Amizades, trégua e recuperação

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Visão do Renkogu:

Akaza estava no meu lado, caminhávamos juntos para a minha casa. Ele parecia mais exausto do que eu que tive que fazer missões e que sou humano.
Ele andou em silêncio ao meu lado, não parecia nervoso com o fato de ter que ficar com um Hashira agora que seus nervosos acalmaram.
Entramos na minha casa. Meu irmão estava acordado, ele não devia ter me esperado.
- Kyojiro!!! - Berra meu irmão.
- Senjuro! Você não devia ter me esperado.
Quando ele olha meu convidado seu rosto fica branco.
- Senjuro, esse é Akaza, ele está passando dificuldade com um menino ficando preocupado e precisa ficar com a gente. - Digo.
- Ele é um oni..., papai vai bigar com você!- Diz Senjuro com medo.
- Eu sei... - digo com certa tristeza. - Mas ele não sai do quarto a um tempo.
- O pai de vocês era um Hashira? - Pergunta o Akaza.
Eu e Senjuro ficamos surpreendidos.
- Como você sabe? - Pergunto.
Ele aponta para uma foto de nosso pai e sua época de Hashira.
- Eu conheci esse Hashira aqui. - Diz ele apontando o antigo pilar da água. - Ele matou muito oni... nem consegui por minha mão nele... já que ele abandonou antes de eu ter permissão para enfrentá-lo, mesma coisa para o pai de vocês.
- Você queria lutar com nosso pai?! - Exclamo.
Ele faz que sim.
- Eu nunca... ganhei de um Hashira da chama e eu sempre os admirei. - Diz ele com um sorriso. - Eu ia atrás de você, Kyojiro, já ouvi falar de você.
Meus olhos se arregalaram.
- Como?!
- Muitos onis estão reclamando do pilar da chama.
Quando ele me olhou seus olhos brilharam.
- Você é forte, Kyojiro.
Me senti muito bem ouvido isso de uma lua.
- Obrigado. - Digo.
Bocejo.
- Vão dormi, vou tentar não fazer nada que possa acorda-los. - Diz Akaza.
- Boa noite, Akaza. - Digo.
- Boa noite, Kyojiro.

§

Acordo com um barulho de berro do meu pai.
- O QUE VOCÊ FAZ AQUI?!?!? - berrou meu pai.
Eu saí correndo. Quando eu cheguei vi meu pai com a Nichirin na mão.
- Pai! Ele é meu convidado...
- Trouxe um oni para casa?!?
- Sim. Me deixe explicar...
Meu pai se sentou e o Akaza ficou de frente ao meu pai, eu me sento ao lado do Akaza.
Começo a contar a história da situação, o Senjuro também se sentou ao lado do pai e ficou ouvindo.
- Nossa... isso é muito triste. - Disse Senjuro.
- Humf! Hoje em dia está tudo molhe. - Diz meu pai.
- *risos* Eu menos do que ninguém imaginava que me apegaria a uma criança humana. - Diz Akaza.
- Na minha época oni não era molhe!
- Na sua época os luas eram os mesmo de hoje. - Diz Akaza. - O que mudou foi o nascimento de uma criança e o derretimento do nosso coração.
-... Podia ter ocorrido antes. - Suspira meu pai cedendo.
Eu podia ver o sorriso do Akaza enquanto olhava de mim para meu pai e para o meu irmão.
- Eu estou com o antigo Hashira, com o atual e com o futuro! Todos pilares da chama!!! - Se anima Akaza.
Meu irmão era muito novo para o treinamento, e mesmo sendo tão novo... tipo ter uns 2 anos tínhamos grandes esperanças.
Minha mãe morreu a poucos meses e meu pai estava nesse estado.
Imagino daqui alguns anos.
Akaza olhava meu irmão com certo amor.
- Ele me lembra o Hayato quando pequeno.
Ele se levanto e pega meu irmão no colo.
Eu tenho que admitir que ele é bom com criança. Akaza fez ele rir jogando ele no ar e fazendo graça para meu irmão.
- Kyojiro, seu rosto está horrível, volte a dormir, eu cuido do seu irmão.
Eu confio nele e eu ainda estou cansado.
O resto do dia foi normal, comigo e com Akaza conversando sobre as coisas da vida.

§

Quando chegou o momento de ir para a empresa eu sabia que teria que ficar lá pela semana, esse dia meu em casa foi minha folga.
Eu e Akaza tínhamos nos aproximado.
Quando chegamos na empresa os outros chegaram junto.
- Sabem algo sobre o Hayato? - Pergunta Akaza ficando ansioso.
Ele com certeza ficou matutando, toda vez que ele falava de Hayato o seu rosto perdia o brilho.
- Shinobu ainda não veio aqui. - Diz Douma.
O rosto de Akaza ficou ainda mais branco.
- O que...? Será que deu algo errado. - Diz Akaza.
- Pare de ser pessimista. - Digo a ele.
O Akaza respira fundo.
Pego a mão dele, ele coloca a cabeça no meu ombro.
- Akaza-dono está me traindo? - Ri Douma.
- Vou ignorar para o meu bem mental. - Diz Akaza suspirando.
Shinobu aparece, ela parece não ter dormido nada.
- Ara, ara... espero que isso vala a pena, nunca vi trabalho tão trabalhoso... - Suspira Shinobu.
Achei indelicado da parte dele.
Os olhos de Akaza e de todos os luas se arregalaram.
- Que insensível, Kochou. - Diz Tomioka Giyuu.
- Ah! Mas é verdade, não sou responsável por cirurgias.
Escuto um soluço escapar de Akaza.
- Bem..., o Hayato perdeu muito sangue, tive que fazer um transplante... e tive que abri-lo, realmente. Sua coluna foi danificada com uma unha, mas fiquem calmos ele ainda pode andar, também tinha o kenkenjutsu do oni... que era veneno e corroer os órgãos e ossos..., consegui minimizar. Foi bem difícil, o menino terá dura recuperação..., porém ficará bem.
- Ainda bem que morreu aquele oni maldito. - Rosna Akaza.
- Ainda bem que ele está vivo! - Exclama Kokushibo.
- Não estou dando garantia, a possibilidade dele sobreviver é pouca.
Os luas quando ouviram isso choraram.
- Ele está acordado? - Pergunta Akaza.
- Não, está em coma.
Akaza começa a chorar.
- Pelo menos ele está vivo..., o que vocês farão em troca pela nossa ajuda? - Pergunta Tomioka.
- Por isso que você não tem amigos, Tomioka! Eu acabei de dar uma notícia pesada pra eles.
- Mestre... o que faremos se ele não sobreviver!? Tentaremos o transformar em oni? - Pergunta Douma.
- Não! Eu não quero que ele se transforme em Oni com tantas saídas! - Diz Gyokko.
- Eu concordo com Gyokko. - Diz Akaza.
- Eu também. - Diz Kokushibo.
- Eu também, mas se essa for a única opção ele virara oni. - Diz Muzan.
Eles se entreolham.
- Ele vai melhorar. - Garanto.
- A tal de Kochou vai ficar com o menino sempre? - pergunta Muzan.
- Eu ainda tenho missões.
Muzan nega.
- Eu vou falar com os outros onis..., aí de quem me desrespeitar.
Eu confio no Muzan.
- Nakime, você consegue levar os onis para o castelo do infinito, me levar e me trazer de volta?
- Posso sim, mestre.
Ela toca a biwa e o Muzan desaparece.
- Podemos ver ele? - pergunta Daki.
- Está cheio de sangue, acho melhor não.
Akaza treme. Acho que o "melhor não" da Kochou era diferente do deles.
Eles concordam.
Kochou saiu dali e foi para sua mansão.
Akaza se sentou no chão e vi o corpo dele sacudi em um choro silencioso.
Me sento ao seu lado e o abraço. Os outros luas estavam chorando e estavam pegando apoio nos hashiras.
Que difícil.

Criança dos luas superioresOnde histórias criam vida. Descubra agora