Desperto lentamente sentindo uma vontade grande de me esticar. Enquanto estico meu corpo nos lençóis macios, recobro minha consciência lembrando onde havia passado a noite.
Com Depp.
Falando nele, abro os braços no colchão, mas não o sinto ali. Ele não está na cama, mas ouço sua voz por perto. Levanto a cabeça e vejo ele na sacada me encarando.
Sua expressão é séria. Encostado com as costas na grade da sacada, em uma mão ele carrega um cigarro e na outra um telefone que está em seu ouvido. A visão que eu tenho é extremamente sexy e seu olhar parece me perfurar profundamente.
Vejo seus olhos descerem pelo meu corpo, enquanto ele solta a fumaça pelos seus lábios. Percebo que ele está olhando minhas pernas que estão expostas pela calcinha e descobertas pelo lençol.
Em seu olhar havia desejo, e eu gostava de saber que ele me queria. Eu também queria ele.
Depois de tantos toques e beijos, ambos ansiávamos por um momento de conexão íntima, e eu sentia que estava mais próximo do que nunca. Pela sua expressão séria, percebo que ele também esteja cansado de esperar.
Levanto da cama e vou até o banheiro de seu quarto levando seu olhar comigo. Uso o banheiro para me preparar e noto que é a primeira vez que estava vendo ele fumar desde que o conheci. Uma ideia me vem à mente e eu sorrio ao sair do banheiro.
Ando até a sacada e ele logo desliga a chamada quando eu chego. Abraço sua cintura encostando a cabeça em seu peito, sentindo seu cheiro característico.
- Desculpe te acordar com o telefonema. – Sua voz sai pra mim. Ele apoia o celular na pequena mesa ao lado e leva sua mão até a parte de trás do meu corpo.
- Não tem problema. – Levanto meu olhar para o seu e lhe dou um selinho. Sinto o gosto de cigarro e sorrio com a sensação.
- Dormiu bem?
- Muito bem e você?
- Bem também, como a tempos não dormia.
- Está com dor de cabeça? Digo, por conta da "ressaca". – Faço aspas com os dedos.
- Na verdade não. Você tinha razão, o banho antes de dormir ajudou.
- De nada! – Digo sorrindo e olhando pro cigarro em sua mão.
- Vou apagar.
- Não. – Ele me olha curioso. – Preciso de uma ajuda sua. – Lhe dou mais um selinho, mais demorado dessa vez, querendo sentir o gosto do cigarro novamente.
- Com que? – Seus lábios estão próximos dos meus.
- Minha personagem em Chicago fuma. – Faço uma pausa. – E eu nunca fumei na minha vida.
Empurro seu peito até a cadeira de madeira que havia na sacada e o faço sentar. Coloco minhas pernas ao seu redor, e me sento no seu colo de frente pra ele.
Seu olhar segue para minhas pernas e para a região que está em contato com ele. Sua blusa que eu visto sobe um pouco e sua mão que está sem o cigarro alisa minha pele.
Meus pensamentos vão a Lua com seu toque.
- Me ensine a fumar. – Digo de forma devagar passando minha mão em seu peito.
Ele traga o cigarro mais uma vez e ao soltar a fumaça, puxa meu pescoço para perto, soltando-a em meu rosto. Fecho os olhos e no mesmo momento ele me beija. Johnny segura firme meu pescoço com uma mão e eu aperto seus ombros com as minhas.
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Suddenly, you
RomanceEntre as cortinas do teatro, Eva não sabia que poderia encontrar algo que ao menos estava sentindo falta. Afinal, como sentir falta de um amor que nunca teve? O que ela poderia afirmar é que após experimentar desse amor, ela não conseguia mais ficar...