Capítulo 41
“o corvo morre pelo... carrasco”
Estava completamente atordoado com aquela situação tão tensa, todos se entreolhavam e pareciam tão desconcertados quanto eu, em que momento eu havia deixado minha vida ficar tão bagunçada?
-Bom, foi um prazer conhece-los, mas tenho que ir falar com Yamamoto agora. -O homem falou dando um sorriso amarelo antes de sair.
-Também temos que ir, foi um prazer! -Kakashi falou acenando levemente a cabeça antes de sair com a mulher de cabelos verdes.
Depois do momento constrangedor vivido ali, Byakuya ficou mais agitado, mais nervoso e isso estava claro pra mim, ele sabia que o momento se aproximava. Olhei meu relógio e tive a certeza de que agora o tempo era meu maior inimigo.
-Eu tenho que ir ao banheiro... -O moreno fala saindo e nos deixando ali.
-Também achou isso estranho? -A morena me olhou rápido e enguli a seco.
-Urum... muito estranho, muito estranho. -Disse sem pensar, suava frio e mal conseguia manter uma postura descente.
Eram exatamente sete e cinquenta e sete da noite, sabia que logo logo Grimm me mandaria o sinal, e eu teria de fazer o que vim pra fazer, matar Kuchiki Byakuya, pelo menos na visão de Rukia, não conseguia imaginar a dor que a pequena iria sentir, quando recebesse a notícia, me lembro quando recebi a minha, foi como um buraco negro se formando dentro de mim, sugando toda alegria e paz que exiatia no meu interior, me deixando inerte em um limbo de nada, onde tudo ecoava como gritos e silêncio. É estranho pensar que a morte trás o sono para uns, e o caos para outros, basta estar do lado certo dessa linha tênue.
Senti de repente, meu celular vibrar no bolso da minha calça e o peguei automaticamente, olhei o visor do mesmo onde havia uma mensagem de Grimm. Engoli a seco novamente, dessa vez o gosto era de sangue, o temido momento havia chegado, era a hora.
“O corvo morre pelo carrasco!” -Li a mensagem e olhei para Rukia assustado, a mesma me encarou e franziu o cenho sem compreender minha reação.
A morena continuava me encarando, esperando alguma explicação para tudo aquilo, tentei disfarçar meu nervosismo, ignorar seu questionamento latente em seu olhar.
-Eu preciso ir no banheiro! -Disse rápido a mesma que assentiu desconfiada.
Saí rapidamente dali, andando à passos largos até o banheiro, passando pelos convidados quase que correndo, nem sabia porque de tanta pressa, eu iria matar um homem.
Assim que passei pela porta com um letreiro de "homens" comecei a procurar por Byakuya, abri cada porta de cada cabine, mas o mesmo não estava, isso era estranho, onde Byakuya poderia estar? Então logo me lembrei que o mesmo poderia estar com Kaien, droga, eu e minha falta de atenção.
Saí do banheiro olhando ao redor, procurando pela morena e vendo se envontrava algum outro sinal, ou coisa do tipo, me sentia completamente desconexo naquela situação. De repente avistei a morena, estava do outro lado do salão, entretida em uma conversa com Nozomi, aproveitei a distração da mesma para continuar a procurar Byakuya, não tinha muito tempo, e agora isso parecia uma caça ao tesouro, ou quem sabe um pique- pega macabro, onde quem é encontrado morre. Segui até a grande escada no meio do salão e subi, indo até o segundo andar, onde não havia quase ninguém.
Continuei andando, procurando em cada centímetro um resquício do líder Kuchiki. Entrei em um corredor cheio de quadros de pessoas, ao que parecia, era um mural de gerações, seria bonito, se não fosse assustador, caminhei pelo ambiente com cuidado sentindo que meu coração ia sair pela boca, as pontas dos meus dedos estavam geladas e podia sentir um nó em minha garganta a cada passo que dava. Pude ouvir algumas vozes no fim do corredor, entre elas a de Byakuya, mas antes que eu pudesse chegar até o lugar onde o mesmo estava fui puxado com força, tendo a boca tampada para não gritar.
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AmorOffline.com ✔
FanfictionO que acontece quando você é pago pra amar? E acaba amando de verdade? Quando o destino parace brincar com sua vida e você apenas quer fugir? Ichigo Kurosaki vê sua vida mudar completamente com a morte de sua família, só não sabia que o destino...