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Alerta conteúdo sensível

A noite chegou e eu e Mitsuri-kun fomos em direção ao oeste onde ficava uma casa de entretenimento, ficamos aos redores e nada aparecia... Ficamos por horas e quando decidimos voltar fomos abordadas por dois homens.

Mitsuri se agarrou em mim, mas eu não fiz nada para me defender ou defende-la já que o plano era sermos pegas e levadas até o Oni que devorava essas garotas.
Fomos andando lentamente até uma casa enorme e muito bem estruturada afastada daquele local, entramos e os homens nos colocaram em uma cela grande com ossos pelo chão e o que parecia ser sangue seco.

Um tempo se passou, esperamos e novamente nada acontecia.

— Ei, vocês duas, levantem.— Um dos homens chegou.— O mestre vai velas agora.

Saímos da cela e começamos a seguir um homem a frente, chegamos então em uma sala enorme, com um cheiro forte de sangue, a sala era escura e bem decorada com pouquíssimos pontos de luz.
Os homens nos agarram e jogaram nossos corpos no são para que a gente se curvasse perante a "divindade" que apareceria.

Não demorou quase nada para que o cheiro podre do Oni aparecesse e junto com o cheiro horrível o próprio Oni havia aparecido.
Sua pele era branca como uma porcelana, com apenas um olho em sua face, sua boca era cortada de ponta a ponta fazendo seu sorriso se tornar muito mais macabro, seus cabelos cobriam uma grande parte de seu corpo que não estava coberto por quase nenhuma veste.

Por um momento eu tive medo, mas ao lembrar que logo sua cabeça rolaria eu suspirei pesadamente de tão aliviada.

— Mestre, aqui estão as oferendas para ti.— O homem amarrou a mim e logo após a Mitsuri.

— Aproxime elas de mim.— A coisa falou.

Cada homem pegou "sua" mulher pelas amarras nas mãos e aproximou do monstro que antes sentado agora se encontrava em pé se aproximando.

— Que belos cabelos.— O Oni sentiu o cheiro do pilar do amor.— Ora, vejo que me trouxeram uma corrompida.

— Mestre, mil perdões nós não sabíamos...— O homem que me segurava tentou falar.

— Calado, não pedi para que falasse, mas eu aceito essa oferenda o cheiro desta é maravilhoso, mesmo sendo corrompida.— Ele segurou forte o cabelo de mitsuri.— E você? Hã?— Se aproximou de mim segurando meus cabelos e puxando para trás.— Tão pura, seu cheiro é extremamente doce... Mas preciso lhe informar, que hoje e apenas hoje eu vou querer o prato especial.— Ele saiu voltando a se sentar.

Maldita hora, sem minhas adagas.

— Tragam me outra corrompida e deixem essa apodrecer por aí, talvez eu queira algumas sobremesa depois.

— Mestre, sei que não tenho permissão de fala, mas quero lhe falar que o sol em poucas horas irá nascer.

— Prossiga.

— Caso queira outra mulher, terá de esperar até amanhã a noite e creio que a uma solução para esse problema.— Ele soltou Mitsuri no chão que caiu batendo a cabeça e veio até mim puxando meus cabelos para que eu pudesse encara-lo.— Posso dar um jeito nessa aqui, será rápido, logo o senhor já terá uma refeição completa.

— Faça o que achar melhor, desde que seja rápido.

E assim ele me levou arrastada pelos meus próprios cabelos vendo Mitsuri caída no chão, naquele momento o medo tomou conta de mim e eu já não tinha mais voz para gritar ou forças para conseguir lutar, meu corpo havia paralisado, minha mente apenas pensava no pior....

Ao chegar em um quarto fui jogada na cama e presa na mesma, o homem que ali estava bateu em meu rosto diversas vezes me deixando desnorteada, tentei continuar sóbria mas estava difícil me manter assim eu apenas torcia para que alguém chegasse logo e me salvasse daquela maldição.

.................

Após escutar as palavras daquele maldito, eu e Obanai saímos do nosso esconderijo entrando contudo dentro da sala, Obanai logo se petrificou quando viu sua amada quase descoberta no colo daquele monstro asqueroso.

— SOLT...— ele não conseguia falar.

— Obanai!!— Gritei ao ver uma sobra tentar agarra-lo.

Obanai acordou para a vida e olhou para mim com um olhar de fúria.

— Vá atrás dela.— Ao piscar meus olhos, Obanai já corria em direção ao Oni, matando qualquer coisa que aparecia em sua frente.

Sai daquela sala e fui correndo a procura de Natsumi, ao entrar no corredor um oni completamente deformado apareceu, corri cortando o seu pescoço mas logo outros apareceram.

— Podem vir seus imbecis... EU VOU TRUCIDAR VOCÊS.— Cortei um dos meus pulsos deixando meu sangue escorrer para o delírio deles.— Respiração do vento— Respirei fundo soltando o ar aos poucos — Primeira Forma: Ichi no kata: Jin Senpū・Sogi— Um redemoinho se formou e massacrou os onis a minha frente, por um momento pensei em me gabar mas eu ouvi o grito  dela.

Corri ainda a procura do quarto e assim que encontrei chutei a porta com todas as minhas forças e a cena que me deparei foi horrível...
Ver aquele homem completamente despido entre as suas pernas, me enjoou...  Fiquei parado por um segundo, mas a raiva que tinha me subiu a cabeça e assim que eu o empurrei para o chão eu o soquei como se não houvesse amanhã, por mim quando ele desmaiou com meus socos, fiz questão de castra-lo e deixar que ele visse a surpresa quando acorda-se.

Desamarrei Natsumi e a peguei no colo, sai da casa e a coloquei deitada no chão do lado de fora, seu corpo estava semi nu e seu rosto repleto de hematomas e bastante inchado.

Olhei para a entrada do local e Obanai voltava carregando Mitsuri, assim que a colocou no chão, Mitsuri tirou o haori que a cobria e colocou no corpo de Natsumi.

— Vamos sair daqui, vamos embora dessa merda.— Falei carregando Natsumi de volta para casa, eu não iria parar na hospedaria.

Nem que o dia amanhecesse eu iria levá-la para casa.
Fomos todos andando de volta para a mansão borboleta, o dia começava a amanheceu quando um dos nossos corvos apareceu.

— CRAW CRAW HASHIRA DAS CHAMAS ESTÁ EM ESTADO GRAVE APÓS LUTA COM LUA SUPERIOR CRAW CRAW.

Nos olhamos e entramos na mansão borboleta, levei Natsumi para um dos quartos pedindo para que cuidassem dela, sai do quarto e fui em direção a outro que estava um pouco mais movimentado e assim vi Rengoku deitado com tanto sangue em seu corpo.

Eu caí de joelhos ainda na porta, meu olhos marejaram ao vê-lo naquela situação.

— Não me diga...— Mitsuri apareceu ao meu lado e ao ver a situação do nosso amigo, começou a tremer a a chorar sem parar.

Por favor, eu não posso mais perder ninguém.

Hashira •Sanemi Shinazugawa•Onde histórias criam vida. Descubra agora