Hashira •Sanemi Shinazugawa•

10

Dia seguinte... Pela manhã.

Se Kanae pudesse vê-lo agora, ela bateria nele até ele enxergar a mulher na frente dele.
Meu irmão sempre foi muito cabeça dura e depois do falecimento de Kanae e depois de tudo o que ocorreu, ele que já era meio imbecil conseguiu se tornar mais.

Suspirei depois de passar a noite acordado por causa dele, ele bem que podia ter o mínimo de preocupação em lembra que eu também moro aqui e não tô afim de saber sobre nada das intimidades dele.

— Bom dia genya.— Ele apareceu na cozinha vestindo apenas as calças.

— Bom dia Sanemi-san.— Coloquei o copo de café na mesa.— Tenho treino com a Natsumi-san hoje okay?

— Tranquilo.— Ele subiu as escadas novamente.

Fui para o quintal e esperei Natsumi-san chegar, demorou um pouco mais ela chegou no quintal um pouco assustada, mas mesmo assim seguimos o treino, passamos horas no momento de meditação e depois partimos para os ataques ela parecia com raiva mas sabia controlar bem.

Depois de um deslize eu a joguei forte contra o muro e assim ela caiu no chão.

— Natsumi-san, me desculpa, me desculpa.— corri até ela a puxando para o meu colo.

— Tá tudo bem, tudo bem, eu só aqui que magoei minha feridas.— Assim que tirei minha mão da sua cintura percebi que estava coberta de sangue.— Vem vou te levar para dentro.

A segurei no colo e a levei para o meu quarto a deitando na cama, ela parecia atordoada como se fosse desmaiar a qualquer momento.

— Calma, fica acordada eu vou te ajudar.— Tentei ao máximo não me desesperar.

Eu tirei suas calças sem olhar para ela, coloquei o lençol em cima e assim pude tirar seu curativo, os pontos estavam intactos, mas saia muito sangue.
Peguei os meu primeiro socorro e comecei a limpar e tentei estancar o quanto eu pude.

— Genya, por que esse haori tá cheio de sangue.— Sanemi entrou no quarto e olhou para mim e depois para natsumi-san.— Caralho.— ele correu até Natsumi-san e ficou do lado dela segurando a mão da mesma.— Ei, garota, não desmaia não.

Usei as técnicas que Shinobu havia me ensinado para fazer um bom curativo, então fiz e apertei bastante para que não sangrasse mais, porém ela teria que não se mexer por um tempo.

— Obrigada...— Ela colocou a mão no meu rosto e adormeceu.

Verifiquei o pulso e ele batia normalmente, respirei fundo super aliviado em saber que ela estava bem, sai catando suas roupas com sangue e Sanemi apenas ficou sentado no chão e encostado na parede.

— Não vai me ajudar não?

— Eu vou ficar com ela, caso ela tenha algo.

Dei de ombros e fui lavar as roupas, depois de lavadas fiz um bom lanche para levar ao quarto assim que Natsumi-san acordasse ela comeria um bom prato.

Subi e deixei o parto em minha mesma e ao olhar para Sanemi-san, ele dormia encostado na parede.

— Acho incrível como você não admite para si mesmo.— o cobri com um lençol e fui para a mansão borboleta para pegar ervas e outras coisas, pois eu iria trocar com o tempo.

Ao chegar na mansão dei de cara com Tomioka-san e Shinobu-san pegando algumas plantas, entrei fechando o portão atrás de mim.

— Bom dia.— Me curvei.

— Bom dia, Genya-kun, o que faz aqui?— Shinobu perguntou.

— Vim buscar medicamentos, faixas e ervas para feridas.

— Se machucou, querido?

— Não, é para Natsumi-san, ela está com uma ferida enorme na lateral da barriga e acabou por magoar hoje no treino.

— Eu falei para aquela pirralha que não era para ela treinar antes de se curar, vou com você para buscá-la.— Tomioka deixou as coisas no chão e veio me acompanhar enquanto eu acompanhava Shinobu.

— Melhor ela ficar na casa dos Shinazugawa, meu querido.— Shinobu o olhava enquanto me passava os medicamentos certos.— Ela se machucou salvando Sanemi, creio que ele tem uma dívida com ela, ele vai conseguir cuidar da mesma.

— Você está louca? Ela é minha irmã, eu não vou deixá-la com o brutamontes do Sanemi Shinazugawa.

— Mas ela vai!!!

Os dois entraram num empasse e no final Shinobu ganhou convencendo Natsumi-san a ficar em nossa casa até que estivesse bem para poder voltar a ativa.
Sai de lá com os medicamentos e tudo pronto para as trocas de curativo e os banhos de Eva também, no caminho de volta para casa encontrei Tanjiro-kun e Nezuko-chan que caminhavam de volta a mansão borboleta, já estava escurecendo então me apressei para chegar logo e assim que entrei já pude escutar os gritos de uma discussão.

— EU NÃO VOU FICAR AQUI!!

— VAI SIM, VOCÊ NÃO PODE ANDAR AINDA.

— AÉ? E QUEM VAI ME IMPEDIR DE IR EMBORA?

— EU!! SUA CABEÇA DURA DO CARALHO.

— VAI SE FUDER, SHINAZUGAWA!! EU NÃO VOU FICAR AQUI OUVINDO VOCÊ FUDER SUAS PUTAS NÃO.

Um silêncio se estabeleceu, assim que cheguei na porta eu pude ouvir a conversa dos dois.

— Então foi você que passou pela porta de manhã?— Sanemi perguntou num tom mais baixo.

— Foi, seu imbecil, tranque a porta da próxima vez, o seu irmão mora aqui, seu babaca.— escutei um tapa forte.

— Se bater em mim de novo, eu vou...

— Vai fazer o que? Hã? Hã!!

— Tá bom crianças, parou com essa briguinha.— entrei no quarto com os curativos.— Você vai ficar Natsumi-san, ordens de Shinobu-san.— Coloquei as coisas em cima da minha mesa e virei para ela.— Pode ficar no meu quarto, eu irei ficar no quarto de hóspedes, vou preparar um banho com ervas para você.

Sai e fui ao banheiro colocando a água na banheira e enchendo de ervas, fazendo um enorme chá para que ela pudesse se banhar, voltei ao quarto e os dois estavam emburrados.

— Sanemi-san, leve Natsumi-san até o banheiro para que ela possa se banhar, vou preparar o jantar.

— Você sabe muita coisa, Genya-kun.— Natsumi-san falou.— Muito obrigada viu.

— Por nada, eu sei o básico e eu estou aqui para ajudar minha sensei.— Me curvei e sai do quarto.

Por fim ainda pude escutar a implicância dos dois.

— Se você me olhar no banho, eu..

— Deixa de ser tapada, você já me viu só de toalha, se eu te ver agora estaremos quites.

Eu ri baixo e pensei como esses dois vão se dar bem juntos.