Capítulo 40 - Conversa entre Mãe e Filho

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Nota da Autora: Oi! Primeiro agradeço os comentários, os (404!) favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada. Aqui está o novo capítulo, espero que gostem. Bjs :D

S.L.

Terminaram o almoço e Fleamont os convidou para a sala de estar, que era tão espaçosa como a de jantar. Tinha no teto um candeeiro de velas, que iluminava tudo em seu redor, produzindo sombras nas paredes. Havia também um sofá bege, circular, com almofadas de várias cores, onde podiam caber cerca de vinte pessoas, uma mesa circular, com um jarro de rosas de cristal.

Se levantaram, os elfos de imediato se afastando de seus postos – encostados à parede – para levantarem tudo o que estava na mesa.

– Hum, Fleamont... – Começou Eilleen, hesitante, vendo todos os olhares pousando nela – Eu precisava de conversar com meu filho, a sós. A gente precisa de se retirar por uns momentos, espero que não se importem.

– Com certeza, Eilleen. – Disse Fleamont, se sentando no sofá. Um elfo rapidamente se dirigiu para ele, na mão trazia uma bandeja com vários copos de cristal. Severus trocou um olhar confuso com seu namorado e amigos, antes de segui-la. Saíram da sala e subiram as escadas, o Slytherin sentindo o nervosismo de sua mãe, e não sabendo como quebrá-lo.

Eilleen respirava fundo várias vezes, tentando se acalmar. O que iria contra a seu filho, iria mudar sua vida, para sempre. Sua mão trêmula tocou no puxador da porta, entrando no quarto que tinha sido preparado especialmente para si. Severus mal teve tempo de observar as pinturas a óleo com telas douradas que decoravam as paredes. Seguiu sua mãe, reparando que o quarto era mais espaçoso do que a casa de Spinner's End.

Uma cama queen size estava no meio do quarto, com belos lençóis de seda brancos e dois grandes e felpudos travesseiros. O chão estava forrado com um tapete negro e as paredes decoradas de tons pastel. Um enorme armário se encontrava junto à parede, mesmo ao lado dos criados mudo. Em um deles, percebeu, havia um romance bruxo e frascos de poções de sono sem sonhos e outras para a saúde – ainda – frágil de sua mãe.

Perto da janela havia um belo toucador do século XIX, de madeira escura, com um banco almofadado, de cor vermelha. O espelho era oval, com duas gavetas e prateleiras laterais trabalhadas, tal como as pernas de encaixe. O tampo, em mármore branco, estava repleto de perfumes e produtos de maquiagem tão diversos, que ele nem sabia para que serviam.

Em frente à lareira, onde o fogo crepitava, aquecendo o quarto, se encontravam dois pequenos sofás cinzas claros. Se sentaram, sentindo sua pele contra a maciez do tecido e o calor do fogo os aquecendo.

Severus se virou para sua mãe, vendo como ela retorcia nervosamente suas mãos no colo. Pegou nelas, sentindo como estavam macias e bem cuidadas, e as beijou vendo ela fechando momentaneamente os olhos, antes de voltar a abri-los.

– Meu amor. – Começou ela, com os olhos marejados de lágrimas – Porque você nunca me contou?

Severus engoliu em seco, ao ver a dor em seus olhos, tão semelhante aos seus.

– Eu não quis lhe preocupar. – Respondeu – E Tobias podia aparecer a qualquer momento e nos machucar caso nos ouvisse falando de magia.

– Eu nunca pensei... – Murmurou ela, as lágrimas escorrendo por seu rosto, retirando a camada de base. – Pensei que você estava seguro, feliz na escola. E os professores, não faziam nada para evitar?

Um Beijo Inesperado de Natal - Snames por Sandra LongbottomOnde histórias criam vida. Descubra agora