Maria, uma mulher simples que mora em uma pequena cidade no interior de Minas Gerais. Sua vida gira em torno do cuidado dedicado ao filho e do trabalho, enquanto seu relacionamento vai se desgastando cada vez mais.
Ao longo de sonhos intensos e mis...
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À medida que a noite chega ao fim e os convidados começam a irem embora, me sinto cansada e mas também empolgada.
Cansada principalmente.
Enquanto me preparo para ir embora, vejo Márcia vindo em minha direção.
— Foi ótimo te ter aqui, Maria. Você realmente mostrou seu talento. Espero que consiga muito mais trabalhos depois de hoje. – diz com um sorriso no rosto.
— Obrigada pela oportunidade, de verdade. – agradeço a ela sinceramente e nos despedimos com um abraço caloroso.
Como não possuo carro e não tenho alguém para vim me buscar, liguei a alguns minutos atrás para um Uber e estou o esperando chegar.
O dia hoje foi magnífico, mas cansativo.
Mas estou feliz. Me sinto realizada e orgulhosa de mim por ter dado 100% no meu primeiro trabalho.
O silêncio envolve a fazenda, e a suave brisa noturna que sopra, faz as folhas das árvores e meu cabelo balançarem.
Magnífico aqui pela noite, paz e tranquilidade surreal.
Eu moraria aqui tranquilamente.
No entanto, uma sensação estranha me percorre, como se eu estivesse sendo observada. Me viro rapidamente, procurando de onde vem, e então, meus olhos encontraram os dele.
Ele estava lá, no segundo andar da casa, na janela que parecia ser de um quarto, seu olhar fixado intensamente em mim.
Era uma coisa tão poderosa que meu coração acelerou em meu peito.
Ficamos nos encarando por um longo momento. A tensão no ar é palpável, como se houvesse um magnetismo nos mantendo presos.
De repente, ele desapareceu, virou as costas e entrou no quarto.
O que foi isso?
Respiro fundo para tentar controlar as batidas do meu coração.
Acho que preciso de um copo de água. Me viro para entrar na casa novamente mas paro assim que o vejo parado na entrada.
— O que está fazendo sozinha aqui fora? – sua pergunta me pegou desprevenida.
— Uber. Estou esperando o carro que chamei para ir embora. – respondo simplesmente, não deixando transparecer o quanto sua presença me afeta.
— Não é seguro para você ir embora sozinha essa hora da noite. É tarde e as estradas são perigosas para ir com um cara que você não conhece. – ele tem um ponto. — Irá dormir aqui essa noite. – ele disse, com uma voz firme e autoritária.
Surpreendida, isso que estou. Por seu tom autoritário e sugestão que está mais para um comando.
— Agradeço sua preocupação, de verdade, mas tenho que ir embora meu filho está em casa.