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Kattegat era outra, o sangue de Ragnar não corria mais por ali. Rei Harald estava vivo e bem, juntamente com a coroa de Bjorn e casado com Ingrid.

O reinado que passou por Ragnar, Lagertha e Bjorn, estava nas mãos deles. Áma achava um insulto.

Ela se fechou em sua cabana, mal frequentava o grande salão. Trabalhava como seu pai, isso a permitia se manter ocupada.

Áma estava em completa solidão, sem ninguém que já esteve com ela.

Uma cicatriz que ia de sua sobrancelha até o fim de seus olhos, agora, tomava seu rosto. Marcas de suas batalhas, ela apertava fortemente a corrente que seu pai havia a presenteado, sua saudade doía.



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O Rei estava sozinho, em frente à fogueira, Áma foi avisada que ele queria vê-la.

- Áma - ele disse enquanto ela caminhava para se sentar ao lado dele.

- Por que estou aqui? - disse direta

- A chamei por que...Bjorn a escutava e Ivar também, isso é impressionante. Qual dica você me daria? Sobre meu rainado - ele perguntou, Áma riu anasalado.

- Ingrid enfeitiçou Bjorn, ela está carregando seu filho e fará de tudo para manter o poder, cuidado com ela - ela soltou.

- Eu sei - ele disse desesperado, ela se levantou e disse:

- E cuidado com Erik também, ele é ambicioso além do imaginário - ele assentiu.






Gunnhild levou o rei e Ingrid a acreditar que ela teria se casado com eles.

Ela acompanhou Gunnhild pelo píer:

- Veremos você se tornar Rainha, Áma - disse Gunnhild sussurrando apenas para menina. Foi sua última palavra para ela.

Eles chegaram em frente do Rei Harald e Ingrid com o vento atrás deles, Gunnhild ainda com sua capa sobre a cabeça.

- Eu vim para desejar a você e a Ingrid toda felicidade - respondeu Gunnhild

- Então você não está se unindo a nós em matrimônio? - questionou o Rei Harald.

- Não. Eu não posso me casar com você - ela disse - No meu coração, ainda sou casada com Bjorn.

- Agora eu tenho que ir - completou a mulher.

- Onde você está indo? - perguntou o rei Harald preocupado.

- Para meu amor - respondeu Gunnhild com um sorriso enquanto ela ia até o final do cais.

Gunnhild virou-se para todos eles e disse:

- Eu vou agora, para me juntar a Bjorn em Valhalla - então ela se virou, de frente para as águas frias. Ela tirou a capa branca revelando seu corpo nu e então mergulhou.

O rei Harald, Áma, Ingrid e Erik se inclinaram para vê-la ir, nadando para longe, até que não pudessem mais vê-la.

Ela estava livre, livre para voltar para seu verdadeiro amor.



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Áma havia passado os dois dias anteriores na floresta em busca de uma breve fuga da realidade que se apresentara em Kattegat. Então ouviu as buzinas da cidade e voltou.

Ela ouviu muitos insistindo que os filhos de Ragnar haviam retornado a Kattegat, pessoas parando-a, segurando-a, jurando que os tinham visto chegando em navios Russos.

Áma não queria acreditar, mas observou os grandes navios Russos por ela mesma na praia, eram enormes e bem estruturados.

Ela correu para sua cabana, não sabia o que pensar. Viu que a porta já estava aberta.

Entrou devagar e viu a figura do homem de moletas, na parte onde se encontrava a marcenaria.

Ela estava em completo choque, nada além de um ar quente saia de sua boca.

- Vi algumas armas com um "A" enorme marcado e me disseram que era aqui que eles conseguiam-as. - depois de tanto tempo sem escutar sua voz, ela sentiu seus olhos inumdarem.

- Lembro de ficarmos aqui com Floki trabalhando. Talvez aquela foi a melhor época da minha vida... - Ivar sorriu

- Ivar...o que? - a fala saiu baixa desacreditada

- O Rei Harald deu sua bênção por nosso retorno.

- Nosso? - não entendeu

- Hvitserk. - seu corpo todo gelou. Ela não sabia se sentia raiva ou saudade, se o esbofetava ou abraçava. Ele a olhava com seus grandes olhos - Você me odeia agora?

- Eu odeio o Ivar que lutei contra, mas jamais poderei odiar o Ivar que eu empurrava em seu carrinho por toda Kattegat. - ambos se olharam e por alguns momentos se viram como as crianças que eram - Com qual Ivar estou falando agora?

- Com o seu Ivar...com aquele que você protegia quando os olhos estavam muito azuis - ele sorriu sem mostrar os dentes e recebeu outro em troca, todo seu corpo se acalmou ao ver que ainda tinha Áma.

Ela andou para ele e o abraçou, e depois de muito tempo toda sua solidão sumiu.

Nada existia, nenhuma memória ruim. Apenas o Ivar e a Áma de sempre.















ÁmaOnde histórias criam vida. Descubra agora