Poção da Bruxa - O Despertar da Suprema

06 - Entrelaços Mágicos

Joanne liderava um grupo de alunos entusiasmados pelo Louvre, seus passos ecoando nos corredores majestosos do museu. O ar estava carregado de excitação e reverência enquanto ela explicava os detalhes das obras-primas expostas, seus olhos brilhando com a paixão pelo assunto. Com uma fluidez natural, ela conduzia a turma pela história e contexto das peças, gesticulando diante das esculturas e pinturas que definiram eras passadas. O som dos murmúrios e perguntas dos alunos misturava-se com o suave tilintar dos passos nas pedras antigas, criando uma sinfonia de aprendizado e descoberta.

Henri permanecia atento às informações fornecidas sobre as obras de arte. Seu interesse particular se destacava à medida que a guia se aproximava da Mona Lisa. Joanne aproveitou a oportunidade para compartilhar seu conhecimento com os alunos, explicando detalhes sobre a pintura icônica.

— Essa é a Mona Lisa, uma das obras mais famosas do mundo. Foi pintada por Leonardo da Vinci entre 1503 e 1506. A mulher retratada é Lisa Gherardini, uma florentina da época renascentista. O que torna essa pintura tão fascinante é o sorriso enigmático dela. — Joanne continuou a falar sobre a técnica de sfumato utilizada por Da Vinci, destacando como ele criou uma atmosfera misteriosa e cativante ao redor da figura. Ela também abordou os debates e teorias em torno do sorriso da Mona Lisa, um detalhe que continua intrigando observadores por séculos.

Enquanto compartilhava essas informações, notou que Henri estava genuinamente interessado, absorvendo cada palavra com atenção especial. Ela sorriu, percebendo que ambos compartilhavam um amor pela arte e história.

A excursão continuou, mas o olhar compartilhado entre Henri e Joanne naquele momento revelou uma sutil conexão, uma compreensão mútua que transcendia as palavras.

Mais tarde, enquanto os alunos se dispersavam pelo museu, Joanne notou Henri se afastando do grupo e indo em direção ao jardim externo. Intrigada, decidiu segui-lo e encontrou-o admirando as flores em silêncio.

— Você parece absorto em pensamentos, Henri. Há algum lugar específico onde gostaria de ir? — perguntou Joanne, se aproximando dele.

Ele voltou sua atenção para ela, parecendo um pouco surpreso por sua presença.

— Não, apenas precisava de um momento para apreciar a natureza. Às vezes, é bom se desconectar do caos e encontrar paz.

Joanne assentiu, compreendendo a necessidade de momentos de tranquilidade.

— É verdade, especialmente em lugares tão movimentados como este. O jardim é um oásis de calma. —

Os dois caminharam pelos caminhos sinuosos do jardim, apreciando a beleza das flores em plena floração. Enquanto conversavam, Joanne percebeu que Henri parecia mais à vontade, e a atmosfera entre eles se tornava mais descontraída.

— É uma pintura magnífica, a Mona Lisa. Sinto que ela guarda tantos segredos. — comentou Joanne, retomando o assunto da excursão.

Henri concordou.

— Sim, é fascinante. Fico imaginando o que passava pela mente de Leonardo da Vinci enquanto a pintava. Tantas teorias e mistérios envolvem essa obra.

Joanne sorriu, percebendo que compartilhavam não apenas um interesse pela Mona Lisa, mas também uma afinidade que ia além do óbvio.

Depois do passeio pelo museu, Joanne decidiu ir até uma cafeteria para relaxar. Comprou dois cafés, imaginando que Henri também poderia apreciar um momento de tranquilidade. Ao avistar Henri sentado, absorto em suas leituras, ela se aproximou e se sentou ao lado dele.

— Trouxe um café. Sem açúcar né? — ela disse com um sorriso, estendendo uma dos copos na direção dele.

Henri ergueu o olhar do livro, surpreso e contente ao vê-la.