02 -Ecos da Magia e Decisões Cruzadas

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O salão majestoso do castelo parecia palpitar com uma energia incomum, uma sensação quase tangível que fazia o ambiente parecer mais carregado e vibrante. As tapeçarias antigas balançavam suavemente com a brisa, e os candelabros lançavam sombras inquietantes nas paredes. Henri e sua mãe estavam imersos em uma atmosfera de tensão crescente, a seriedade dos acontecimentos pairando sobre eles.

Quando o tremor sutil atravessou o salão, a sensação era tão efêmera que inicialmente parecia ser apenas uma ilusão. Ambos os membros da realeza se entreolharam, uma troca silenciosa que transmitia a urgência e o receio que estavam experimentando. Henri observava a mãe com expectativa, sua expressão refletindo a gravidade do momento.

A mãe de Henri, uma mulher de presença imponente e sabedoria inabalável, fechou os olhos por um instante, concentrando-se na sensação que havia sentido.

— Você sentiu isso? — perguntou Henri, a ansiedade evidente em sua voz.

Ela assentiu lentamente, uma expressão de profunda preocupação marcando seu rosto.

— Sim, parece que ela finalmente despertou — murmurou ela, a voz carregada de uma gravidade que apenas intensificava a tensão no ar. Seu olhar percorreu o grande salão, como se tentasse detectar o perigo iminente que poderia estar se aproximando.

A mulher, com seu semblante sério e olhos que pareciam enxergar além do visível, comentou sobre o raio de expansão da magia que havia sentido.

— O raio de expansão foi fraco. Ela não está em nosso mundo, mas não está longe do portão da Alemanha.

Henri prestou atenção à resposta dela, notando o modo como sua mãe parecia estar conectando o evento atual com a presença da bebê que havia sido trazida até ela.

— Vá atrás dela e use todos os recursos necessários para garantir que ela retorne — ordenou a mulher, sua voz inflexível e autoritária.

Henri, com uma expressão de determinação e reverência adequada, confirmou o comando.

— Não está falando da reserva da senhora? — questionou ele, buscando confirmar a seriedade e o alcance da missão que estava prestes a enfrentar.

A resposta da mãe foi firme e sem hesitação.

— Sinto muito, Henri, mas estou. A garota é importante, mas se forem capturados, não hesite em matá-la.

Henri aceitou a ordem com uma tranquilidade resignada, inclinando-se em reverência antes de se afastar para preparar-se para a missão. Enquanto ele partia, uma senhora se aproximou da mãe de Henri, esperando instruções adicionais. O ambiente ao redor estava carregado de uma energia pesada e carregada de presságios, refletindo a importância e o risco iminente da tarefa que Henri estava prestes a enfrentar.

Enquanto Henri se preparava para sair do salão, ele encontrou uma jovem à sua espera, com uma expressão que misturava ansiedade e expectativa.

— Henri — chamou ela, segurando o braço dele e impedindo-o de seguir seu caminho.

— O que você quer, Melissa? — perguntou ele, sua voz demonstrando impaciência.

— Vim perguntar se já mudou de opinião e se vai aceitar minha proposta — perguntou ela com um tom de voz esperançoso.

Henri olhou diretamente nos olhos dela, sua expressão séria e resoluta.

— Vou deixar isso bem claro. Nunca irei me casar com uma princesa que mal saiu das fraldas.

Melissa soltou o braço dele com um gesto de frustração e resignação.

— Ahh — disse ela, observando-o partir. — Você ainda vai se arrepender disso, Senhor Gainer.

Poção da Bruxa - O Despertar da SupremaOnde histórias criam vida. Descubra agora