Capítulo 28 - O Passado de Eilleen

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Notas da Autora: 

(1) Oi! Primeiro agradeço os comentários, os 280 favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada. Aqui está o novo capítulo, espero que gostem. Bjs :D

(2) Esse capítulo contém palavras de baixo calão e violência. Se não gosta, não leia.


S.L.


Depois de longos momentos em família, Eilleen e Severus comentaram com Fleamont que estavam prontos. O Chefe dos Aurors agradeceu a hospitalidade oferecida pelo diretor e saíram do gabinete. Desceram as escadas em caracol, Fleamont conversando com Severus sobre assuntos banais, querendo conhecê-lo melhor. Descobriu, através de Eilleen, que o garoto tinha medo de alturas porque seu pai o tinha prendido nos ramos de uma árvore quando era uma criança de dois anos. Severus tinha comentado que não se recordava da situação, mas que o medo tinha permanecido.

"Como um pai pode tratar assim seu filho?" – Se perguntou. Como pai, nunca tinha maltratado, de nenhuma forma, seu próprio filho. Ele e Euphemia tinham tentando, durante anos, engravidar, mas sem sucesso. Só depois de vários tratamentos em St. Mungus, é que tinham conseguido. Para eles, James era o maior tesouro de suas vidas.

Caminharam em direção à saída do castelo, observando como Eilleen acarinhava Seveus. Depois da carta que tinha recebido de James, se dirigira ao Ministério da Magia para conversar com o Ministro, onde tivera uma reunião exaustiva. Ameaçara contar aos jornais que o Ministério da Magia não estava disposto a ajudar aquela família bruxa a sair dessa situação e que iria sair de seu emprego, fazendo com que o Ministro cedesse.

Reunira seus melhores Aurors e, com o apoio dos policiais, tinham cercado a casa durante a noite. Durante horas tinham visto homens de aparência suspeita e mulheres de aspeto sinistro entrando na velha casa, escutando vozes animadas até que, de madrugada, quando todos estavam dormindo, entraram de rompante. Deitaram a porta abaixo, vendo garrafas de vodka e de cerveja espalhadas pela casa, os homens semidespidos e mulheres sem roupa acordando, sobressaltados. Os móveis estavam rachados e o cheiro a tabaco se cheirava por todo o lado.

Fleamont tinha passeado pela casa, observando toda a destruição. Entrara no quarto de Severus, vendo um homem baixo e barrigudo dormindo com duas mulheres loiras. Depois de prendê-los e de observar os danos do quarto: móveis manchados, garrafas no chão, roupas rasgadas, livros destruídos..., tentara procurar algo que estivesse inteiro para levar para Snape, mas nada encontrou. Continuara sua procura, chamando por Eilleen, mas não a encontrara.

Entrara no quarto do casal vendo que, pelo menos, os móveis não estavam destruídos. Escutava os gritos de receio e raiva, e as ordens dadas pela autoridade. Tinha dado uma vista de olhos rápida ao local e, estava quase saindo, quando escutara um grito abafado. Tinha parado, alerta, se apercebendo que tinha vindo do armário. Abrira a porta de rompante e prendera a respiração. Eilleen estava sentada, com a boca abafada com um lenço. Suas mãos e pernas estavam atadas com uma grossa corda e seu rosto estava repleto de marcas de sangue e lágrimas. Seu olho esquerdo, negro e inchado. Estava seminua e coberta de hematomas. Ao vê-lo, gritou novamente e tentou se debater, aterrorizada.

Fleamont se tinha ajoelhado e, ignorando o cheiro a urina e suor que estava no armário, lhe tinha dito:

– Sou Fleamont Potter, chefe dos Aurors. – Ela parara, olhando para ele – Você está em segurança.

Com a varinha, a libertara das amarras e Eilleen soltara um grito, se atirando a seus braços e chorando compulsivamente. A erguendo, sentira como ela pesava como uma pluma e tinham saído do quarto, em direção à porta da rua. Dezenas de carros policiais estavam prontos para partirem. Agradecendo a ajuda aos Muggles, pedira que Tobias Snape ficasse sob a custódia dos Aurors, sendo aceite. Depois de se verem sozinhos e, enquanto os Aurors selavam a casa, Tobias, vestindo somente uma camiseta branca esburacada e cuecas azuis, olhara com ódio para mulher e rosnara:

Um Beijo Inesperado de Natal - Snames por Sandra LongbottomOnde histórias criam vida. Descubra agora