21: papai

23K 1.5K 171
                                    

Lorena Castro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Lorena Castro

Depois de dar tchau para o tio do Guilherme entramos no carro para voltar para a comunidade de novo. O caminho de volta não era tão complicado quanto para subir. Guilherme estava com um sorriso enorme no rosto e acho que eu também não estava diferente. Acho que nunca estive me sentindo tão bem, leve e isso parece que é finalmente a paz.

—Você quer passar na resenha? —Me virei olhando para ele.

—Que resenha?

—A Giovanna não te falou? Um dos parceiros saiu da tranca e tá comemorando com o aniversário do filho. Nessa hora o aniversário já deve ter acabado. Pensei que a Giovanna ia levar o Lucas. —Me lembrei que o Lucas estava falando sobre esse aniversário há alguns dias.

—Eu esqueci! Nossa, o Lucas vai ficar triste por não ter ido. Era um dos amigos dele da escola. —Mordi meu lábio inferior me repreendendo por não ter lembrado.

—Acho que o Hari levou ela e o Lucas. —Ele falou isso freando o carro lentamente.

—Como você sabe? —Ele balançou a cabeça para frente mostrando a Giovanna e o Haridade de mãos dadas com o Lucas balançando ele no ar que dava risada.

—Acho que eles tão chegando. —Eles abriram o portão.

—Chegando uma hora dessa? Não deve nem ter criança mais. —E em um passe de mágica um monte de criança saiu de dentro da casa pulando ao redor deles.

—Acho que tu não conhece os cocudos daqui. Deve tá tudo com o bucho espocando de coca e carne assada. —Dei risada ainda olhando para o Lucas pulando com eles. —Quer entrar ou ir pra casa?

—Vamo, já que tá todo mundo lá. —Ele balançou a cabeça estacionando o carro.

Ao descermos ele rodou o carro segurando a minha mão e me puxando para a casa. Soltei um suspiro pesado quando passamos pelo portão e as pessoas olharam na nossa direção. De repente alguns homens surgiram ao redor do Guilherme soltando vários gritos e ele não demorou pra retribuir o abraço de quem eu diria que era o homem que estava preso. Todos já estavam bêbados ao julgar pela forma que eles se abraçavam.

—Porra, irmão! Tu é foda pra caralho! —Um dos homens falou meio embolado me fazendo dar risada.

—Bem-vindo de volta, irmão. —Guilherme deu uns tapas leves nas costas dele. —Vai arrumar pas cabeça se cair de novo.

—Jamais, chefia. Me arrumou uma doutora foda pra me tirar de lá. —Ele olhou pra a Giovanna chamando ela que logo se aproximou. —Tu é pika, doutora! Cês tinha que ver ela no tribunal, me defendeu com unhas e dentes quando aquele arrombado veio me acusar.

—Se você cair de novo lá não me chama que não te ajudo mais, em. —Giovanna disse dando risada e logo me vendo. —Lorena? Vocês já voltaram?

—O Guilherme quis parar um pouco e a gente viu vocês entrando, aí aproveitei pra vir um pouco também. —Ela se aproximou de mim com um sorriso enorme nos lábios.

UM LANCE PERIGOSO (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora