7° Capítulo

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A festa continuava ao auge quando Alice decidiu partir.
Já havia decidido ir embora naquela noite.
Estava farta da situação.

Após Davin receber a condecoração, diversas pessoas e ministros surgiram para parabenizar o casamento e principalmente seu pai.

Sentia-se como a um objeto que seu pai havia usado e manipulado mais uma vez para conseguir a atenção que queria.
O pior era que Davin havia se deixado ser usado como monopólio político.

Sem ao menos avisar o comandante, Alice havia pegado um táxi para casa, chegando a mansão do presidente sem a companhia de ninguém.

Notou a casa completamente vazia e agradeceu a Deus mentalmente por não ter que encontrar Cássia aquela hora da noite.

Subiu as escadas, sentindo a melancolia atingir seu coração.
Não impediu que as lágrimas inundassem seu rosto, surgindo junto a soluços altos.

Mais uma vez sentia-se como uma peça inútil do tabuleiro.
Usada e finalmente lançada longe da mesa.

Na comemoração, Davin percorriam os olhos pelo salão, desesperado.
Senti seu coração atingir o alto de sua garganta.
Por um simples segundo havia perdido Alice de vista e a mulher desapareceu.

— Nada nos fundo!— Natasha anunciou por entre o ponto de comunicação.

— Ela não está em nenhuma ala do segundo andar.— Ramon informou, descendo as escadas.

— Nem no jardim.— Louis surpirou.

Ainda com o iPad em mãos, Mark acessou as câmeras de segurança do palácio do Planalto, observando a mulher dascer as escadas da entrada meia hora antes.

— Ela saiu. Pegou um táxi!— o subcomandante praguejou, entregando o iPad para o oficial mais próximo.

Ao menos piscou, observando o vulto do homem vestido de farda azul cruzar sua frente, correndo pelas escadas.

— Passem o "pente fino" nas câmeras de segurança. Preciso saber onde ela está!— Davin cerrou os dentes ao tocar o pondo comunicador em seu ouvido.

— Sim, comandante!— o pelotão soou em unisono.

— Estou indo para mansão do presidente. Acredito que esse seja o primeiro lugar que ela pensou em ir.— o comandante soou alterado, entendo dentro de um dos carros da segurança.

Davin sentia os ossos doerem.
Não sabia que a reação de Alice fosse simplesmente fugir.
Queria quel ela gritasse com ele, até mesmo o agredisse, mas nunca deixá-lo sem notícia nenhuma.

A mulher reunia seus pertences em sua mala, após um rápido banho quente.
Terminou de calçar as botas e vestir uma jaqueta, passando a puxar sua mala pela escada, descendo-a rapidamente.

A última coisa que queria era permanecer naquele lugar após a falta de confiança que Davin havia claramente expressado.

Independentemente se ele estava ciente ou não do que seu pai iria fazer, devia ao menos ter informado-a.

Tomou a chave de um dos carros de segurança que a trouxera aquele lugar.
Carregou o carro, disposta a retornar a vila refúgio.

No momento em que Alice dirigiu o carro para sair da mansão de seu pai, o veículo de Davin adentrou o jardim, estacionando de qualquer forma, antes de adentrar a casa.

O comandante subiu as escadas correndo o mais rápido que suas pernas conseguiam.
No entanto, quando abriu a porta do quarto de Alice, encontrou o completo vazio.

Adentou o banheiro com certa brutalidade, notando os respingos de água no box.
Sentiu sua respiração falhar lentamente.

Voltou para o quarto, passando a abrir as portas do guarda roupa.
Ficou ainda mais desesperado ao não encontrar uma peça de roupa sequer se Alice.

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