13

1.6K 95 16
                                    

𝙎𝘼𝘽𝙄𝙉𝙀 𝙇𝙀𝙃𝙈𝘼𝙉𝙉


Havíamos cumprido nossa agenda de shows, encontros, reuniões e tudo que a Alemanha poderia ter de nós; portanto, quando pensei que estaria fora das terras estrangeiras e teria o tão sonhado descanso em Milão, Simon chega com a novidade que passaríamos em um prédio e teríamos que assinar alguns papéis. Eu havia de um detalhe importante da característica do mais velho, que meu empresário não é a pessoa mais verdadeira do mundo e ele tem vício, se é que posso chamar assim, de omitir informações importantes.

Quando soube que faríamos uma colaboração com a Tokio Hotel, a minha reação mais instintiva foi recuar e pegar o primeiro voo para fora do país, mas acabei não relutando contra isso; peguei o papel e assinei. Arrependo-me de tal decisão? Sim, muito provável. Eu poderia fazer alguma coisa sobre? Não faço ideia, contudo, estou cansada demais para ficar debatendo sobre os meus direitos como integrante da banda.

— Olha, eles são tão ridículos! Ridículos! — A mais nova reclama pela incontável vez.

— Achei que a Sabi estaria assim, — Matt pronuncia — Estou surpreso que seja você, Diane. — Confessa e o encaro.

Meu amigo está com sua cabeça baixa e usa seus braços para seu rosto não encostar na mesa. Matt, havia comentado mais cedo sobre a dor de cabeça que sentia, supôs que foi por causa da sua bebedeira de ontem a noite e que ele retornou apenas quando amanheceu. Acabei rindo com os relatos do menino, ainda mais quando umas garotas tentaram falar com ele em alemão e o acastanhado se mostrou mais confuso que o normal, sabendo apenas horas depois que as mesmas estavam flertando com ele.

Nick, é o mais quieto de todos nós desde que a Tokio Hotel saiu de cena, o que preocupa os presentes, pois não é um comportamento comum do ruivo atentado.

— Meus braços doem, minha cabeça dói, tudo dói! — Matt anuncia escorando-se na mesa — Nick, reclama de alguma coisa, pivete. — Pede ao menino.

— Do quê? Da burrice da Sabine? Ela já sabe o que fez! — Diz Nick, reviro meus olhos pela sua declaração. Uma das coisas que não me orgulho, é ser parecida com esse ser em alguns aspectos, por exemplo, sempre acabo reclamando de tudo, mesmo que não possa fazer nada, eu reclamo da mesma forma.

— É disso que estava sentindo falta... — O mais alto fala sorridente. 

— Eu não. — Respondo — Calado, Nick é um anjo — Balbucio — Ainda mais, não acho que três anos seja muita coisa — Falho ao tentar amenizar a situação.

— Exatamente, é só 12 meses três vezes! Não é tanta coisa! — Diane debocha. Sentia uma genuína vontade de amarrar sua toca na sua boca, mas não fiz isso e me contentei a assistir o seu show — Ah, Sabi! Você tinha tantas opções! Muitas mesmo! Poderia ter negado, rasgado o contrato, ou talvez nem ter aparecido!... Ah! Por que diabos aceitamos isso?

— Porque ela é uma doida, maluca, pirada. — Nick, ironiza e jogo a pasta vazia nele, que pega a mesma e coloca sob a mesa novamente.

Em nenhum dos meus pensamentos mais pessimistas, pensei que meus colegas iriam me culpar por assinar um papel, já que foi apenas isso que fiz — e eles também. Entendo o motivo estarem nervosos e indignados com toda essa situação, também me sinto dessa forma, porém, não sou eu que tomo as decisões relacionadas ao "bem da banda" e sim, nosso empresário e assessoria no geral. Tinha certeza que meus colegas sabiam disso.

Não pude deixar a minha mente voar alto e procurar respostas para as reclamações dos mais novos, pois a porta foi aberta com brutalidade por David, que olha de lado para o outro; nitidamente desesperado. Encaro o maior confusa, mas não quis questionar o que poderia ter acontecido, na verdade, eu nem precisei me dar ao trabalho.

— O que foi? — Pergunta Nick — Eles já caíram fora daqui — Avisa.

— Há quanto tempo?

— 10, talvez 20 minutos... Não faço a menor ideia — O ruivo diz, pouco interessado.

— Tudo isso?! Então em que lugar eles foram parar? — Pergunta e o olhamos.

O homem está visivelmente preocupado com o sumiço dos meninos, o que me preocupa, apenas um pouco, nada demais. Não irei me oferecer para ajudar a procurar, nem alguma coisa do tipo; ficarei com o pequeno sentimento de preocupação guardado para mim e verei as próximas etapas dessa história.

Vejo o mais velho se retirar da sala e desaparecer da nossa vista, Matt, se levanta e vai em direção a porta seguindo o homem, mas logo volta ao notar que não estamos o seguindo e sugere que fôssemos com ele; mas todos negaram o seu pedido. Sim, havia um rancor ainda envolvido.

— Qual é! Vocês vão morrer se fizer isso? — Questiona e concordamos — Caralho!

— Não reclama muito não, baladeiro. — Nick manda — Pensei que estivesse com dores e de ressaca. Passou do nada? — Pergunta, o menino revira seus olhos.

— Não, mas eu sei deixar meus problemas pessoais de lado quando pessoas estão desaparecidas! — Farpa todos nós — Parem de criancice!

— Eles nem devem estar sumidos. Deve ser apenas para aparecer — Diane afirma.

— ... Talvez, possa ser que realmente estejam desaparecidos, eu não sei. — Falo, após ficar calada por quase toda a discussão, o que chamou a atenção dos meus amigos — A Tokio Hotel não brincaria com isso, certo? — Direciono a pergunta para Matt, que nega com a cabeça.

Novamente, a balança que existia em minha cabeça reaparece, pesando as minhas crenças e opiniões sobre a banda alemã, e a situação que me encontro no momento.

Ir atrás dele não me atraí, nem um pouco me interessa para ser bem sincera; acho que me sentiria mais disposta em receber um convite para ver a grama do jardim crescer do que me levantar para achar os garotos da Tokio Hotel, porém, a minha moral não me deixa ignorar o fato de ser, possivelmente, um desaparecimento de quatro pessoas, famosas; o que aumenta ainda mais a chance de ser um real o caso de sequestro.

Me levanto e informo que irei atrás dos garotos; deixando claro as minhas motivações para isso, não quero que eles tirem uma conclusão precipitada, já que a mente dos meus colegas podem ser muito férteis. Matt, comemora a minha decisão e esfrega na cara que era o mais certo dali, enquanto os outros dois reclamam, pois teriam que seguir a gente.

Saímos do escritório e fomos em busca da Tokio Hotel.

Saímos do escritório e fomos em busca da Tokio Hotel

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝐍𝐄𝐕𝐄𝐑 | ᵗᵒᵐ ᵏᵃᵘˡⁱᵗᶻOnde histórias criam vida. Descubra agora