Capítulo 7

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Capítulo 7

"monstros do... passado."

Depois do problema na estrada decidimos que seria melhor não continuarmos nossa viagem de busca pelos ambientes perfeitos, na volta ainda paramos em alguns lugares, fazendo fotos e estava me acostumando ao jeito tímido de Hinata e marrento de Sakura, eram boas garotas e planejavam coisas grandes pro futuro, sua amizade era bonita e podia perceber que estavam sempre prontas pra ajudar uma a outra, mesmo que talvez da forma errada.

Havia deixado as garotas em suas casas e voltado pra falar com Renji sobre o carro, o mesmo disse que o dinheiro do carro foi pra ajudar seu pai, que depois ele resolveria e eu concordei e me dispus a ajudá-lo também, afinal ele era meu amigo e o carro, por mais que desse problema ajudava muito.

*****

Dia seguinte, 7:26hrs da manhã. Karakura.

-Tem certeza que quer fazer isso? Tá pronto? - Grimm perguntava preocupado enquanto eu organizava uma mochila com algumas peças de roupas.

Sentia uma euforia e um medo irracionais, mas sabia que era o momento, como um estopim, algo que a gente sabe quando acontece, e eu sabia que o momento enfim havia chegado.

-Tenho... Eu quero ver como ela está! Já demorei muito pra tomar coragem... preciso quebrar essa barreira- Respondi ao mesmo que apenas acenou positivo com a cabeça.

-Então boa sorte! -Respondeu alegre- manda um abraço por mim. -Deu palmadinhas nas minhas costas - E não demora! Amanhã você tem que sair cedo.

-Não se preocupe! Pego um ônibus de volta de madrugada! - Falei fechando o zíper da mochila e pondo a mesma nas costas.

-Espero que dê tudo certo!

-Eu também.

Me despedi de Grimmjow e Renji e segui para pegar um ônibus pro interior de Karakura, hoje veria Karin, e provavelmente alguns monstros do passado.

Domingo 8:52 da manhã.

Estava no ônibus esperando chegar no meu destino, pensava em como falaria com a mais nova, apesar de sermos irmãos, havia tempo que não nos víamos e sentia que parte disso era por minha culpa. Depois que nossos pais morreram eu não a vi mais, em parte pelos empregos que me tomavam muito tempo e em parte pelo medo, mas ela era a única que poderia saber exatamente como eu estava.

Nossos pais morreram num acidente na estrada, minha mãe havia planejado por meses ver seus pais e quando chegou o dia eu e Karin tivemos que ficar, eu teria uma prova importante naquela semana e Karin teria a final do campeonato de futebol da sua escola, então fiquei responsável por Karin enquanto eles iriam passar a semana na casa dos meus avós maternos, saíram pela manhã para chegarem lá no início da noite.

Estava estudando pra minha prova enquanto Karin assistia ao canal de luta na TV copiando alguns golpes quando alguns policiais bateram na porta da nossa casa, quando atendi não entendi do que se tratava, o policial que falava comigo conversou algo sobre perdas e não entendia o por que daquilo, mas assim que soube, meu chão se desfez sob meus pés.

Os policiais tinham que nos levar pra um abrigo antes que pudéssemos fazer qualquer coisa relacionado ao acidente, mas como eu era mais velho tive que ir pra um abrigo diferente, foi desesperador! Karin gritava meu nome enquanto tentava se desvencilhar dos policiais para ficar comigo, eu tentava o mesmo com os que me seguravam, até que ela foi posta num carro e sumiu da minha visão. Não me lembro de uma noite que chorei tanto em minha vida quanto chorei no abrigo naquela noite.

No dia do enterro fomos liberados para poder ir e poderíamos nos ver, mas eu estava tão mal que acabei decidindo não ir, depois de alguns dias meus avós paternos conseguiram a guarda legal de Karin e eu pedi emancipação, inicialmente não queriam me dar, mas acabaram cedendo e agora estou aqui prestes a vê-la.

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