você saber a verdade. - disse dominic lentamente.
- se quiser, posso lhe mostrar o dia em que conheci uma garotinha chamada diana, que futuramente ficaria conhecida como a "feiticeira das trevas". - disse dominic. - adoraria senhor. - respondeu lilian anciosa. Dominic deu um sorrisinho e abriu o frasco retirando com dois dedos um pouco de pó cinza, e então, passou-os na testa de lilian, ele se afastou um pouco e então...
Lilian sentiu sua alma sair do corpo, era como se tivesse agora sonhando, assistindo a cena de um filme. A garota viu uma cena, era o cenario de uma floresta, estava de dia bem claro, havia uma casa de tijolos bem simples perto das arvores, vinha dali, um homem de terno roxo bem escuro, ele possuia olhos castanhos, cabelos castanhos bem escuro e longo, e uma barba que ia até a cintura, o homem segurava um cajato que lembrava o de dominic. Quando a cena melhorou a imagem, lilian viu que o rosto do homem era igual o de dominic, pois era o própio dominic só que com trinta anos mais novo.
Chegando até a porta principal da casa, ele deu uma batidinha e uma mulher abriu na hora. Ela tinha uma aparência deplorável, olhos pretos sem alma, pálida e magra, era um pouco esquelética e alta, os cabelos eram desgrenhados e negros.
- olá senhor dominic. - disse a mulher com uma voz rouca. - bom dia senhora sprount. - comprimentou dominic calmo e sorridente. - entre, por favor. - disse rouca a senhora sprount. - as vezes me dá um pouco de vergonha ter que lhe pedir isto. - disse ela enquanto dominic entrava e a senhora sprount fechava a porta.O lugar era uma sala quase sem mobília, e o que tinha de mobília era velho e feio, não parecia nada confortável, tinha várias rachaduras nas paredes, e um pedaço do telhado estava quebrado.
- eu até ofereceria algo, mas não comemos há pelo menos dois dias. - disse a senhora sprount tossindo.
- não se preocupe senhora, vamos direto ao assunto. - disse dominic calmo.
- oh, claro, já arrumei as malas dela, pode ir lá em cima conversar com a diana. - disse a senhora sprount.Dominic subiu uma escada de ferro alaranjada de ferrugem, deu de cara com um corredor escuro e dava pra ver um pouco do tijolo com a tinta desbotada nas paredes. O mago andou um pouco pelo corredor e entrou num quarto, se deparou com uma menininha de mais ou menos nove anos de idade, ela era estranha, tinha um olhar hipnotizante, mas não era tão magra quanto a mãe, tinha cabelos lisos e negros, olhos tão profundos e pretos que hipnotizavam qualquer um.
- olá diana. - comprimentou dominic.
- quem é o você? - perguntou séria diana. - meu nome é dominic, sou um mago. - e por que está na minha casa? - perguntou ela. - como deve saber, sua mãe está com dificuldades pra sustentar vocês duas, ela mesma me pediu para lhe mandar pra um lugar bom onde você poderá crescer melhor. - explicou dominic calmo. - não vou com você para lugar nenhum...eu nem te conheço, e onde é esse lugar!? - perguntou diana em tom de desafio. - se chama city enchants, construída pelo próprio clyd a anos! - explicou dominic.
- já ouvi falar, e a minha mãe, como ela fica? - perguntou diana. - infelizmente sua mãe não poderá vir conosco. - explicou dominic.A garotinha parecia não sorrir, sempre com uma cara séria, enquanto o mago era sorridente e calmo. - ainda não acredito que o senhor é uma mago! - disse em tom de desafio diana. - então terei que provar não é? - falou dominic dando uma piscadinha e um sorriso por trás da barba. Ele ergueu o cajato que segurava e então o bateu no chão e surgiu um boque de flores na cama de diana.
Diana ficou tão surpresa e então abriu a gaveta da escrivaninha que ficava do lado da cama e retirou de dentro uma cabeça de um porco. Dominic ficou meio espantado com o que viu, e então ela começou a contar a história de como conseguira aquela cabeça de porco e parecia estar super tranquila. - alguns dias atrás, eu estava brincando lá no chiqueiro que já não existe mais, tinha um porco, quando fui acaricia-lo ele me mordeu, senti tanta raiva e então não sei como fiz aquilo, mas...fiz com que o Machado flutuasse, e então ele cortou sozinho a cabeça do animal, roubei a cabeça e guardei como troféu. Minha mãe não sabe ainda.... - explicou friamente diana.
Dominic não disse mais nada, e então a cena acabou, lilian sentiu a sua alma voltar pra dentro do corpo, e ela voltara ao escritório atual de dominic.
- então? - perguntou dominic.
- bem eu não...ainda não acredito que essa menininha é a feiticeira das trevas, o senhor sabia, na época? - perguntou lilian sentindo que a vida não era real.
- se eu sabia que havia conhecido o ser mágico mais perigoso de todos os tempos? Não, se eu soubesse... - dominic pensou um pouco. - o que aconteceu com a mãe dela? - perguntou lilian.
- morreu, achamos que foi assassinato, provavelmente um animal como um urso por exemplo. - respondeu dominic.
- nossa...A diana era como, quando estava aqui em city enchants? - perguntou lilian. - queita, reservada...mas muito talentosa em fazer magia, com o tempo percebemos que ela era uma bruxa, então diana foi treinada, aperfeiçoou seus talentos, evoluindo e crescendo, ela ocupou o rótulo de feiticeira, logo mostrou que estava indo pro caminho errado, a diana era até então o ser mais poderoso além de mim. Só que ela começou a mostrar que tinha muito preconceito com outras criaturas, principalmente elfos e centauros, depois de espalhar seu preconceito pela cidade, ela declarou guerra contra nós, reuniu seguidores e um exército de criaturas místicas, como por exemplo: bruxos, feiticeiros, dragões, e principalmente os vampiros.
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𝐀 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐥𝐲𝐝: 𝐞 𝐚 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐢𝐜𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐚𝐬 𝐭𝐫𝐞𝐯𝐚𝐬 {2}
Fantasíalilian e os outros órfãos retornam pra terra de clyd, e enquanto viviam suas aventuras pelo mundo mágico, descobrem que a Terra de clyd está sofrendo uma ameaça da feiticeira das trevas