Domingo
Abro meu olhos quando sinto pequenos bracinhos se envolverem ao redor do meu pescoço, sorrio e me viro o abraçando também, ele se aconchega mais em volta do meu corpo e volta a dormir.
Beijo seus cabelos e me levanto-me da cama lentamente para não acorda-lo.
Olho para o relógio e vejo que são apenas 7 horas da manhã, saio do quarto e sigo para o banheiro onde me livro das minha roupas para tomar um banho.
Esse horário meus pais ainda estão dormindo, como é final de semana eles gostam de dormir até mais tarde.
Assim que sinto a água quente em contato com a minha pele gemo em alívio. Porra, isso é muito bom.
Lavo meus cabelos e enquanto deixo o hidratante fazer efeito começo a escovar os meus dentes. Termino o meu banho e me enrolo na toalha e volto para o quarto novamente.
Irei ao centro da cidade hoje, em todo começo de ano aqui em Campo do Meio acontece o festival do café, a pequena cidade é conhecida pela sua grande produção de grãos, principalmente o do grão arábica.
A fazenda da família Alexandersen é a maior produtora de café da região, - e acho que de todo o estado -, durante anos sempre levou esse prêmio e esse ano não poderia ser diferente.
A Dona Celina nunca deixou passar um ano sem comemorar, e com isso acabou virando uma tradição na cidade. E dessa vez mesmo sem a sua presença o seu filho não deixou de fazê-lo, pois a preparação está a todo vapor na praça central.
O que achei muito legal da sua parte.
Escolho me vestir com um vestido marrom longo e delicado, opto por uma sandália também na cor marrom e gosto do resultado. Finalizado os meus cabelos e os deixo solto.
Vou em direção a cozinha para preparar nosso café da manhã.
O dia hoje está nublado, nada parecido com o dia anterior que estava ensolarado e muito bonito. O clima frio e fresco é um alívio para aplacar o calor que estava fazendo.
Ouço o barulho do meu celular tocando e pego-o de cima do armário, olho o visor e vejo o nome da Alessandra.
Franzo o cenho, ela não me liga, sabe que não gosto de atender ligação.
— Oi Alê, bom dia. – Falo levando o telefone ao ouvido.
— Você está em casa ou recebeu alguma visita hoje?. – É a primeira coisa que fala, sua voz está afobada.
— Estou sim, porque, aconteceu alguma coisa? E não, não recebi visita. – Pergunto preocupada e confusa.
Quem iria me visitar uma hora dessas? Pelo amor de Deus.
— Nada de importante, pensei que já tinha saindo de casa hoje. – O alívio em sua voz não me passa despercebido.
O que está acontecendo?
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Amor sem Limites
RomanceMaria, uma mulher simples que mora em uma pequena cidade no interior de Minas Gerais. Sua vida gira em torno do cuidado dedicado ao filho e do trabalho, enquanto seu relacionamento vai se desgastando cada vez mais. Ao longo de sonhos intensos e mis...