Na manhã seguinte eu acordei com muita preguiça.
Parecia que eu havia corrido doze maratonas e quinze corridas com obstáculos. Meu corpo estava dolorido e sem energia, mas incrivelmente relaxado.
Ainda de olhos fechados, abro um sorriso involuntário ao lembrar da noite passada. Agora sei porque estou tão dolorida e sem energia. Eu e John gastamos toda ela ontem.
Me espreguiço no colchão e não sinto seu corpo ali.
- Procurando por mim? – Sua voz rouca soa pelo quarto e eu fico arrepiada, logo pela manhã.
Eu poderia facilmente ouvir sua voz todos os dias e me arrepiar todas as vezes.
Abro meus olhos e o vejo parado na porta do banheiro, sem camisa, só de bermuda. Aquele corpo tatuado...
Sorrio pra ele e o chamo com o dedo indicador. Ele retribui o sorriso e vem andando em minha direção.
Ajoelho na cama e espero ele chegar perto de mim. Como um movimento surpresa, puxo seu corpo jogando-o no colchão, e fico de pé em seguida.
- Hey? – Ele indaga curioso, mas logo entende quando eu corro para o banheiro. Ele sabe que eu só beijo de manhã depois de higienizar minha boca. Mania minha...
Enxáguo minha boca rapidamente e saio correndo do banheiro, pulando eu cima dele. Ele me abraça forte e eu escondo meu rosto em seu pescoço, sentindo seu cheiro gostoso.
- Dormiu bem? – Ele pergunta sorrindo e eu assinto com a cabeça. – Podemos conversar?
- Só depois do meu beijo. – Digo selando nossos lábios.
Johnny aprofunda nosso beijo e me vira na cama vindo pra cima de mim. Sua mão vai até minha barriga, fazendo carinho e ele afasta nossos lábios.
- Babe... – Ele começa a dizer, mas para ao olhar meu corpo. – Eu fiz isso?
Ele aponta pra minha barriga e eu vejo marcas vermelhas ali. Johnny puxa minha camisa pra cima e fica surpreso ao ver mais marcas.
- Eva... – Ele sussurra. – Me desculpe.
- Não, não... John. – Puxo seu rosto pra mim com calma. – Eu gosto... só senti prazer ontem à noite, fique tranquilo.
- Está dolorida?
- Um pouco... minha bunda está.
Ele vira meu quadril e olha meu corpo coberto com a calcinha. Algumas marcas vermelhas se faziam presente na minha pele. Johnny olha atento e faz carinho no local.
- Você pediu para bater nela. – Ele diz se defendendo e eu sorrio.
- Pedi, e você obedeceu!
- Você é mandona... e bem convincente na hora do sexo. Sabe que pode me pedir qualquer coisa que eu digo sim, né?! – Ele diz sorrindo e aproximando nossos lábios.
- Qualquer coisa? – Pergunto levantando as sobrancelhas e ele concorda. – Bom saber disso. – Puxo seu pescoço e o beijo mais uma vez.
Quando eu já estava colocando uma perna entre as suas e arranhando sua barriga, ele me para.
- Hmm. – Ele murmura se afastando. – Preciso conversar com você.
- Sobre?
- O quão consciente estava ontem à noite? Você bebeu muito... – Ele pergunta olhando em meus olhos e eu suspiro.
- Eu sei. Estou com um pouco de dor de cabeça. Ia até te pedir um remédio pra dor. – Digo apoiando minha mão em minha cabeça.
- Claro. – Ele responde e vai até uma gaveta de um pequeno armário em seu quarto, ficando de costas para mim.
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Suddenly, you
RomanceEntre as cortinas do teatro, Eva não sabia que poderia encontrar algo que ao menos estava sentindo falta. Afinal, como sentir falta de um amor que nunca teve? O que ela poderia afirmar é que após experimentar desse amor, ela não conseguia mais ficar...